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Mensagem: LEMBRANÇAS QUE TRAZEM SAUDADE José Prates Quando abro o Mural em busca de notícias da terrinha, isto é, de Montes Claros, o passado me vem à mente e me faz revivê-lo em pensamento, principalmente quando leio uma crônica como as de autoria de Alberto Sena, com aquela linguagem gostosa, sem rodeios, que tira o passado do arquivo da memória e a ele nos leva, fazendo-nos, queira ou não queira, revivê-lo como se estivessemos em sonho, porque a presença do passado me faz parar com a leitura, fechar os olhos e deixar que ele projete-se na mente como um filme de curta metragem que eu passo a assistir, vendo-me correndo de bicicleta, de um canto para outro, buscando notícias para o Jornal de Montes Claros que vai circular amanhã e o Meira precisa de matéria para fechar a última página. Isto foi na década de cinqüenta. É o passado. Eu morava na Rua Januária, lá em cima, margeando a estrada de ferro. Em frente, do outro lado da linha, ficava a algodoeira de ´seu´ Fraga, onde Luiz de Paula trabalhava como contador. Eu descia a rua, devagar, até a Praça Cel Ribeiro, atravessava, entrava no hotel São Luiz para cumprimentar o Sargento Moura e depois, entrava na Rua Dr Veloso e ia descendo sem pressa, olhando um lado e outro cumprimentando quem encontrava. (...) Zé Prates, Sempre que você aparece no fantástico mural em crônicas e recados, faço questão de ler. Dessa maneira, além de me deliciar com seus textos de leitura leve e coloquial, fico relembrando meus tempos de infância e juventude, vividos no Hotel São Luiz, à mesma época que você trabalhava ali pertinho no Mais Lido. Quando meu irmão de criação, Benjamim Baia, fez Tiro de Guerra, ele constantemente falava do Sargento Moura, com certa idolatria e muito respeito. E comentava que ´ele podia estar morando aqui, pois assim você o conheceria melhor.´ O Sargento morava no São José. Não gostaria que ficasse caracterizado esse ajuste do seu texto como uma correção. Na realidade, depois do São José, você estaria descendo a rua Dr. Santos, passando em frente à casa de D. Fininha, ao palacete de Dominguinho Braga (posteriormente adquirido pelo Dr. Luiz de Paula), à casa de Dr. Alpheu para chegar ao JMC. É interessante lembrar que quando mamãe também comprou uma máquina de lavar, ela ouviu de Tia Jujú, comentário semelhante ao de D. Marucas (na época diretora do Grupo Escolar Gonçalves Chaves, onde eu estudava). Era uma máquina grande, para lavar, principalmente, a roupa de cama do hotel, que tinha no alto, acima da tampa, um sistema de ´tirar a água´ da roupa lavada, que consistia em 2 cilindros revestidos com borracha que giravam (tal qual máquina de abrir massa para fazer macarrão), espremendo os lençóis. As máquinas de então inda não tinham a centrifugação. É isso aí, meu caro Zé Prates. Continue escrevendo para nossa alegria. Um abraço do João Carlos Sobreira.
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