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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Primeiro, a explicação necessária, do Wikipédia, em seguida o comentário: ´Curimataí é um distrito do município brasileiro de Buenópolis, no interior do estado de Minas Gerais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 2 130 habitantes, sendo 1 155 homens e 975 mulheres, possuindo um total de 857 domicílios particulares.1 Foi criado pelo decreto de 14 de julho de 1782, então pertencente a Diamantina.2 Pela lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, passa a pertencer ao município de Buenópolis, que foi criado a partir do mesmo decreto.3 Situada em um vale entre a Serra de Minas e a Serra do Cabral, a pequena cidade é abrigo de um dos maiores afluentes do rio das velhas, o rio Curimataí. Rica em belezas naturais, possui várias cachoeiras, águas termais e é uma das portas de entrada para o Parque Nacional das Sempre-Vivas. O nome dado ao distrito tem etimologia indígena, e significa ´rio dos curumatãs, peixe de escamas e de carne saborosa´. Provavelmente há alguma relação com o grande número de cachoeiras e cursos d’ água da região. HISTÓRIA Uma das hipóteses para o surgimento do distrito em meados do século 18, entre os anos de 1760 e 1770, é a construção do curral da contagem de gado, que funcionava como entidade alfandegária. A região era responsável pelo abastecimento do distrito, o que explica a ocorrência deste ponto de fiscalização. Outra suposição levantada é de que os primeiros habitantes do local eram sonegadores de impostos referentes à extração de diamantes e ouro da região do Arraial do Tejuco. Um relato do viajante e naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire em 1817 descreve o que viu no início do povoado: “De todas as povoações por onde passei desde o começo da viagem pelo sertão, Curimatahy foi a única em que vi jardins, os vegetais aí plantados dão a essa localidade um ar de frescor que não possuem Contendas (hoje Brasília de Minas), Coração de Jesus, etc. Mas é preciso convir que os habitantes de Curimatahy são favorecidos no que respeita à água: pois que correm da montanha vários regatos, que deslizam em volta da povoação, entretem nela um pouco de umidade e fornecem os meios para fazer irrigações” Ainda hoje Curimataí conserva algumas características do início de sua ocupação - ruas de terra batida e grama, casas que mantêm o mesmo material de sua construção e outras que preservam a fachada típica das casas mineiras do século 18 e 19. Antigo povoado da região dos diamantes, pertenceu originalmente à Vila do Príncipe, hoje cidade do Serro, também pertenceu a cidade de Curvelo, antes de ser integrado a Diamantina em 14 de julho de 1832. Em 17 de dezembro de 1938, através da lei nº 148, quando é criado o município de Buenópolis, Curimataí é transferida para este município.´ Dada a rica explicação, que realça a importância histórica e antropológica da Curimatahy do sábio francês Saint-Hilaire, agora o comentário: Minas tem 10 máximos tesouros turísticos. Dois deles estão em Buenópolos - as duas serras que se olham, no vale das quais está a cidade, pura extração da civilização diamantinense, excepcional em humanidades, história, cultura etc. Uma terceira e rara riqueza é esse distrito de Curimataí com suas águas termais e ferruginosas - e, mais que tudo, o seu mistério, uma vila exclusiva de homens e de mulheres de olhos azuis, na origem. Ali, há cerca de 15 anos, iniciou-se o aproveitamento turístico das águas quentes, pela iniciativa privada. O Sesc cogitou construir no local uma colônia de férias, mas foi ultrapassado pelo registro de exploração concedido a 4 sócios. O projeto ia se deslanchando, quando uma infração ambiental resultou em multa. O que era para ser um marco do turismo de Minas converteu-se em paralisia. O projeto está parado há cerca de 3 anos, aguardando desfecho, e toda a população de Minas, especialmente a do Norte, fica privada de uma colônia de lazer única, capaz de, em menor escala, claro, competir com Caldas Novas, por exemplo. Piscinas abandonadas, suites lacradas, restaurante fechado. E agora? Será necessário que se esgote uma geração para que tenhamos acesso novamente a este tesouro? É preciso encontrar solução para o impasse.

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