Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: O VAR Isaias Caldeira O futebol brasileiro nasceu nas ruas e becos, cresceu em lotes vagos, que se tornaram campos de memoráveis peladas. Sempre foi marginal, porque os pais não queriam os filhos jogando bola. Coisa de vagabundo. Deste modo, sem as amarras oficiais, sem submeter -se aos regramentos que enclausuram os homens, em todas as atividades, incontáveis Basquiat , Warhol ou Van Gogh –artistas marginais - deram matizes e nuances únicas ao futebol brasileiro, nas penas tortas de Garrincha, na inteligência de Tostão, na precisão de Gerson . Pelé foi a soma deles e ocupamos, por décadas, o palco da bola, inquilinos dos sonhos de torcedores espalhados pelo mundo. Paramos guerra na África. Nos tornamos Mexicanos, por um torneio. O mundo, uma bola, tinha a cor verde-amarela. Então, vieram os que têm e querem o mundo arrumado e dividido uniformemente, construindo fronteiras entre os povos, com suas normas e regras, sempre bem intencionados, enquanto trilham o caminho do inferno. A tecnologia tornou-se a dona do espetáculo. Pelé nunca mais vai enfiar o seu braço no braço do zagueiro adversário e, malandramente, cavar um pênalti. Maradona nunca mais vai usar a mão para um gol antológico e decidir um título. Acabaram com a malandragem, o sal do futebol, e o esporte Bretão tornou-se um amontoado de regras submissas à tecnologia, sem espaços ao imaginário, ao desejo, agora servido frio na mesa de um operador extra campo, que para o jogo e muda o lance, driblando o sonho e trazendo ao jogo a burocracia dominante em todos os estamentos da vida social. Empacotaram o futebol, servido agora sem o tempero da jogada duvidosa, peça da engrenagem futebolística, e o grito de gol ficou postergado para os minutos depois do lance, e só o eco do que foi será ouvido, frio como carvão, sem o sopro da alegria do momento único - o gol, desiderato deste esporte. As câmaras mataram a emoção, deixaram em suspenso a arte, sempre fruto do imponderável quando genuína, e os tecnocratas nunca mais vão permitir que uma flor brote de um descuido do árbitro, fazendo-se de tese para anos de discussões apaixonadas entre os amantes do futebol. Esses mesmos que querem plastificar o amor em conceitos politicamente corretos, sem espaços para lágrimas e desavenças entre os casais, onde a intolerância ao erro mínimo leva à rupturas e o ego dita as regras, agora se voltam para os esportes, em todas as modalidades. Nunca vão entender o que é paixão. Esquecem que tudo é ilusão e nos querem enjaulados na realidade, sem espaço para sonho. Para esta tecnologia que enquadra o jogo e paralisa a emoção, fica a minha mensagem, pedindo desculpas pela linguagem: VAR para a PQP!!

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima