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Mensagem: ´As imagens das execuções sem fim nas ruas de M. Claros, como a de ontem, estão ganhando o mundo, nas asas da internet. As imagens passaram a ser postadas no youtube e levam a barbárie das nossas ruas e nossa vergonha muita pelo mundo afora. Estamos anestesiados, vendo este genocidio de bracos cruzados. Somos majoritaramente cristãos, no sentido mais alto da palavra, e o silêncio nos acusa. Não dá para ficar indiferente. Deus, tenha misericórdia de nós!´ Ouvi a indignação de Francisco, acima, postada neste site, domingo. E fui ver as imagens no youtube. Estou chocado. Mais com o que vai virando rotina nas nossas ruas - as execuções sumárias - do que com a filmagem e exibição da cena de sangue, brutal, agora deixada ao alcance de todos. Do mundo inteiro. Podem todos, repito, travarem conhecimento com o horror que lavra bem perto de nós, que nos cerca, verga e oprime, debaixo do nosso silêncio e omissão. Por 24 horas, perguntei-me, com o coração vazado: é pior convenientemente fechar os olhos para a cena agora registrada no youtube, como se o fato não existisse, ou é menos des/cristão permitir, ensejar, que pelo choque acordem os nossos corações, indiferentes, para o genocídio consentido ao nosso redor? É a permanente encruzilhada, da forma e da essência, da causa e do efeito, da ação e da omissão. Não estou certo da resposta que a pergunta pede, pois as imagens do jovem executado são lancinantemente fortes para serem expostas, mas existem. Numa palavra - são chocantes. Envergonham-nos, a todos. Mas, temo: quando o pouco amor é insuficiente para despertar o Grande Amor, quase sempre convoca a instância da Dor. Mesmo os (ainda) pouco tocados pela compaixão podem ser despertados pelo corpo inerte do jovem caído. E pelos gemidos, que se presumem de uma Mãe. São imagens que não podem ser apagadas, e que clamam. Reluto em deixar, por agora, o endereço no youtube, como era do meu desejo inicial - especialmente para que as imagens fortes não sejam vistas pelas crianças, mesmo certo de que subtrair o que de fato existe não reduz em um milímetro a atroz realidade.. Ela existe, ali na esquina, e pede algo de todos nós. Eu e você, irmãos na mesma humanidade. Inertes, tombados e revirados estamos todos naquela poça de sangue. Todos mães, chorando a mesma dor do mundo. Convulsos.
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