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Mensagem: A HOMENAGEM DO ESPN A JOMAR Ontem me emocionei e fui às lágrimas duas vezes durante o bloco do programa ´O Brasil da Copa do Mundo´, em homenagem à memória de meu querido amigo Jomar, na ESPN. A primeira grande emoção foi quando Tancredo Macedo, irmão do craque, também craque do futebol e da medicina, o definiu numa só palavra: amor. Acho que foi a primeira vez que uma pessoa, na televisão brasileira, conseguiu ficar no ar por tanto tempo, depois de usar unicamente esta palavra mágica na resposta a uma pergunta de um repórter. Momento divino, que deve ter paralisado do entrevistador ao porteiro da emissora e tocou profundamente os corações de todos os telespectadores. Assim são esses meninos de meu querido ´TiJuca´, um homem exemplar, que percorria as ruas e os lares de minha aldeia, exercendo a nobre profissão de carteiro, amigo de todos nós, que ornamentou sua vida por uma bondade e por uma modéstia de dar inveja ao mais puro cristão. Esqueceram de dizer de outros craques da família, a começar por Vivaldo, passando por Alexander, pelo próprio Tancredo, por Danilo e João Batista. E aqui me recordo também de Padre Joaquim, também bom de bola que, no campinho do Seminário Diocesano, arregaçava a batina e corria como um foguete pela ponta esquerda, produzindo jogadas geniais. Coisa genética: todo Macedo de minha aldeia é inteligente e bom de bola! Padre Joaquim foi meu grande professor de Português, no curso científico, no casarão de nossa eterna Escola Normal, onde Jomar também concluiu seus estudos do segundo grau e bacharelou-se em Direito. A outra grande emoção foi ver o homenageado, poucas horas antes de se encantar, comandar um pai-nosso, num encontro de antigos craques do grande futebol de minha terra, sugerido por ele ao grande jornalista Denarte D`Avila. Jomar, ali, deve ter sentido que se despedia da vida e, como disse Tancredo, amoroso, quis rever os antigos amigos das quatro linhas, antes de viajar. E ele era assim mesmo. Nunca o vi, em nossa longa e fraterna convivência, abrir a boca para falar mal de alguém, semear a discórdias ou espalhar ódios. Viveu muito perto da santidade. A participação de Nicomedes, no programa, foi excelente. Nosso maior zagueiro retratou, com maestria, o palco em que Jomar brilhou como artista da bola. A Montes Claros de um futebol espetacular, a nível de qualquer Copa do Mundo. Helton levantou um brinde ao homenageado, no Tip Top, de meu querido diretor Vivaldo, o que também teve para mim uma significação muito especial. Ambos, ele e Nicó, foram meus atletas quando dirigi o Cassimiro de Abreu e ainda são queridos amigos que muito prezo e guardo, a sete chaves, em meu velho e marcapassado coração. Parabéns, Denarte! Tenho certeza de que esta ideia foi sua. E muito obrigado por você dar essa imensa alegria aos exilados de nossa aldeia, que nem eu, de ver imagens de nosso chão e de nossa gente espalhadas por todo este nosso vasto mundão. E que Deus continue a derramar suas bênçãos a todos os filhos, filhas e descendentes do grande Juca Carteiro, nosso querido ´TiJuca´! E que nós jamais deixemos apagar a memória deste inesquecível conterrâneo Jomar Geraldo dos Santos Macedo.
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