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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O CENTENÁRIO DE ADAIL SARMENTO O passado se renova em cores ao lembrarmo-nos de parentes e amigos que nele viveram e destacaram-se pela atuação na comunidade, servindo-a com o trabalho ou com a arte. Hoje, 3 de agosto, vem renovado o passo em acordes musicais da clarineta de Adail Sarmento, que estaria completando o centenário de nascimento. Na Banda de música Euterpe Montes-clarense, regida por Augusto Teixeira de Carvalho, a clarineta de Adail Sarmento tinha papel de importância, pois ele e Augustão, o regente, nasceram com a música no sangue, descendentes que eram de D. Eva Teixeira de Carvalho, a fundadora da Banda em 1856, que, seguindo pelos parentes, a tradição durou cem anos. Outros acordes ressoam também, nas lembranças, quando Adail tocava na Orquestra Carlos Gomes, ou no conjunto de Dulce Sarmento ao lado de Tonico Sarmento. Artur dos Anjos e Sebastião Mendes. O Ducho do bandolim. Além de executarem músicas religiosas, na Matriz, e profanas em festas de aniversários e casamentos, faziam um excelente programa acompanhando os filmes de cinema mudo. Adail Sarmento era filho de Maria Augusta Teixeira, descendente de D. Eva, e de Joaquim Sarmento Sobrinho, mas perdendo a mãe com um ano foi criado por D. Bilu. A família Sarmento era também de músicos e nós, mais velhos, não esquecemos dos saraus no chalé de Joaquim Sarmento e D.Afra, onde o piano não descansava sob os dedos de Dulce,famosa pianista na época, de Maria Afra,Zinha e Mariquinha. E lá compareciam Adail, Ducho, Tutu, que era Artur,sobrinho de D. Afra e Tonico de Naná. A música, porém, não dá muita oportunidade para ganhar dinheiro, assim, ela se tornou apenas o prazer de Adail que, para sustentar a família constituída com Maria Guimarães e acrescida dos filhos: Cleonice, que mais tarde se formou em freira com o nome de irmã Leila; Clarice; musicista; Geraldo Eduardo, economista e fazendeiro; e José Edmundo, engenheiro, o qual abriu um bar, chamado Bar e Café Sarmento, na Doutor Santos, onde vendia também loterias. Lá se reuniam amigos, que procuravam a convivência com o proprietário, muito amável, honesto e sério nos negócios. No lar ou em casa, Adail estava sempre lendo livros, jornais ou revistas e, como a música foi sempre a sua principal fonte de deleite, ouvia os grandes compositores, dando preferência a Beethoven e Wagner.

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