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Mensagem: FESTA NO CÈU Raquel Chaves A lua cheia dá prenuncio de festa no céu. Um novo sarau vai começar Dr. Hermes de Paula convoca os seresteiros de plantão e ordena: a noite hoje é de gala e os recém- chegados são os convidados de honra. Os convidados chegam, trazendo um sorriso iluminado pelo reflexo da imensa lua cheia. No gramado, com suave cheiro de jasmim e rosas de todas as cores e perfumes, foi montado um palco, e quem abre o Sarau é João Valle Mauricio, declamando “Palmeira Antiga“, de autoria de João Chaves. O poema foi escolhido em memória da parte velha da amada Montes Claros. O autor se emociona ao se lembrar da palmeira tombada na Praça da Matriz. Eduardo Lima Goiabão, experiente locutor, com um vozeirão de dar inveja, deseja boas vindas e anuncia as agradáveis presenças de Pedrinho Gonçalves, o boa-praça da Antártica, e Elthomar Santoro Junior, que partiu sem revelar o nome da verdadeira “Rapariga do Bonfim“, cantada em verso e prosa em “Disparate”, música de sua autoria. Onofre Burarama é recebido ao som de “Índia”, e deixa as lágrimas caírem ao se lembrar da esposa Luzia e dos pastos da sua Fazenda Itapuã. Seu Mariano, proprietário da Auto Escola São Cristóvão, a primeira de Montes Claros, saúda Teresinha Souto, a quem ensinou dirigir. Carlos Pereira, o Carlim da “garganta de ouro”, do palco embala a noite com músicas de seresta. Luís Carlos Novaes, o admirado Peré, trás no alforje, companheiro de todos os dias, suas crônicas e o livro “Sapo na muda”, para ofertar aos amigos. Doutor Jason Teixeira, craque em diagnósticos, depois de longa conversa com os amigos médicos, brinca com formosa moçoila: - Você já foi na morada minha! Com conotação de que a moça havia sido sua namorada, os presentes dão imensas gargalhadas. Zita Sapucaí em companhia de Nice David, com alegria contagiante, pede passagem; ”Ô abre alas que eu quero passar” e convida Zacalex, o grego barulhento para acompanhá-la na dança ao som de “Bandeira branca”. Zim Bolão. com peculiar simpatia, desfila entre os convidados, de braço dado com a amada Duca, e distribui os famosos pastéis que vendia em seu bar. Rayo e Andrey Cristoff trocam geniais informações com o pai Konstantim. Entre uma prosa e outra, Rayo se lembra de Gervásio, seu escorpião de estimação. Analice solta a famosa e estridente risada ao ver a irmã Mônica e o pai Toninho Pinguim. Haroldo Lívio, o intelectual e grande memorialista, discute os mais variados temas e queixa se da saudade dos amigos do Quarteirão do Povo, onde vivenciou raros momentos. Ruth Tupinambá, ao lado do marido Armênio Graça, de fantástica memória, narra fatos dos áureos tempos da querida Montes Claros, e avisa que continua a escrever suas magnificas crônicas. Em homenagem à grande quantidade de casais, Elthomar canta: Os namorados serão velhinhos, velhinhos e enamorados... João Bosco Martins, de saudosa memória, lembra-se da antiga Fábrica de Cimento, onde foi grande administrador. Marilia Pimenta Peres, de vestido vermelho, beleza estonteante e imensa luminosidade nos olhos claros, passeia entre os convidados, como se flutuasse . Abraça as Amigas da Cultura, da qual era presidente. Vilma Pereira Borges, vinda do jogo de vôlei com Zélia Silqueira Souto, corre para os braços do irmão Pedrinho. José Mendonça Junior, o inteligente e vivo poeta “Peninha”, reporta os últimos acontecimentos da cidade. Não se contém ao encontrar a prima Aline Mendonça, de quem é fã incondicional. Mary Maldonado, exuberante e vestida com farda do Banzé, solta a maviosa voz: ´Montes Claros, Montes Claros terra de grande beleza... ´ Relembra os tantos capacetes de Catopê feitos por suas mágicas mãos. Celuta, da Casa das Rendas, com 96 anos, confirma a lucidez ao citar nomes das freguesas Rosalva Souto, Madelene Rebelo, Inês Miranda, Nazareth Prates, Cleonice Launghton, Maria Clara Leal, Mary Pimenta, Terezinha Pires, Umbelina e Haidê Caldeira, Beatriz Avelar, irmãs do Colégio Imaculada Conceição e da Santa Casa... Dilma Dias Mourão se junta aos seresteiros e exalta a lua branca, ´ de fulgor e de encantos´. João Doido não se cansa de repetir: ´Terezinha é minha!´ A noite vai alta, regada a muita seresta, boa prosa, poesia e mimos. Sinhô Catopê, Joaquim Poló, Nenzinho Marujo e Miguel Marujo se despedem da Colônia Montesclarense cantando: ´Adeus, até para o ano...´
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