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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Falha geológica é causa de tremores de terra em Montes Claros - Luiz Ribeiro - Existe uma falha geológica em Montes Claros (Norte de Minas), que é apontada como a responsável pelos tremores de terra registrados na cidade. Ela tem cerca de 3 quilômetros de extensão e está situada a uma profundidade de um e meio a dois quilômetros. Por conta da “fenda” no subsolo, a terra deverá continuar a tremer. Mas, não há motivo de pânico para a população, pois, devem ocorrer abalos de pequena intensidade. Por outro lado, a estrutura das construções devem ser reforçadas. As informações foram divulgadas, esta segunda-feira, pelos professores Marcelo Assumpção, do departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo (USP); e George Sand de França, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), que apresentaram os resultados dos estudos sobre os fenômenos sísmicos ocorridos no município. Solicitados pela Prefeitura local e pela Defesa Civil Estadual, os estudos da UNB e da USP foram iniciados em maio deste ano, diante da freqüência de tremores de terra em Montes Claros, sendo que o abalo de maior intensidade, de 4.5 graus na escala Richter, aconteceu em 19 de maio passado, quando foram atingidas 60 casas. Seis delas foram condenadas e duas foram interditadas, com as famílias desabrigadas. Foram instaladas nove estações sismográficas em diferentes pontos de Montes Claros para o mapeamento dos tremores e identificação das suas possíveis causas. Desde maio, os aparelhos registraram a ocorrência de 174 “eventos” no municípios, dos quais a metade “fenômenos naturais” (tremores) e outra metade detonações realizadas por pedreiras, que, de acordo com os especialistas não têm grandes impactos, ao ponto de fazer a terra tremer. Como referência para a análise no levantamento foram considerados 33 “abalos naturais” e 27 detonações. O professor Marcelo Assumpção disse que foi localizada uma “falha geológica” no município, cuja extensão, de três quilômetros, vai da Vila Atlântica até a Serra do Mel (também conhecida como Serra da Sapucaia). Na mesma região, foram identificados os epicentros dos tremores registrados no município. “Os tremores estão relacionados com a fratura geológica, mas devem ser ressaltado que se trata de uma fratura pequena, que também ocorrem em outras partes do Brasil”, observou o geofísico da USP. Assumpção salientou que os sismos devem continuar a ocorrer na região. Porém, isso não deve criar nenhum tipo de apreensão entre os moradores. “As chances de ter um terremoto de maior intensidade - de até 5.0 graus na Escala Richter - existem, mas são muito pequenas. Mesmo que venha acontecer um abalo com maior intensidiade, as construções bem feitas não serão afetada. Elas poderão ter trincas nas paredes, sem que isso implique em algum risco de desabamento”, assegurou o especialista. A região mais atingida pelos abalos em Montes Claros é a Vila Atlântica, onde moram famílias de baixa renda. O professor Marcelo Assumpção disse que, mesmo com os estudos apontando a existência da falha geológica na região da Vila Atlântica, não será necessária a remoção de famílias da região. “Ninguém deve abandonar suas casas por causa da falha geológica. No entanto, é preciso reforçar a estrutura de suas casas. As pessoas devem tomar alguns cuidados. Por exemplo, devem verificar sempre se as telhas estão firmes, ao ponto de resistir pequenos tremores. Além disso, deve-se evitar colocar coisas pesadas em cima de armários, a fim de prevenir riscos de acidentes”, recomendou. O professor George Sand de França, do Observatório Sismológico da UNB, disse que os moradores devem se acostumar com os abalos. “A primeira coisa que as pessoas devem ter é calma. Na hora do tremor, devem sair rápido de casa ou então se protegerem debaixo de uma mesa”, disse França. Ele lembrou que os dados do Observatório da UnB mostram que Montes Claros tem registros de sismos desde 1978, com a freqüência dos tremores aumentando em determinada épocas e depois reduzindo. Os fenômenos se repetiram mais nos anos de 1996, 1999, 2000, 2008, 2010, 2011 e 2012. Porém, a maioria deles é intensidade muita pequena. Segundo o professor Marcelo Assumpção, de 1995 até hoje, foram registrados na cidade pouco mais de 20 tremores acima 2.0 na escala Richter. G1 - Pesquisadores apresentam estudos sobre tremores em Montes Claros - É possível que abalos tenham relação com uma fratura da Serra do Mel. Maior tremor foi registrado em maio deste ano, com 4 graus de magnitude - Foi realizada nesta segunda-feira (17), na Câmara Municipal, uma coletiva de imprensa com pesquisadores da Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo, Unimontes e Defesa Civil Municipal e Estadual, para apresentar estudos preliminares sobre a ocorrência de tremores em Montes Claros. O representante da Defesa Civil Estadual, tenente coronel Fabiano Villas Boas, disse que o governo mineiro está dialogando com especialistas japoneses para estudar a ocorrência de tremores em Montes Claros. ´Este termo de cooperação técnica é importante, pois permite compartilhar conhecimentos e experiências, e nosso objetivo é preparar a população para conviver com os riscos de um abalo, assim como em todos os desastres naturais.´ Ele ainda anunciou a instalação de duas unidades sismográficas na maior cidade do Norte de Minas, em janeiro de 2013, já que as nove estações da Unb e da USP são utilizadas em caráter temporário e logo devem ser retiradas. Segundo o professor da USP, George Assumpção, os abalos são provocados devido às pressões geológicas, que naturalmente aumentam ao longo dos anos e podem ocasionar fraturas, e consequentemente pode haver o movimento de blocos, originando os tremores. Ele ainda disse que grande tremores, que têm magnitude superior a sete graus da escala Richter, ocorrem em lugares nos quais há falhas geológicas nas bordas das placas, e como estamos localizados sob um única placa, a Sulamericana, esta situação têm chances míninas de ocorrer. De acordo com o estudo apresentado, em Montes Claros não há falhas geológicas grandes, a maioria das mapeadas são antigas e inativas, o que significa que terremotos de grande magnitude são improváveis, mas não impossíveis de acontecer. Foi levantada a hipótese dos sismos terem ligação com uma fratura na região da Serra do Mel, porém é preciso melhorar a precisão das localizações dos epicentros. O maior tremor já registrado na cidade ocorreu em 19 de maio deste ano, com quatro graus na escala Richter. Desse mês, até o início de outubro, foram monitorados 174 eventos naturais, 60 destes são mais bem localizados, dos quais 27 foram detonações e 33, eventos naturais. Segundo a Defesa Civil Municipal, neste episódio, mais de duzentas casas foram afetas, sendo que 28 foram condenadas. Como a estação sismológica mais próxima estava localizada em Patos de Minas, não foi possíver saber a localização exata do epicentro do tremor. George Assumpção explicou ainda que 99% dos tremores não têm relação com atividades humanas, e apenas em casos de hidrelétricas com grandes reservatórios foi verificada alguma atividade sísmica. ´É impossível prever se os tremores vão evoluir em Montes Claros, o mais provável é que ocorram por mais alguns meses, com variação de frequência e intensidade. A chance de ocorrer outro abalo de intensidade próxima a quatro é de 16% em um ano´, diz o pesquisador. Ele ainda destaca que abalos desta intensidade não são raros no Brasil e ocorrem com maior frequência no Nordeste do Brasil.

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