Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: O plano de Maduro Manoel Hygino Diante da penúria transformada em tragédia na Venezuela, o presidente bonzinho dos Estados Unidos convocou todos os países reunidos na ONU, na última semana de setembro, a reivindicarem a “reestruturação da democracia” no país sul-americano. Enquanto Trump discursava na sede da organização, o Departamento do Tesouro de Tio Sam anunciava novas sanções contra pessoas próximas ao presidente Nicolás Maduro. A história da Venezuela é triste em termos de democracia. Ostenta o título de única nação do hemisfério a passar um século inteiro em regime de exceção, e sabemos o que significa. Não se trata de fatos de séculos passados. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, deu continuidade à aplicação de métodos ditatoriais: fechou emissoras de rádio e televisão, concentrou verbas publicitárias nos veículos que o apoiavam. Insistiu em “demonstrar progressivamente o conceito de propriedade particular e garantir a socialização dos meios de produção”. Estatizou o setor elétrico, de telecomunicações, a indústria do cimento e prestadores de serviços no setor petrolífero. Assumiu o controle das siderúrgicas, da petroquímica e, até, da área alimentícia. Começou um dos períodos mais difíceis da história do seu povo. Recomendou que o cidadão usasse lanterna para ir ao banheiro à noite, para evitar acender lâmpadas e consumir energia. Depois, com seu sucessor, a situação se tornou pior, sem que se reclamasse. Em compensação, mandou exumar os restos mortais de Bolívar, para provar que ele fora envenenado, e não vítima de tuberculose, como oficialmente registrado. Com câncer, Chávez foi direto para Cuba tratar-se, acontecendo o que se sabe. Assumiu a presidência Nicolás Maduro, que parece destinado a permitir o preconizado por Simón Bolívar, o Libertador: “Este país cairá, inefavelmente, nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar ao controle de tiranetes de todas as raças”. Maduro se sentiu predestinado a governar sua pátria, inclusive porque recebia – não sei se ainda recebe – orientações preciosas de Chávez através de um passarinho palrador. Ex-motorista de coletivos em Caracas, o novo presidente parece interessado em cumprir o vaticínio de Bolívar. Teve o desplante de, na recente Assembleia da ONU, assegurar que sua participação “foi uma vitória total”. Esqueceu-se de que a rica Venezuela tem mais de dois milhões de cidadãos, fugindo de perseguições, do pauperismo generalizado, da fome. Em sua conta no Twitter, Maduro declarou, enfaticamente: “A verdade da Venezuela foi ouvida. Vitória na ONU, Vitória total”. O presidente chileno, Sebastián Piñera, não coaduna da opinião: “A Venezuela é um país que está vivendo uma tremenda crise política, econômica, social e humanitária”. O Chile está disposto a “ajudar o povo venezuelano a recuperar a sua liberdade, a sua democracia, o respeito aos direitos humanos e a tirar a Venezuela dessa crise humanitária”. Não disse quando, nem como. A resposta está com Maduro: este anunciou que vai solicitar meio bilhão de dólares às Nações Unidas para trazer de volta os venezuelanos que deixaram o país. Com o dinheiro, fretará frotas de aviões. A solução foi proposta em discurso no Palácio Miraflores, ao lançar o programa “Volta para a Pátria”. Nas atuais circunstâncias, ninguém voltará.

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima