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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Um autêntico herói do sertão Manoel Hygino No dia 3 de outubro, será a entrega da Medalha Cultural “Acadêmico Saul Alves Martins” ao advogado e escritor Petrônio Braz, por seu livro “Serrano de Pilão Arcado – A saga de Antônio Dó” e “Vultos Honoráveis de Brasiliano Braz e Saul Alves Martins”. A solenidade se realizará no Salão Rubi do Clube dos Oficiais da PMMG, na rua Diabase, no Prado. Rende, assim, a Academia de Letras “João Guimarães Rosa”, da Polícia Militar de Minas Gerais, homenagem, a instância do acadêmico coronel João Bosco de Castro, seu presidente, a um dos mais prestigiosos pesquisadores e autores do sertão mineiro. Petrônio será o orador oficial da cerimônia. Os mineiros, geralmente, por índole ou formação, são tímidos na divulgação de seus feitos, na exaltação dos que constroem sua história e seu futuro, dos que reverenciam as tradições e enfatizam, como convém, a importância de sua cultura. É o caso de Antônio Dó, autêntico homem do sertão, que não se curvou às injustiças e às vinganças de seus adversários, reagiu e foi executado. Sua personalidade forte se fixou através do tempo e mereceu realce na notável obra de Guimarães Rosa. Petrônio Braz, membro da Academia Montes-clarense de Letras e fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes de São Francisco, dedicou-se ao tema Antônio Dó, personagem menos conhecido, mas mais significativo para a região, do que o foi Lampião para o Nordeste. O livro de Braz ganhou repercussão e inspirou documentário selecionado para o VII Curta Canoa, no Festival Latino-Americano de Cinema de Canoa Quebrada. A produção de Elder Gomes Barbosa foi incluída entre os vídeos selecionados para a mostra competitiva. “Serrano de Pilão Arcado” mereceu um esplêndido ensaio crítico da professora-acadêmica Yvonne de Oliveira Silveira, já reeditado e apresentado no Clube de Leitura Felicidade Patrocínio, um dos mais atuantes centros de cultura do interior de Minas. Para a médica e jornalista Mara Narcisa, a iniciativa exige atenção: “Alguém precisa enxergar isso e fazer crescer tal atividade. Caso não avance, todos perdem”. Daí, a conveniência até de se dar presença no Clube dos Oficiais, neste outubro. Conhece-se um autor de excelentes méritos e mais de perto se ingressa no universo de Antônio Dó, vulto marcante na afirmação do homem de Minas. Afinal, sertão não é unicamente nordestino.

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