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Mensagem: Montes Claros ainda em clima de indefinição - Luiz Ribeiro - A campanha da sucessão municipal em Montes Claros (quinto maior eleitoral do estado, com 246,7 mil eleitores) chega no dia da eleição, neste domingo, com uma certeza e uma indefinição. A certeza: haverá segundo turno. A indefinição: ainda não se sabe entre quais candidatos será travada em 27 de outubro. De acordo com as pesquisas divulgadas na cidade, dos quatro candidatos principais à prefeitura da cidade-polo do Norte de Minas, o único que realmente demonstra ter lugar garantido na segunda etapa da eleição é o deputado estadual Paulo Guedes (PT). Mas, outros três concorrentes dele também falam que terão os nomes deles na urna eletrônica no segundo turno: Humberto Souto (PPS), Jairo Ataíde (DEM) e Ruy Muniz (PRB). Na pesquisa MDA/Estado de Minas, realizada nos dias 22 e 24 e divulgada em 28 de setembro, o petista apareceu na liderança com 26%, tendo na sequência: Jairo Ataíde (23,6%), Ruy Muniz (19,6%) e Humberto Souto (12,4%). Por outro lado nesta semana, os próprios candidatos travaram uma “guerra das pesquisas” na cidade, com cada um deles divulgando levantamentos em que aparecem bem posicionados (no primeiro ou no segundo lugar). “Vou para o segundo turno porque sinto nas ruas que as pessoas votam em mim porque querem o novo”, afirma Paulo Guedes. “A minha confiança da minha ida para o segundo turno vem do sentimento do povo, que vai votar na experiência, sem correr riscos”, diz Jairo,que administrou o município por dois mandatos (1997/2004). “Tenho convicção de que vou para o segundo turno porque as pesquisas me colocam em primeiro lugar”, diz Ruy Muniz, que admite ter reforçado sua campanha nos últimos dias. A confiança de que vai estar na disputa em 27 de outubro também é transmitida pelo ex-deputado Humberto Souto, que, nos debates, concentrou suas falas em ataques em Jairo Ataíde, ao perceber a queda de 6,3% do representante do DEM no intervalo entre duas pesquisas MDA/Estado de Minas, divulgadas nos dias 20 28 de setembro. Nos últimos dois dias, todos os quatro candidatos reforçaram o trabalho de última hora, com reuniões, caminhadas e carreatas, na tentativa de conquistar os votos dos eleitores indecisos. A eleição para a prefeitura de Montes Claros foi marcada por várias surpresas. Primeira vez, desde 1982, a disputa não conta com a participação do prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB) com ele próprio como candidato ou engajado na candidatura. Tadeu Leite chegou a se preparar para concorrer à reeleição. No entanto, com problemas e várias dificuldades em sua administração, em 25 de junho, após passar uma delicada cirurgia (na qual recebeu uma bolsa de colostomia), ele anunciou a desistência e que deixaria para o PMDB definir se lançaria candidatura própria ou apoiaria candidato de outro partido.O PMDB acabou optando por apoiar Ruy Muniz, que, até então, era oposição à atual administração. Outro fato ocorrido durante a campanha foi que o ex-prefeito Athos Avelino (PSB) foi barrado duas vezes (primeira e segunda instâncias) pela Lei da Ficha Limpa e saiu da disputa. Antes do desfecho do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele renunciou no dia 10 de setembro e foi substituído pelo ex-deputado Humberto Souto. Este disse que não apresentaria propostas na propaganda política – porque não teria mais tempo para isso -e que iria centrar sua campanha no combate à corrupção. “Pois, combatendo a corrupção, sobra dinheiro na prefeitura para fazer aquilo que o povo precisa”,justifica. Outro aspecto que chamou atenção na campanha eleitoral em Montes Claros foi o crescimento da candidatura do deputado Paulo Guedes. No início, ele enfrentou resistência por não ter nascido na cidade –é natural do município de São João das Missões e iniciou a carreira política em Manga (também no Norte do estado),onde foi vereador por três mandatos. O petista usou exaustivamente em sua propaganda na televisão depoimento e pedido de votos gravados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (cuja primeira mulher, Maria de Lourdes, nasceu em Montes Claros) e imagens da presidente Dilma Rousseff. Com isso, de “azarão” virou líder das pesquisas. Na sua arrancada, Paulo Guedes tem também uma “forcinha’ do Programa Bolsa-Família. Pois, a cidade tem cerca de 23 mil beneficiários da ação de transferência de renda que virou bandeira do governo petista.
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