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Mensagem: Avisos que vêm de longe Manoel Hygino Recebi o recado, enviado por Fernando Guedes de Mello, um pensador diplomado em engenharia. É a opinião da filósofa russo-americana Ayn Rand, judia fugitiva da revolução russa e que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920. ´Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autosacrifício; então, poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. O leitor encontrará aí uma definição da hora difícil que atravessamos no Brasil. Não importa saber que o panorama descrito se enquadre no modo de ser e viver em outras nações, em épocas diversas da história. Cabe a cada cidadão buscar a preservação da ética em todos os negócios, sejam de gestão pública, sejam de empresas. Lamentavelmente enfrentamos o problema da sua falta em todos os setores da sociedade. E não há punição para os responsáveis, para os criminosos, para os assaltantes do erário, até para os assassinos de bocas de fumo, porque enfim estamos encerrados na mesma caverna de Ali Babá. Desfalecem os mais conscientes defensores da decência no trato com os bens alheios, em decorrência da falência de obrigações comezinhas. Serviria para identificação dos desonestos o ensinamento de Rui: “Os políticos incapazes de ter princípios, ou habituados a não conhecê-los, senão para os violar, são precisamente os que não têm mãos a medir no luxo de invocá-los, para se deturpar à mercê dos interesses de ocasião”. O crime compensa seus autores e cúmplices se não há punição. Constitui a improbidade, de fato, um estímulo à sua ampliação, estendendo-se a todos os setores da vida. Não sancionar representa, ademais, um incentivo aos atos de ilicitude e desonra. O prestígio e grandeza da administração pública se perdem nos desvãos da indignidade. Aliás, foi o próprio Rui quem disse que as primeiras condições de respeitabilidade de todo poder, de todo agente de autoridade, em qualquer país, são a sua competência e a sua honestidade. E elas parecem faltar-nos, nesta fase da história brasileira, assistida com perplexidade pelo cidadão. Quem tem legitimidade para repelir o crime, onde e quando praticado, é o Estado. Se seus agentes também bandeiam para o vício e a devassidão, a autoridade perde vigor e respeitabilidade.
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