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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Perguntas sem respostas Manoel Hygino O que pretendem determinadas personagens que têm os destinos de um país em suas mãos? Afinal, o poder é essencial à tranquilidade de um povo, para assegurar a cada cidadão seus direitos mínimos. Medito sobre o que iria pela cabeça do presidente da Coreia do Norte, ao lançar todo o planeta em ansiosa expectativa. A Coreia do Norte, parte da antiga nação dividida após a II Guerra Mundial, é um dos regimes mais fechados do planeta, todo mundo sabe. Permanece tecnicamente em guerra com a vizinha do Sul desde 1950. O desenvolvimento de seu programa nuclear provoca tensão incessante, não apenas para as duas nações, mas para toda a região. Localizada em área montanhosa, grande parte de seu território não é habitável. Seguidas safras, pequenas e de má qualidade, tornam crônica a escassez de alimentos. Originalmente, apoiada pela União Soviética, com o fim do apoio do grande império, a sua economia, alicerçada na indústria pesada e na mecanização da agricultura, parou de crescer. Não há algo que parece com a atual Venezuela? No entanto, a Coreia não cessa de preparar-se para um grande conflito. Mísseis cortam ares e mares. Lançamento de mísseis antinavio, na primeira semana de junho, mostrou que o presidente Kim Jon-un não está disposto a dar atenção à advertência do Conselho de Segurança da ONU, que aprovou novas sanções contra a atitude extremada de Pyongyang. O ditador fez mais do que ouvido de mercador: respondeu que continuaria o programa nuclear e de armas. O lançamento de mísseis no princípio do mês, a partir da cidade coreana de Wonsan, foi o décimo do tipo realizado pelo regime em 2017. Trata-se de testes visando um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos. O que ganha o mundo com a postura norte-coreana? No torvelinho em que já se debatem as nações deste princípio de século, nada de bom se aguardará. O que pode esperar a comunidade internacional com essa insistente ideia de submissão – ou de destruição – da maior e mais poderosa nação do Ocidente pelos coreanos do Norte? Pelos desfiles assistidos pela televisão, tem-se ideia de quanto a Coreia do Norte investe com seu belicismo. E o povo? E a alimentação? Como vive o povo norte-coreano? Quais as suas perspectivas? É isso exatamente o que quer? Estamos em momento dificílimo, naquele remoto pedaço da Ásia, mas as vítimas poderemos ser todos nós. Não basta o Estado Islâmico, que segue agitando cruelmente o Oriente Médio e, por atentados, qualquer país de outro continente. Muito perigoso tomar decisões no emaranhado de perversos interesses do EI, agora interferindo em países antes inatacados no contexto árabe. O que tem o mundo ocidental a ver com a histórica disputa entre sunitas e xiitas e de outros grupos religiosos da região? Pela primeira vez, o Estado Islâmico, de inspiração sunita, reivindica um ataque no Irã, que é de maioria xiita. Estamos caminhando para onde e para o quê?

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