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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Médicos cubanos Recebi, por e-mail, uma charge sobre os médicos cubanos que virão ou já estão vindo para o interior do Brasil: Dois médicos uniformizados (vestimenta de médico) em posição de sentido declaram: “Estamos prontos mi comandante”. A nossa presidente responde: “Comandanta”. Até aí, tudo bem. Uma simples brincadeira, mas a charge traz outra conotação. Indica subordinação hierárquica, que pode ser de natureza política. Particularmente, não só em razão da idade avançada como das decepções sofridas, afastei-me da política partidária, dominada pelo “toma lá dá cá”, pelos interesses pessoais, pelo desamor à coisa pública, pela corrupção. Mas preocupo-me com os destinos do País em razão de meus filhos, netos e bisnetos. Não adentro na necessidade de importação de médicos. A legislação pátria define condições para a revalidação de diplomas expedidos por universidades estrangeiras, em defesa dos próprios interesses sociais. O médico trabalha com a vida humana. Melhor seria que se ampliassem as vagas nas nossas faculdades de Medicina, ofertando maiores oportunidades a brasileiros, ou que os nacionais diplomados por faculdades do exterior tivessem mais facilidades de ter os seus diplomas reconhecidos. Mas, afirmam, as necessidades de médicos são prementes, imediatas. Não sou médico nem labuto na área de saúde. Todavia, parece-me, pelo que leio nos jornais diários e vejo pela televisão, o problema maior é de estrutura hospitalar deficiente e burocrática ultrapassada. Não existem vagas nos hospitais, por carência de estrutura física. Não existem remédios disponíveis, por razões que prefiro não declarar. O caos na saúde pública não tem como origem a carência de médicos, no meu modesto entendimento. O médico, como toda e qualquer profissional em um país livre, tem o direito de optar por se fixar nessa ou naquela localidade. Não pretendo apoiar ou criticar o Sistema Único de Saúde. Não é este o meu objetivo. Por isso, voltemos aos médicos cubanos, Não me aprofundei – deveria ter feito antes de escrever – nas condições reais e específicas de preferência do governo brasileiro por médicos cubanos em número considerável. Cuba, pela propaganda, é tido como um estado desenvolvido. Muitos brasileiros lá estudaram ou por lá passaram, mas poucos devem ter tido conhecimento da realidade sócio-educacional. Outros países poderiam oferecer médicos ao Brasil, mas Cuba parece que selecionou profissionais e manterá controle sobre eles enquanto permanecerem no País. Controle pessoal e ideológico. Ficarmos dependentes de Cuba, em uma área tão importante como a saúde, é uma vergonha nacional. Sem muita atenção à ideologia, temos que indagar se a qualidade dos médicos vai ser testada e se Cuba estará mandando os seus melhores médicos ou exportando carniceiros. (Em complementação ao artigo anteriormente publicado (Mensagem nº 75976, de 25/08/2013) verifico, pelo noticiário dos jornais, que os médicos cubanos habituados a um sistema elogiável de saúde (o cubano) estão afirmando que os hospitais brasileiros precisam melhorar as suas estruturas. Aqui um reforço à opinião dos médicos brasileiros: Não é de médicos que precisa a saúde do Brasil, mas de infraestrutura de atendimento. Mais saúde e menos corrupção.)

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