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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Vamos ajudar o Ucho a contar a história de nossa Montes Claros, tenho certeza de que ele não vai importar com nossa intromissão, afinal todo escritor precisa dos memorialistas. Falar de Montes Claros de quarenta anos passados é viajar no tempo e lembrar daqueles que não habitam mais esse nosso mundo. Vamos então abr ir a roda, fugi da vizinhança e falar um pouco do povo e dos pontos de encontro. Comecemos então da Sapataria de Tião Boi que ficava ali no fundo do Clube Montes Claros, (depois conservatório Lorenzo Fernandez) bem ao lado do Bar Sibéria, na Sapataria de Tião Boi falava-se de tudo, desde o futebol até a politica, ninguém explica como podia caber todo mundo ali dentro, Tião Boi sempre muito mal humorado comandava a turma, tinha os mais velhos e os mais moços, frequentavam lá diariamente: Quinca Queiroz, Rui Maia, Vicente Maia, Carlucio Ataíde, Beto Viriato, Dim, Dedeto, Sr. Novais (pai de Perereca) Euniuço Preto, Saul Sena, Guilherme Vieira, Julinho Boca de Fogo, Zé Agulha, Biô Maia, Ricardo Tupinambá, Tak Maia, Raimundo Chaves, Elcinho Figueiredo, Jader Figueiredo, Augustão Bala Doce, Alexandre Vieira, Paulinho Cães (quando vinha de férias), Theago Aquino, Popó, Waltinho, Cléber Veloso (goleiro do time de Tião Boi, Tatu, Ronaldo Roxo, Ronaldo Alcântara, Helton Veloso, Escana u (outro craque de bola), Duílio (chegou a jogar no Flamengo), Zé Carlos cabeludo (mas é careca), de vez em quando Sr. Toninho Rebello, prefeito da cidade passava por lá. Era muita gente, impossível falar de todos, os mais novos ficava por ali espiando e escutando a conversa dos mais velhos, eram eles: Lai, João Bafó, Tióla, Henriquinho Chaves, Américo Souto, Vitor Preto (hoje mora em Portugal), Zé Bode, Geraldão, Mauricinho, Flávio Machado, Luiz Machado, Ariosto Machado, Flávio Fagundes (facão, não jogava futebol, mas era um estrategista de primeira, sabia armar seu time). Tião Boi era Flamenguista doente, se tivesse vivo ele não abriria a sapataria na quinta feira passada depois que o Galo meteu 4 no seu Flamengo. Outro lugar onde as pessoas encontravam era na Sapataria de Caju, lá o papo era diferente, era só pescaria, Caju conhecia o Rio Verde de ponta a ponta, desde de Juramento, passando por Canaci, até a Sexta Turma, ele (Caju) era fã incondicional do Rei Roberto Carl os e se orgulhava em falar que viajou de bicicleta até Brasilia DF para visitar sua mãe que morava lá. Vicente Acarajé era quem consertava as nossas bicicletas, também nos reuníamos lá, sua oficina era ao lado do Caldo de Cana do Sr. Carlos, na avenida Afonso Pena, o papo lá era pesado, só falava das mulheres, era lá que ficávamos sabendo das zonas boemias. Ainda na Avenida Afonso Pena, esquina com o Beco de Padre Marcos tinha a venda de Altamiro, na parte da frente da venda é que era vendido as coisas que podíamos comprar, nos fundos tinha o famoso reservado, onde quem só podia entrar era o Dr. Carlos Mota, Dr. Bento Campos, Dr. Abelardo Teixeira Nunes, Dr. Alciliano R. Cruz, Dr. Julio M. Franco, Dr. Clóvis Guimarães, Necésio Morais e Hélio Morais com um escrete desse o lugar tinha de ser reservado mesmo, não é? Mais adiante já na rua Dr. Veloso com Tiradentes tinha o boteco de Raimundo Nobre, sujeito esquisito era aquele, pois não é que na venda dele a geladeira funcionava a querosene, lá também tinha um junta, junta. Na Praça Cap. Enéas, esquina com a rua General carneiro tinha o bar de Zé Pancinha (onde hoje funciona a Rádio da Boa Vontade. Na rua João Pinheiro, quase esquina com a rua