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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O tempo de Getúlio Manoel Hygino - Hoje em Dia Não gosto deste tipo de redação – quando me vejo constrangido a registrar em papel sobre minhas coisas. Acontece, no entanto, que tampouco posso omitir-me. As linhas iniciais do comentário desta sexta-feira (26) são para contar que, no dia 28 de setembro, na incipiente primavera, será apresentado no Clube de Leitura/ Ateliê/ Galeria Felicidade Patrocínio, em Montes Claros, o meu livro “Vargas – De São Borja a São Borja”. A instituidora desse local de arte, letras, cultura, uma artista de alto nível, quis com o ato de domingo homenagear Getúlio, amado e repudiado, personagem que entrou definitivamente para a história, por sua vida e por sua trágica morte. Quem abre a programação é Yvonne de Oliveira Silveira, presidente da Academia Montes-clarense de Letras, singular expressão de dedicação às letras, professora universitária, integrante de várias entidades atuantes na área, que – a todas as promoções – comparece altivamente, elegante e lúcida, sapatos altos, para desenvolver considerações sobre os temas propostos. Na altura de seus 100 anos, que completa em dezembro, cercada da estima e da admiração de todos que a conhecem e perdem os que não a conhecem. O atual é período muito próprio para tornar mais conhecido o volume, que desvenda e revela episódios importantes, ignorados ou nebulosos, sobre Vargas, desde seu nascimento em São Borja, até o suicídio no Palácio do Catete, em 24 de agosto de 1954, em momento tormentoso da vida brasileira. O advogado Petrônio Braz, membro de várias academias e presidente da que se fundou no Vale do São Francisco, fará uma análise do trabalho publicado e ater-se-á à figura de Vargas. Pois naquele ano indelével, Petrônio, jovem e já envolvido em movimentos políticos, viajou a Belo Horizonte para receber Vargas, no aeroporto, em sua última viagem fora da capital da República. O filho de Brasiliano Braz, outro barranqueiro que amou e se orgulhou da terra em que nasceu, descreverá Getúlio, desde as margens do rio Uruguai, onde surgiu à vida e para a história, como diz em sua carta-testamento. Transcorridos decênios de seu desaparecimento, Getúlio permanece figura fulgurante no cenário político e a focalização de seu nome poderá servir à meditação, em época de mais uma eleição presidencial. Evidentemente, o analista dissertará sobre o passado e o presente, sinalizando novas perspectivas para o Brasil e as novas gerações. Como acontece nessas reuniões, os presentes poderão expor seus pontos de vista, aduzir dados e comentários, que se prestem a melhor entender e sentir a significação do focalizado, isto é, Vargas. Para o autor destas mal traçadas linhas, é momento muito especial, porque pelo crivo desses debates já passaram pelo mesmo local nomes como os de Rubem Fonseca, recentemente falecido, Guimarães Rosa, o conterrâneo Cyro dos Anjos, o próprio Petrônio por sua “Saga de Antônio Dó”, o outro conterrâneo Darcy Ribeiro, Clarice Lispector, e o “Cantar de Amiga”, de Yvonne, dentre outros.

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