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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Meditações no Carnaval Manoel Hygino Jornais de Belo Horizonte, em seu espaço destinado à programação de televisão, advertiam, no dia 2, que o canal History exibiria o filme “O Último Papa”. Ele se refere a uma investigação sobre profecia de 900 anos atrás, feita por São Malaquias e formada por 112 pequenas frases em latim, segundo as quais o número de pontífices seria exatamente 112 antes da destruição de Roma, do fim da Igreja Católica e do mundo. Segundo o cálculo, o papa Francisco corresponde a 112, o último portanto. É tema, pois, que mexe com todo o mundo, nem se precisa dizer por quê. Como não vi o filme, restringi-me a examinar o assunto, enquanto o Brasil derramava alegria, e excessos certamente, com o Carnaval, que só não viu quem não quis. O primeiro Malaquias foi um dos profetas menores e viveu no templo de Nehemias, após o exílio da Babilônia. O seu livro, cuja autenticidade não é contestada, divide-se em duas partes: a primeira contém censuras ao povo, especificamente aos sacerdotes; a segunda anuncia a renovação que virá na era messiânica, com o castigo dos maus e o prêmio aos fiéis à Lei. Esclareça-se: Malaquias significa “o mau mensageiro”. O segundo Malaquias, que foi canonizado, nasceu em Armagh, na Irlanda, em 1095, e se tornou sucessivamente abade de Benchor, bispo de Canor e arcebispo da Armash. Morreu em 1148, em Claraval, onde se deteve para encontrar-se com São Bernardo, que vinha de Roma. É uma história complicada, principalmente porque lhe atribuem a “Profecia dos Papas”, que deve ser datada de 1585/1590. O autor, seja quem for, relacionou os pontífices que governaram a Igreja desde Celestino II, com um breve comentário sobre suas divisas, que visaria a candidatura de determinado cardeal ao trono pontífice. De todo modo, afirma-se não ser obra de São Malaquias, mas de um falsário do século XVI. Sempre que um novo papa era escolhido, reapareciam estas profecias. Segundo elas, “o sucessor de João Paulo II seria o penúltimo pontífice antes da chegada de Pedro, o Romano, e o fim do mundo. O lema do próximo papa seria “Gloria Olivae” (A Glória da Oliveira), e apontaria na direção de que o novo chefe da Igreja “governará em tempo de paz ou será de estirpe mediterrânea”. O lema atribuído ao falecido João Paulo II era “Da Laboris Solis” (Do trabalho ao sol) e foi interpretado como o papa vem do Leste (onde nasce o sol), capaz de um grande e prolongado trabalho. Depois, seria eleito o último pontífice: Petrus Romanus, “que alimentará seu rebanho em meio a muitas tribulações. Depois disto, a cidade das Sete Colinas será destruída e o temido juiz julgará seu povo”. O sucessor de João Paulo II seria assassinado e sua morte aconteceria em uma invasão muçulmana do Ocidente, rachando a Igreja Católica. No entanto, esta é uma previsão de Nostradamus, segundo Gonzalo Echeverria, estudioso dos escritos do profeta francês do século XVI. É outra coisa, pois que fica para meditação pós-Carnaval.

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