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Mensagem: Um pouco mais cedo, às 21 horas, passei pela Praça da Matriz. Estavam os jardins numa escuridão medonha. Todas as luzes, internas, apagadas, todas, o breu assistido pelas lâmpadas dos postes das vias circundantes. Busquei, não obtive explicação. Desci. Passei pela viela Hermenegildo Chaves. Desolado, vi que derrubaram o miolo da casa onde morou o poeta Geraldo Freire. Aquele, que compôs o que busco na memória: ´Nunca vi o mar.../ mas, ...vendo....penso/ é um barco que se afasta/ De onde se agita um lenço´. Continuei descendo, chateado com os neurônios que não me servem o verso inteiro. Entendi a escuridão medonha, a da praça. Chora pela casa, demolida, do poeta. Se ao menos colocassem no edifício, que começa a surgir, uma placa dizendo que o vate viveu sob aquele teto, ficaria mais confortado. Pode uma cidade esquecer os seus poetas?
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