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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Cidade administrativa de Montes Claros terá nome de José Alencar - Luiz Ribeiro - A Prefeitura de Montes Claros vai instalar uma nova sede administrativa, que receberá o nome do ex-vice-presidente da República José Alencar Gomes da Silva, falecido em março de 2011. A administração municipal será transferida para o prédio onde funcionou a primeira fábrica do Grupo Coteminas, fundado por Alencar na cidade do Norte de Minas, que se tornou o maior conglomerado têxtil do país. A mudança vai acarretar um custo total de R$ 78 milhões para os cofres do município, conforme projeto do Executivo enviado à Câmara Municipal – R$ 48 milhões, divididos em 36 parcelas, pelo imóvel; R$ 20 milhões para a reforma do prédio; e R$ 10 milhões na compra de equipamentos. O prefeito Ruy Muniz (PRB) explica, no entanto, que não terá que gastar todo esse montante para instalar a nova cidade administrativa. O argumento é que, na negociação com a Coteminas – tratada diretamente com o presidente do grupo, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, nos R$ 48 milhões pagos pela antiga fábrica de tecidos (100 mil metros quadrados), está incluído ainda um terreno de 62 mil metros quadrados, ao lado da antiga indústria, situada na Avenida Governador Magalhães Pinto, perto do aeroporto local. O prefeito informou que, por meio de licitação, a área será vendida para cartórios, bancos, despachantes, lanchonetes, restaurantes e outros comerciantes e investidores. Segundo ele, com a valorização dos imóveis na região, por causa da instalação da futura sede administrativa, a expectativa da prefeitura é faturar pelo menos R$ 50 milhões com a venda do terreno. “Assim, a compra do prédio da Coteminas vai sair de graça e com sobra”, sustenta o chefe do Executivo. Conforme o projeto encaminhado à Câmara Municipal, pedindo autorização dos vereadores para a efetivação do negócio, os R$ 48 milhões serão pagos à Coteminas em 36 parcelas, sendo as primeiras 12 prestações de R$ 1 milhão; e as outras 24 de R$ 1,5 milhão cada, com correção pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). O prefeito Ruy Muniz informou que a meta da administração municipal é iniciar a instalação da sede administrativa assim que a autorização seja aprovada pelos vereadores. A meta é que as obras sejam iniciadas em março, devendo ser concluídas dentro de seis meses. Dentro desse cronograma, a prefeitura deverá ser transferida para novo endereço em setembro. Muniz anunciou ainda que a prefeitura vai buscar um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear as despesas R$ 30 milhões para as obras de reforma e compra de móveis e equipamentos para as repartições. Ele disse que vai buscar recursos de uma linha especial de crédito, do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos ((Pmat), lançado pelo BNDES. O prefeito argumenta que Montes Claros tem uma capacidade de endividamento de R$ 600 milhões e que, dessa forma, o empréstimo não vai comprometer as finanças municipais. Ainda na justificativa da necessidade da nova sede administrativa, o prefeito sustenta que a administração municipal ganhará eficiência com as diversas secretarias em um único local, com uma economia mensal de aproximadamente R$ 200 mil, montante gasto hoje com o pagamento de aluguel para abrigar órgãos municipais. Muniz anunciou ainda que o atual prédio da prefeitura será aproveitado para a implantação do Centro de Especialidades Médicas na Região Central da cidade. O vereador Eduardo Madureira (PT), que integra a bancada da oposição na Câmara Municipal, disse que terá de analisar o projeto da instalação da cidade administrativa. Por outro lado, ele salienta que, antes de ser implantada, a proposta deve ser mais discutida com a comunidade. “O projeto tem que ser debatido com os representantes da sociedade, para saber se a cidade administrativa é realmente uma prioridade neste momento, verificar se é viável e vai trazer bons frutos para a cidade. Precisamos ter mais clareza sobre a questão”, afirmou o vereador petista.

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