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Mensagem: Estão derrubando nossa memória. Os tributários da minha memória são muitos, um deles a oportunidade de conviver com muitos da sociedade montes-clarense.Porquê? Meu avô e meu pai eram ferreiros, com muita arte confeccionavam os ferros de marcar gado, parafusos e porcas, dobradiças e trancas de cancelas - na solda então – modesta parte eram os bons, além disso meus tios eram serralheiros e torneiros. E eu, o cobrador e o enfrentador de filas em bancos, hoje são os “Office boy” . Daí o fato de ter conhecido tantas famílias. E quando deparo com uma casa indo ao chão, é como tivesse tirando um pouco da cultura da nossa terra. Já se foi o jardim suspenso da Dona Yvonne Silveira e sob ele o fusquinha, a casa do Godô Guedes, da Mestra Fininha, dos Telles na Pç.Coronel Ribeiro, o Seminário Diocesano e a casa do Cândido Canela na Pç. Honorato Alves. Foram muitas que não resistiram o “progresso”. Agora a casa do Fabio Ribeiro, como diz o Ucho, “art décor” – os detalhes – os imensos e luxuosos lustres da sala e da copa, ficaram adormecidos por mais de 25 anos, até caírem na Sexta feira da Paixão. Começaram a demolição da casa de João Alencar Athayde, pecuarista dos mais respeitado de Minas Gerais. Quando ele ligava para meu pai mandar as notinhas dos serviços à pagar, eu chegava trêmulo no seu escritório, ele ia logo dizendo – “pega o dinheiro com Roberto (Secretário e sobrinho) e diga a seu pai que tem outro serviço na Fazenda Camará, o engenho quebrou” - eu com 10 a 11 anos, morria de medo dele, comentavam que nos anos 50 ele tinha envolvido num crime no Rio de Janeiro, fato que abalou o país inteiro. E nesta casa que hoje está indo ao chão, em 1966 ou 67 – não sei o certo – dentro do escritório - “Seu João Athayde” pôs fim à sua vida.
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