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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O óbito indesejado Manoel Hygino - Hoje em Dia Sou um tanto barranqueiro. Naveguei pelo São Francisco desde tenra idade, conhecendo os burgos e povoados às suas margens, chupando melancia ou experimentando depois as boas aguardentes da região. Gente boa e trabalhadora, que tem muito a contar, de sua vida e das lendas. Em criança, vi vapores encalhados nos bancos de areia e demorando até três dias para deles se livrar. Desde remotas épocas se advertia para os problemas que teria o grande rio da unidade nacional. Suas águas não eram protegidas, transformava-se criminosamente em transportador de detritos e rejeitos de toda natureza, degradava-se, suas margens não recebiam a necessária defesa, enquanto se desertificavam extensas áreas do território mineiro. Mas se cuidava de distribuir o que sobrasse para atender a demanda de água do Nordeste, que em nada resultou até o momento. Em setembro último, lançou-se, no Recife, um livro – diagnóstico, revelador do que se tornou o São Francisco. Cem especialistas descreveram o perfil da vegetação ao longo e no entorno do rio. “Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação” mapeia a flora regional, enquanto se executam as obras de transposição. São 13 capítulos, o primeiro dos quais exibe título constitui um alerta: “A extinção inexorável do Rio São Francisco”. Em suas páginas medem-se os impactos na utilização do rio. Observa-se que, além de desvio das águas, há seu uso, intenso e incessante, para abastecimento humano, agricultura, criação de animais, recreação, indústrias e muitos fatores poluentes. O estudo vai mais além. Adverte que restam agora apenas 4% da vegetação das margens. O rio praticamente inviável como hidrovia, espécies foram extintas e ecossistemas profundamente afetados. Advertência: são imprescindíveis intervenções imediatas para mudar o atual cenário de degradação. Será que há alguém interessado? Se houver ainda o que se possa fazer algo para salvar a bela corrente nascida no Sudeste para percorrer os estados do Nordeste, deve agir rapidamente. O São Francisco está vivendo dias difíceis, seu estado é grave e seu óbito não interessa à nação em que vivemos.

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