Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: Ter 22/10/13 - 16h28 - ´Era procurado pelos pobres para o atendimento das mais variadas petições. Uns queriam remédios, outros comida. Uns queriam passagens, outros uma roupa. Mas todos carentes de palavras de conforto e sempre atendidos. O que me deixou pensativo foi...´ Padre Marcos, em cuja homenagem existe o Beco de Padre Marcos, ligando as avenidas Coronel Prates e Afonso Pena. Morava na esquina de baixo, defronte ao Colégio Imaculada, e a casa onde morou acaba de ser derrubada, coisa de poucos meses. Ele me batizou, na também finada Igreja do Rosário, que ficava na Avenida Coronel Prates, onde Dr. Hermes de Paula ergueu a até hoje inacabada Igrejinha do Rosário, a atual, levantada em forma de barca. Pois bem. Este santo Padre e outro, também belga, de nome Padre Francisco (Chico) Morreau, os dois foram retirados de Montes Claros porque um novo bispo, chegado ou chegando, não admitia na sua diocese padres com famas de santo. Os dois tinham conduta de santos. Partiram, o coração sangrando. Padre Marcos não mais voltou. Morreu em S. Paulo, no interior, Águas de São Pedro sendo a cidade do desterro. Padre Chico permaneceu tempos na sua Bélgica natal, o coração vivendo no Brasil, em Montes Claros. Voltou, tempos depois. Estava cansado, velho; seu vulto de batina branca ia sempre pelas ruas, o sol escaldante, levando o guarda-chuva como cajado. Não reconhecia mais o burgo poeirento ao qual entregou a sua mocidade e sua vida. Caminhava sempre sempre para a gare da Central do Brasil, sou testemunha, para comprar passagens. Queria voltar para....Montes Claros, onde estava, e não mais reconhecia, depois do exílio que lhe doeu, em silêncio.O muito amor às vezes se comporta assim... Recebeu a maior condecoração que o Brasil reserva a um não nacional, a Medalha do Cruzeiro do Sul, e a perdeu pelas ruas, dias depois.Não precisava de medalhas. Morreu como santo, nós todos, de joelhos, ao seu redor, rezando, rezando, e como santo é lembrado, será lembrado. ´Eternamente Sacerdote do Altíssimo´ - estava escrito na lápide de sua sepultura, muito justo e, se apagaram a frase, como apagaram, ela resistirá dentro de nós, que somos testemunhas dos passos desses homens limpos, enormes na sua renúncia. Já o bispo, respeitável também, ficou pouco, retornou à sua terra, Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Esta história é absolutamente verdadeira, revelada por um sacerdote da mesma e alta dignidade dos outros dois, e que já não está mais entre nós, fisicamente. Todos são nossos máximos beneméritos. Para sempre, pois se cumpriram desígnios mais altos, superiores.

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima