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Mensagem: As decepções na região do Velho Chico Manoel Hygino Os habitantes das regiões da bacia do São Francisco ficaram enfim eufóricos. A notícia do gás natural, até aqui conservado nas entranhas da Terra, era comemorável. Seu volume atingiria 194 bilhões de metros cúbicos, segundo o primeiro estudo divulgado há poucos anos. Confirmava-se a perspectiva do engenheiro Levínio Castilho e de demais entusiastas e interessados. As estimativas, divulgadas pela imprensa e de boca em boca nos grotões, encheram de alegria a população generosa, confiante em mais interesse e atenção dos poderes públicos. Uma poderosa organização do setor indicou a existência de até 194 bilhões de metros cúbicos de gás natural. A boa gente da região ouviu com um pé atrás. São muitas dezenas de anos de decepção. A própria Petrobrás já andara perfurando por lá nos anos 80, mas interrompeu o trabalho. Ela tem pressa de resultados. Principalmente, porque há eleições em 2014. A esperança da população é infinda e pode aguardar mais. Quanto tempo? O governo de Minas ficou eufórico, em determinado período. A bacia do velho Chico tinha potencial para produzir 37 milhões de metros cúbicos por dia. Assim, logo nos eximiríamos de importar gás da Bolívia, evitando alimentar a dura lembrança da maneira bélica como a Petrobrás foi tratada pelo governo Evo Morales, que lhe invadiu as instalações pela força, sem qualquer protesto sério de Brasília. Quando o penúltimo mês de 2013 começou, ocorreu a triste comunicação oficial de que a estatal brasileira decidira abandonar os últimos quatro blocos de identificação e produção do gás na região do São Francisco, depois de desistir de outros três. “Uma autoridade presente a uma reunião que tratara do assunto foi peremptória: “A gente gera muita expectativa”, e a perspectiva se desfaz como folhas secas ao vento. Tentou-se justificar: os interesses estão voltados para os trabalhos do Pré-Sal, na bacia de Santos. Os resultados lá estão praticamente assegurados, se bem que a produção só comece, segundo os técnicos, depois de 2020. Seria ou será a autosuficiência em petróleo. Quando ao interior de Minas, que esperou durante séculos, pode aguardar mais. E já se fala nas reservas de xisto na bacia do rio na unidade nacional. O Velho Chico ponderou: “Pois, sim.”
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