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Mensagem: Sexta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão, típica em M. Claros, com chuviscos pela serraria norte e incomum vento oeste. Os céus colaboraram. Ontem à noite, pingou na cidade, chuva que foi forte e duradoura na região do Pentáurea. Hoje o céu veio nublado e há expectativa de alguns mais pingos de chuva, como é da tradição local na Sexta-feira da Paixão. Pela meteorologia, pobre dela, há estimativa de 2 míseros milímetros hoje, e mais alguns mais na semana que vem. Mas o fato é que o Dia Mais Solene do Calendário Cristão entre nós está compenetrado, severo, a rigor - no que depende do Tempo, relaxado no que deriva dos homens, pobres deles. Não importa que tenham profanado, severamente, a Paixão lá no renascido e mimado e revigorado triângulo da impunidade, com o som de um barzinho arranchado no passeio, invadindo a data e a vida. E, agora, na companhia de uma boate mambembe, tosca, totalmente improvisada, sem proteção acústica e convocando uma tragédia, já de antes anunciada. Passei por lá, e vi. Todos vêem as seguidas transgressões, ...menos os que deveriam atuar no cumprimento da lei. Mais: das leis! Até os carros de polícia, antes tão frequentes por um tempo, sumiram, tomaram outras direções. Mistério que a noite da Paixão não desvenda, atingida e desventrada também ela. Que Deus tenha dó de nós.
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