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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Grão Mogol consternada por Haroldo Lívio *Jéferson Augusto de Figueiredo Consternação. Como prefeito Municipal de Grão Mogol resumo numa só palavra o que nós amigos grãomogolenses de Haroldo Lívio de Oliveira sentimos com o seu passamento. Esse sentimento pairou no ar da urbe, eternizada por ele numa expressão simbolicamente cunhada em pedras: “Grão Mogol, Cidade Presépio”. Haroldo Lívio era Cidadão Honorário de Grão Mogol. Um grande amigo apaixonado por esta cidade que desperta paixão principalmente em quem enxerga a beleza por meio da alma. Aqueles que são poetas/escritores, cronistas, historiadores de nascença como Haroldo Lívio, um dos grandes divulgadores de Grão Mogol e de suas belezas naturais. De tão apaixonado ele ficou que, de fato e de direito se casou, um dia, com Grão Mogol, quando comprou uma casa na Rua Luís Gonçalves, 74, na sequência da Rua Cristiano Relo (Rua Direita, nome antigo), no Centro Histórico em vias de tombamento pelo IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Uma casa aconchegante. Não é uma casa comum, porque cheia de histórias, a casa que Haroldo Lívio comprou. “É obra granítica, com paredes de meia braça, a sustentar janelas coloniais, portas imensas, de duas bandas, com pesadíssimas traves e ferrolhos, frutos, não só da segurança mineira como da senhorial competência de suados ferreiros de antanho”, descreve o também poeta e escritor Wanderlino Arruda. Havia sete meses que Haroldo Lívio não vinha a Grão Mogol, apesar da casa montada e bem aparelhada que sempre emprestava aos amigos de Montes Claros num gesto solidário, uma das muitas qualidades do amigo que foi enriquecer com a sua intelectualidade e o bom coração as hostes celestiais. Somente agora, após a sua partida é que interpretamos o retorno de Haroldo Lívio a Grão Mogol, há questão de um mês, como uma maneira de inconscientemente se despedir da terra que ele amou, assim como amou Brasília de Minas, onde nasceu; Porteirinha, onde possuía cartório; e Montes Claros, onde viveu e se projetou como intelectual. A turma do Café Galo, de Montes Claros ficou empobrecida, mas ao mesmo tempo se enriquecerá daqui por diante quando as pessoas recontarem os muitos contos da privilegiada cabeça de Haroldo Lívio. Na ocasião em que retornou a esta terra abençoada, ele veio passar alguns poucos dias a fim de se preparar para uma cirurgia na bexiga. Bem sucedida. Mas amigos dele confidenciaram que Haroldo sentira muito a morte do irmão, Fernando Lívio de Oliveira, há cerca de dez meses. Os pretextos podem ser vários para justificar a partida definitiva de alguém quando é chegada a hora. Esse grande amigo, que tanto dignificou Grão Mogol esteve na cidade por ocasião da inauguração do Presépio Natural Mãos de Deus, em dezembro de 2011, obra edificada pelo empresário Lúcio Bemquerer. Antes ainda, Haroldo esteve no presépio em novembro, no dia da chegada da escultura do Menino Jesus. Na condição de prefeito municipal de Grão Mogol e em nome dos grãomogolenses que conheceram e conviveram com Haroldo Lívio, transmito à família enlutada, a viúva Maria do Carmo Santos Oliveira e as filhas Fabíola Belkiss, Luciana e Clarissa Mônica Santos de Oliveira os nossos mais sinceros sentimentos. O nome deste estimado amigo será lembrado sempre por nós tendo por base nossa gratidão. *Prefeito Municipal de Grão Mogol

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