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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A conquista dos sertões

Manoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´

A campanha política e o resultado das eleições deste ano trouxeram novidades. Entre elas, por exemplo, a escolha de um colombiano para prefeito de Palmas, capital de Tocantins. Em Minas Gerais, dentre outras, a do japonês Yuji Yamada, 66 anos, para o executivo de Janaúba, a cidade do Capitão Enéas Mineiro, que por sinal nasceu em Pernambuco. Aliás, como observou Waldyr Sena antes do pleito, feito ele o único forasteiro a se eleger prefeito, em 1950, de Montes Claros. Tinha base. Tornou-se, ainda segundo Waldyr, um dos grandes empreendedores da região, prefeito de Francisco Sá, um dos maiores fornecedores de dormentes para a Estrada de Ferro Central do Brasil, extraídos em sua fazenda Burarama. Na época, não havia crime ambiental, e no lugar da madeira ergueu-se uma cidade e recebeu seu nome: Capital Enéas.
Agora, quando as eleições municipais de 2012, são passado, ainda se pode meditar sobre o fenômenos comentado pelo jornalista consagrado no norte mineiro. Uma delas é que o brasileiro não tem preconceito nem faz restrições aos que, procedentes de outras regiões do país e mesmo do exterior, se instalem nos seus rincões para produzir o bem e o progresso. Lamentavelmente, tem-se de convir que, bandos há daqueles que se movem àquelas distantes regiões do sertão mineiro apenas para tirar proveito e lubridiar.
O Brasil mudou e a distante e desamparada região procurou e procura seus próprios caminhos. Historicamente, jamais pôde confiar e esperar muito dos que ocuparam o poder público ao longo de muitas décadas, mesmo séculos. Decidiu por obrigar e aceitar o que vinham de outras plagas, desde que capazes de oferecer à sociedade e o que ela reivindicava e necessitava.
As velhas e inquebrantáveis oligarquias interioranas se foram desfazendo. As novas gerações não conseguiram, de um modo geral, conquistar áreas de prestígio maior na administração, nem se interessar por cargos públicos. Os forasteiros surgiram para ocupar a lacuna, e sabem que há muito a construir.
O governo central, com outros interesses e escopos, faz pouco pela região. Na visita da presidente ao norte, em agosto, prometeu: a duplicação e outorga à iniciativa privada da BR-040, rodovia para Brasília, parcialmente construída; duplicação e entrega a iniciativa privada da Br-116 a Rios-Bahia; o a ferrovia entre Belo Horizonte e Salvador, que passa por Montes Claros, também transferindo a obra à iniciativa privada e, finalmente, a ferrovia entre Corinto e Uruaçu, em Goiás. E a União?

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