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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Acompanho neste montesclaros.com o santo interesse em torno de um dos casarões mais significativos da história de M. Claros. Um dos poucos que ainda resiste, de pé. Pois bem. O casarão do coronel Celestino Soares da Cruz - (e hoje, lamentavelmente, se confunde ´coronel´ com figura de algum malfeitor, o que absolutamente não é) -, este casarão e o patriarca que o levantou tem mesmo muitos méritos. Telé, um dos nossos maiores seresteiros, de todos os tempos, intérprete da melodia O Bardo, chamava-se Celestino Soares da Cruz, pois seu descendente. Outro detalhe: neste casarão, salvo engano muito grande, morou outro grande patriarca de M. Claros, e não ´coronel´ no sentido triste e pejorativo com que hoje alguns querem generalizar a memória de homens honrados do passado. Morou ali Daniel Costa, o homem que de bom coração entregou sua imensa fortuna para a Santa Casa de M. Claros. Todos aqueles imóveis ao lado do antigo mercado eram do casal que, sem filhos, doou tudo para a Santa Casa, garantindo a sua sobrevivência por décadas, e até o impulso de hoje. Daniel Costa pretendia doar tudo para o nascente movimento espírita local, mas um seu compadre e maior amigo o aconselhou a doar para a Santa Casa, o que foi feito. M. Claros precisa escavar mais a sua história, e preservar estes esteios que ligam o passado ao presente, não permitindo que nomes absolutamente dignos sejam arrastados pela grosseira generalização que se tornou moda em dias de grande ignorância, não no sentido de ofender, mas no entendimento de ignorar. Ignoramos muito, muito, e isto faz com que muitos dos nossos melhores propósitos sejam truncados. Mas, a luz prevalecerá. Sempre vence. Como nesta recordação, que é re-acordar. São os penosos recomeços, os tropeções - do Karma sânscrito para o Dharma sânscrito.

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