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Mensagem: (...) Um dia, minha filha pediu-me para contar a história do bisavô, o português Jayme Rebello. Posterguei esse enredo por alguns anos, na recolha silenciosa de sinais que preenchessem os vazios da memória e dessem vida e significado aos fatos. Era preciso empreender eu mesma a minha própria travessia, cuja ponte seria tecida de palavras, com as quais eu pretendia reconquistar o tempo e encetar a minha incursão ao passado. Lembrei-me dos artifícios comuns às estórias de fada, que permitiam dar vida às pedras, desencantando-as, insuflando nelas a maciez da língua. Foram esses os instrumentos primeiros do meu trabalho: a ponte de pedra que nos ligava a uma ancestralidade lusa, unindo continentes e histórias e a língua herdada de Camões, que aprendi a amar. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)
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