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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O desembargador (foto) me enviou nesta sexta-feira, o seguinte e-mail:

´A Folha de SP, hoje, publica carta minha, onde ironizo os “baluartes” dos
direitos humanos. Agora, com o morticínio de presos no Maranhão, jornalistas
e intelectuais “engajados” escrevem e opinam copiosamente sobre a questão
carcerária e os direitos fundamentais. São como urubus, não podem ver uma
carniça.
Quando eu era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de
Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores
infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados
assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima
reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça,
determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em
cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por
coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei.
Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à corregedoria de justiça e até
à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução. Chamei o
escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria
um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo
juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum.
Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me
“honraram” mais com suas visitas e ... os menores ficaram presos.
É assim que funciona a “esquerda caviar”.
Abs.
Rogério


Folha de São Paulo, 10 de janeiro de 2014, Painel do Leitor

“Direitos humanos
“Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista
Janio de Freitas, à ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis
defensores dos direitos humanos no Brasil. Criemos o programa social ´Adote
um Preso´. Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de
direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e
ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país.
Sem desconto no Imposto de Renda.
“ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)”.

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