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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Montes Claros aonde chegou? José Prates Quando leio as notícias que este Mural nos traz, deparo-me com nomes de ruas e avenidas homenageando muitos dos que foram nossos amigos e companheiros do passado e que, depois de tantos benefícios à cidade e ao seu povo, foram embora para a eterna morada e tiveram o seu nome gravado numa placa de rua como agradecimento pelo muito que fizeram pela comunidade. Agora mesmo ao abrir esta página, vejo a reclamação de uma leitora sobre o barulho que lhe incomoda na Avenida João Luiz de Almeida. Veio, então, à minha mente a imagem do Dr. João Luiz, sempre apressado, de pasta na mão, chegando ao Fórum. Era advogado militante, mas, as suas atividades não ficavam somente nessa. A mais importante foi a administração do Instituto Norte Mineiro de Educação de que era o proprietário e administrador, auxiliado por seu filho Joãozinho, professor de matemática. O estabelecimento conhecido na área de educação como o “Instituto” mantinha atuante um respeitável grupo de mestres competentes como, por exemplo, Márcio Aguiar, ex seminarista, excelente professor de português. Esses mestres davam ao estabelecimento credibilidade e grande aceitação dos pais de alunos. Nos anos cinqüenta, Montes Claros tinha um grupo expressivo de intelectuais como o Dr. João Luiz e outros, contrastando com as atividades principais do município que eram o comércio e a pecuária mantidos por montesclarenses da qualidade dos Athayde e Pimenta fazendeiros e pecuaristas por tradição de família, cuja intelectualidade e vocação desenvolvimentista estão neles como herança de família. Por isso não é de admirar o grau de desenvolvimento que o Arraial das Formigas atingiu, chegando ao domínio comercial do Norte de Minas e sudoeste da Bahia. Hoje, como cidade grande, muita coisa que ontem causava espanto e era motivo de comentário por longo tempo, passa, até, despercebido por uma grande parte da população. Na questão do ensino, não há termos de comparação porque o desenvolvimento foi do próprio ensino em todos os seus ramos, no Estado e no país que trouxe para a cidade o seu nível superior, o que era impossível acontecer nos anos cinqüenta. Foi grande, porém, o preço pago pelo progresso desenvolvimentista comercial e industrial em razão do grande volume de migrantes em busca de emprego que, alem da mão de obra que se fazia necessária, trouxe, também, a violência que se tornou rotina e que antes era desconhecida. Não é, porém, um caso isolado de Montes Claros, mas, do mundo todo, pode-se dizer. Hoje, em qualquer lugar do mundo em que haja população heterogênea, a violência está presente pela falta de unidade de entendimento. O que acontece nos grandes centros onde, por incrível que pareça, um homicídio é considerado de pouca importância, mostrando a banalização da vida Montes Claros a princesinha do sertão nos anos 50, menina moça, feliz, inocente, cresceu, tornou-se grande e foi tomada pelo progresso que lhe fez perder a inocência e a beleza de menina moça. Entregou-se ao desenvolvimento econômico, afastou-se da beleza poética do sertão para entrar na materialidade dos negócios lucrativos que ignora a beleza poética da inocência sertaneja. .

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