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Mensagem: Montes Claros tem mais carroças do que táxis nas ruas - Girleno Alencar - Montes Claros apresenta uma situação atípica: tem mais carroças do que táxis,o que é considerado anômalo pelo urbanista Luiz Cláudio Duarte Oliveira, que, até o final de 2012, esteve à frente do Instituto Municipal Randhal Almeida, responsável pelo planejamento urbano da cidade. Os dados da prefeitura registram 3 mil carroças e 121 táxis atuando na cidade. O desafio da prefeitura agora é reduzir a quantidade de carroças e aumentar o número de placas de táxis. No dia 9 de fevereiro a Empresa Municipal de Obras, Serviços e Urbanização (Esurb) iniciou o emplacamento e cadastramento das carroças. Já registrou 295 carroças e poderá chegar a até 400 nos próximos dias. O presidente do órgão, Leonardo Andrade, acredita que chegará no máximo a 500 carroças e promete retirar de circulação as que não estiverem emplacadas. Já a Mctrans está estudando a abertura de licitação de novas placas de táxis, pois desde 1976 não é aberta licitação. Poderão ser criadas mais 80 placas, deixando a cidade com 200. A grande diferença entre a quantidade de carroças e táxis é vista como um traço cultural, tanto por Luiz Cláudio Duarte Oliveira como pela engenheira de trânsito Ivana Colen, diretora de trânsito e sistema viário da Empresa Municipal de Trânsito e Transportes. Luiz Cláudio lembrou que é uma herança passada de pai para filho e difícil de quebrar. No final da década de 70, quando o então prefeito Antônio Lafetá Rebello criou os pontos dos carroceiros e propôs o emplacamento foi uma iniciativa para regularizar a situação. Na sua concepção, as carroças devem continuar atuando nos bairros, pois é uma forma de sobrevivência de muitas famílias carentes, mas a prefeitura deve delimitar o perímetro onde os carroceiros não podem atuar, como na área central, pois seguraria o fluxo de veículos, causando congestionamentos. “As carroças podem trafegar só aos sábados, domingos e feriados nesta área da cidade. É um traço cultural que não podemos desconsiderar. Por outro lado, a quantidade de placas de táxis é pequena. É um absurdo que Montes Claros não tenha nenhum táxi adaptado para os cadeirantes. Deveria ter táxis especiais”, afirmou o urbanista. A engenheira de trânsito Ivana Colem, diretora de Trânsito e Sistema Viário da Mctrans, afirmou que os critérios técnicos comprovam que Montes Claros não pode permitir o fluxo de carroças na área central e nem em vias arteriais, pois nelas avelocidade permitida é de 50 quilômetros, enquanto as carroças trafegam a 10 e 20 quilômetros e provocariam uma grande retenção. As carroças podem trafegar somente em vias locais, de menor fluxo, onde a velocidade permitida é de 30 quilômetros.
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