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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O espólio da casa roubada Jornal Hoje em Dia 24/11/2012 Múltipla tragédia no norte-mineiro. Jovem de 21 anos matou a namorada a facadas, usou o mesmo meio para ferir o tio da vítima, enfrentou a polícia, tomou uma arma de fogo de um dos soldados, atirou no delegado e o acertou, para se matar finalmente, com um tiro na cabeça. Uma tragédia estúpida, cruel, em que, contrariamente a muitos outros casos, não se falou em drogas. Na rede social, o moço cometeu mais delitos. Registrou: “Não acredito mais em palavras falsas dizendo vou te fazer e vou te amar pra sempre! Tudo ilusão; é por isso ki diz que oke olhos não ve o coração não sente”. Na verdade, a falta de boa educação e formação muito contribuem para a situação de risco em que vivemos. Numa cidade bem ao Norte do Estado, um menor de 15 anos morreu em hospital, atingido na noite precedente por dois indivíduos. Ele não tinha passagem pela polícia e voltava de uma partida de futebol. Segundo a mãe, era dedicado e esforçado, trabalhou como vendedor de picolé, ajudou em oficinas mecânicas e foi servente de pedreiro. Nem se fala em São Paulo, a locomotiva do desenvolvimento brasileiro, o Estado mais rico do país. Caminha para duas centenas de morte violentas, num ciclo de violência cujas nascentes parecem estar nos presídios. Quando será o fim do extermínio? A conservadora Minas se inclui no âmbito do processo horripilante. Encontra-se em terceiro lugar na lista dos Estados com maior número de inquéritos de homicídios sem solução. Havia, no princípio de novembro, 12.032 casos instaurados até 2007, em aberto. Reconhece-se o esforço do poder público, mas é imprescindível fazer mais. As cadeias nos municípios estão lotadas ou superlotadas, não podem receber mais presos. Os presídios se acham em idêntica situação, e as autoridades se veem na contingência de soltar dezenas dos que aguardam julgamento por absoluta falta de vagas. O sistema permite a incessante apresentação de recursos à Justiça, agravando mais o quadro lúgubre desta hora. Concomitantemente se constata a existência de uma infraestrutura carcomida ou já destruída, enquanto escorre pelos ralos da podridão ou incompetência administrativa o quinhão suado dos contribuintes, pobres contribuintes! Faz lembrar, mais uma vez, Rui Barbosa ao eximir-se de candidatura à presidência para não gerir o espólio de uma casa roubada.

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