Januária era a oficina de consertos de geladeiras de Bispo e Gera Moleque, lá o sambão corria solto o dia inteiro, o Gera (que nunca foi moleque, mas sim um rapaz trabalhador) era um sambista de primeira linha, foi o fundador do Bloco Carnavalesco Biô e Salomé. Na rua Dr. Santos entre as ruas Dom João Antônio Pimenta e Barão do Rio Branco, bem em frente ao Hotel São José, tinha o Bar Patropi, lá só rolava MPB, aliás o nome Patropi vem daquela musica de Jorge Ben ´moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza´, os proprietariados desse bar eram baianos, gente boa, lá servia feijoada aos sábados, cerveja geladíssima e caipirinha, começava o movimento por volta das onze horas e só acabava a tardinha. Mais em baixo, ao lado da Barbearia de Big ode (onde a avó do Ucho morou, refiro me a Mestra Fininha), tinha o bar de Miltinho, especialista em peixe (que ele mesmo pescava no Rio Verde e nas Lagoas do Sabonete, da Pedra, São João...). Montes Claros era assim, cidade boa de viver, todo mundo conhecia todo mundo, quando chegava uma pessoa de fora Zé Amorim perguntava logo: Quem é aquele estrangeiro? Era uma gargalhada só e logo, logo o estrangeiro já estava entrosado, gostava tanto daqui que nunca mais voltava pra sua terra. Na Rua Simeão Ribeiro tinha o Café de Zim Bolão, mais em baixo o Café Galo, na esquina de baixo a Distribuidora Thais de Sr. Ducho, lugar frequentado pelos intelectuais da cidade, um pouco mais embaixo, quase chegando na praça da Matriz tinha a adega do Ville, só bebida fina, vinhos e uísque importados, em frente tinha o Bar de Waldo e ao lado a Barbearia de Abel barbeiro. O Bar Tip Top também era um lugar bom de frequentar. Tinha também o bar de Sr. Pedro em frente ao Cine Montes Claros, ali só v endia cerveja, cachaça e tira gosto de carne de sol, quando ele (Sr. Pedro) começava a fritar a carne, por volta das 17 horas, quem estivesse lá na praça Dr. Carlos começava a encostar, já era hora de encerrar o expediente, frequentavam ali comerciantes, empregados do comercio, bancários, motorista de táxi, todo mundo misturado, só os mais emproados é que passava de lado. Continua ai Ucho, tem muito o que falar e lembrar. Fale de Boyzinho do Banco Real, Paulo Lêle, Dácio Cabeludo, Sr. Ênio, Pedrinho da Antártica, Tiãozinho do banco, Marão, Ivan Negão, Dr. Sidnei Chaves, Dr. Henrique Chaves, João Souto, Dr. José Souto, Dr. José Estevão Barbosa, Dr. Dilson Godinho, Dr. Walmor e seu irmão Virgilio de Paula, Dr. Jason, Jorge Bodão, Conrrado (lá da malhada, que chegou a ser vereador), fale também de Tone Abreu (professor de história, com aqueles óculos escuro), não esqueça de falar do doce pé de moleque que Dona Maria Lopes (mãe de Moacir Lopes) fazia só para Zim bolão vender lá no Café Zim Bolão. Fale ai de Rui Pinto, de João doido, de galinheiro (assassinado covardemente), fale também de Elzino alfaiate, não esqueça daquele porteiro, do cine São Luiz, esqueci o nome dele, fale de joão rosquinha (barbeiro), fale de Deba seleiro, fale de Manoelito (jogou no Santos), fale de Manuelzinho buxeiro (jogou no Coríntias e no Flamengo, fale também de Patão Guedes e Si baixinho, fale do Irmão Ladislau e do irmão Jaime do colégio São José, não pode esquecer de Mario Tourinho (montou um bar ao lado da Farmácia Minas Brasil, ali na rua Padre Augusto) e Didu, não esqueça de Castilho(massagista do Cassimiro), não esqueça de Porfiro, de Mundim Atleta, Sinval Amorim e Santin Amorim.... Tem gente demais, o certo é que você está incumbido de resgatar essa nossa história ou memoria. IP:187.44.31.83

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