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Mensagem: Planejamento urbano - Montes Claros nasceu assim, com ruas estreitas e tortuosas, como pode ser observadas na parte velha da cidade; creio que nos primeiros planejamentos veio a rua direita (Dr. Veloso), daí as ruas retilíneas, que vão da Rua Presidente Vargas para o Sul da cidade; não obstante retas, porém, estreitas para os dias de hoje. Na época da Vila Arraial das formigas; creio que poucos imaginavam que um dia chegaríamos a 400.000 habitantes. Diante às discussões, e da importância da revitalização do centro e de alguns bairros de Montes Claros, quero enaltecer três grandes homens que tive o prazer de conhecê-los, os Senhores Antonio Lafetá Rebello, Antonio Lôpo Montalvão e Capitão Enéas Mineiro de Souza, três grandes visionários, que estavam sempre à frente do tempo como administradores e empreendedores. O primeiro muito admirado por todos nós não só pela educação lapidada no tratamento com as pessoas, mas, pelo seu comprometimento com o bem estar dos montes-clarenses. A mobilidade urbana parecia que não saía do sentido do “Seu Toninho”. Assim que a cidade de Montes Claros foi contemplada com Programa de Cidade de Porte Médio; “Toninho Rebello” foi logo preocupando com o Plano Diretor. Não quero ser repetitivo, pois, muitos já falaram sobre os projetos do Toninho Rebello: os alargamentos de ruas, fechamento de quarteirões, Avenidas de trânsito rápido e corredores para as linhas de ônibus . Lembro-me do Eng. João Henrique Ribeiro - no qual o admiro muito - a pedido do Toninho Rebello , elaborando projetos que contemplava todas as demandas que hoje atravanca o trânsito de Montes Claros, projetos que iriam adaptar a acessibilidade entre bairros e criando diretrizes que promoveriam a integração entre os diversos meios de transportes. O tempo passou, vieram outros “administradores”, hoje estão ai no sufoco para dar um jeito na Princesa do Norte. Além de um excelente piloto, o “brevê” do Antônio Lafetá Rebello serviu para dar inicio ao Plano de Vôo para Montes Claros que até hoje sonha com o Céu de brigadeiro. O segundo, por amor aos seus ideais, nos anos 50, transformou os pastos da sua fazenda em largas Avenidas e fundou a cidade de Montalvânia, uma cidade bem planejada à beira de um dos rios mais caudaloso do Norte de Minas; o Rio Cochá. Para mim, o Sr.Antonio Montalvão não era somente inteligente pelo fato de ter insistido com a Petrobrás, que na nossa região tinha gás natural ou que na composição da água tem mais moléculas oxigênio – mas, foi pelo planejamento da sua cidade; em pontos estratégicos, definiu as áreas para instalações das empresas de saneamento e energia - os locais dos Clubes - as Avenidas e Praças, tudo muito bem localizadas e traçadas. Um projeto bem elaborado. Todas as Avenidas e Praças com nomes de filósofos e pensadores; Av. Galileu, R. Zoroastro, Praça Platão, R. Copérnico, R. Schopenhauer e a Praça que homenageia o maior de todos, a Praça Cristo Rei bem no centro da cidade. A planta da cidade é numa Mandala, o Antonio Montalvão era um filósofo dos tempos modernos. O terceiro e último. Enéas Mineiro de Souza que morava no início da Av Cula Mangabeira, com R. Coração de Jesus, na Praça que tem o seu nome, ali, ao lado da casa de Dona Laudir, a minha primeira professora, ainda no pré. O Sr. Capitão Enéas fez o mesmo que o Montalvão transformou sua fazenda em uma cidade. Admiro os feitos do Capitão Enéas pela visão que teve em apoiar a construção da Usina hidrelétrica de Santa Marta. Quando morei em Burarama, em 1981, época da construção do asfalto para Janaúba, ainda existia a serraria onde foram feitos os dormentes para a estrada de ferro que avançava pelo setentrional mineiro. Muitos falam que o nome certo seria BurarEma, nome de uma madeira que era muito usada na fabricação de dormentes (apoio da base dos trilhos), mas ficou Burarama. Comentavam que o Capitão Enéas Mineiro de Souza gozava de uma grande amizade com o Senador Alencastro Guimarães, este, na ocasião era Diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, e apoiado nesta amizade conseguiu a concessão de fabricar todos os dormentes para a Central. Naquela época, ser amigo de um Diretor da Rede Ferroviária, era como ser amigo de um Presidente da Republica, era muito respeitado. Voltando a Cidade Capitão Enéas (antiga Burarama), o traçado das Avenidas é um show, esta planta facilitou e facilita os prefeitos a desenvolverem a cidade sem demandar um Plano Diretor, lá tudo foi bem planejado, não é por menos que a cidade é chamada de cidade das Avenidas. São os comprometimento dos homens nos anos idos. (*) José Ponciano Neto é Tec. Meio Ambiente
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