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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: AINDA ONTEM... Ah, a gente vivia feliz a nossa adolescência e juventude na década de sessenta! Montes Claros ainda era uma cidade pequena, em que conhecíamos todas as pessoas, e nós andávamos sempre a pé, com o bando de amigos, como bandos de pássaros alegres. Éramos jovens sadios, sem vícios, cheios de romantismo e sonhos. Formávamos os chamados “clubes -volantes”, como o Gardênia, o Night-Clube, o It-Clube e outros mais. Nossas festas, oportunidades de dançar agarradinhos com os noivos e namorados, aconteciam nas casas de Dr. Hermes de Paula, Dr.Bento Campos, Dr.Artur Fagundes, Dr. Raul Peres, Levi Peres e algumas outras, as melhores casas de Montes Claros, naquele tempo. Tudo ocorria na melhor ordem e alegria. Vestíamos com elegância, sapatos altos de saltos finos e a indefectível meia de seda com costura na parte de trás, que deveria estar sempre em perfeito alinhamento. Os rapazes sempre de terno azul marinho. Uma noite, a festa transcorria linda e romântica na casa de Dr. Raul Peres, com suas belas filhas provocando olhares de admiração por todo canto. Eu e outras amigas, inclusive Regina Peres, estávamos na cozinha arrumando as bandejas com os salgados e as bebidas. Naquela época, as bebidas mais fortes eram o Cuba-libre (coca-cola com bacardi), Hi-Fi ( crush com bacardi) e os Ponches (mistura de vinhos com guaraná e pedaços de maçã). Eu não parava de soluçar. Já tinha feito tudo que as meninas sugeriam: prendi a respiração, bebi sete goles d’água, etc, quando, de repente, Yvone Barbosa, uma das moças mais badaladas daquele tempo, chega a mim e diz: - Você já viu seu noivo dançando com outra? Corri para a sala e meu noivo estava quieto, num canto, esperando por mim. Quando voltei, Ivone perguntou: - E aí? Eu respondi: - Aí nada. Ele está esperando-me e não dançando com outra. Por que você inventou isso? Ela observou: - Parou de soluçar? Pude, então, compreender tudo: o susto havia me curado do soluço. Bem, nas casas dançávamos ao som dos long-playings nas radiolas ou eletrolas. No Automóvel Clube e no Clube Montes Claros, podíamos dançar ao som da famosa banda Lès Chéries, em que Lúcio Alves, com sua bela voz, nos embalava com os boleros, samba-canções, rocks leves, como os de Elvis Presley, dos Beatles, e as canções do Roberto Carlos e da Jovem Guarda. Ah, foi ainda ontem... E muitos de nossa turma já se foram, inclusive aquele meu noivo. Como dizia a canção do Roberto: “Velhos tempos, belos dias... O que foi felicidade agora me mata de saudade... Velhos tempos, belos dias...”. Maria Luiza Silveira Teles

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