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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Adeus ´Zim Bolão´ Foi com muito pesar que soube hoje pela manhã do falecimento do querido “Zim”, carinhosamente chamado pelos seus amigos, assim como meu pai, Ruy Pinto. Sinto que cada um de seus amigos que parte, é um pouco dele que parte de novo, e faz doer tudo. Lembrei-me de uma conversa que tivemos numa noite debaixo de uma parreira, lá na casa de tia Elvira Silveira, no ano de sua morte, saboreando um delicioso peixe, meu pai começou, juntamente com Victor Fraga contarem estórias- que hoje entendo histórias- que vivenciaram lá no inesquecível café do Zim, sobretudo os bastidores da política local, ficamos eu e Graça ouvindo com os ouvidos”piscando” e “curiosos” de tão interessantes, ecléticos e inusitados que eram, conhecia ali, naquele momento, que o café do Zim, além de o maior e melhor lugar de se encontrar os amigos, pois, era uma confraria, de lá se tinha, em primeira mão, resultados de decisões políticas, e não é de se duvidar se muitas delas não foram tomadas ali, fruto do que se ouvia e se negociava pelas oportunidades dos encontros. Zim tão reservado, amigo conduzia o seu negócio que era o mais acadêmico do que a própria academia, conforme meu pai, lá se via , ouvia e se discutia de “um tudo”, do futebol á literatura, da política ao cinema e até das mazelas alheias. Terminada a noite descemos eu e meu pai a pé, e fui fazendo perguntas, já que estávamos a sós, e o percebi no máximo de sua emoção e me disse: quando o bar de Zinho fechou, eu chamei a banda do batalhão e fizemos uma homenagem, foi lindo e triste e toda vez que passo pelo quarteirão do povo, ah, isso ninguém me tira, ouço os amigos discursando, as conversas acaloradas, até os risos e o cheiro inesquecível do fígado delicioso que invadia o quarteirão todo, como sinto saudade, foi lá que me tornei o cidadão que sou...Espero eu que estejam todos contando e ouvindo as histórias acompanhados das estrelas! Adeus “Zim”, vá em paz. Embora, só o conhecesse fisicamente, o conhecia muito, desde criança quando ele abria a loja e ia tomar seu café encontrar os amigos, e falar do tanto que o admirava, assim como a sua família. Zim´ bolão

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