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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O dignitário que parte Manoel Hygino Na proximidade da data dedicada a São Miguel, brasileiros do Sudeste, principalmente no interior, esperavam que as chuvas marcassem efetiva presença. Aconteceu, porém, em pequena proporção – menos que o solo queria e os reservatórios das hidrelétricas exigiam. O tempo não parou. Após setembro, chegou o dia de São Francisco de Assis, 4 de outubro. O jornalista Paulo Narciso resgatou a mensagem de Dom João Resende Costa, arcebispo de Belo Horizonte, ao ensejo da data e do santo. Dom João, com quem mantive sucessivos contatos, escreveu no já remoto 2/10/1992, sob título de “Francisco, pobre e humilde”. “São Francisco esteve de certo modo no batismo cristão do Brasil, pois foi um franciscano, Frei Henrique de Coimbra, que, na praia de Porto Seguro, celebrou a primeira missa em chão brasileiro. Dois franciscanos, Santo Antônio e São Benedito, estão entre os santos mais queridos da devoção brasileira. E franciscanos estão aqui presentes em todas as áreas de trabalho da igreja, ensinando, pregando, santificando, distribuindo ‘paz e bem’. Ele é o santo que mais se assemelhou a Cristo. Não lhe faltou sequer o sinal misterioso das chagas do Crucificado, marcando-lhe o corpo, num trasbordamento do imenso amor que lhe queimava a alma. Francisco marcou a igreja com sua santidade. Nele brilhou a virtude da pobreza e da humildade como em nenhum outro. Ele é um monumento vivo das bem-aventuranças do Evangelho. Mostrou como as riquezas de nada valem e só um coração livre, que a elas não se escraviza, se pode encontrar a felicidade. Ele é como um irmão de todos. O irmão universal. E irmão também de todas as criaturas: do sol, da lua, das estrelas, da água, da terra, do vento, das nuvens, do fogo. O ‘Cântico do Sol’, que ele compôs, está entre as coisas mais belas que se produziu em toda a poesia do mundo. Até a morte ele chamou de irmã! Sentia-se em paz com todos e com tudo. O homem de um mundo em harmonia. Teve razão o Papa João Paulo II em proclamá-lo Padroeiro da ecologia. Francisco nos ensinou a sentir mais de perto a força do amor, a única capaz de converter o mundo. Há demasiados conflitos. Há antagonismos demais. Francisco nos ensinou como superá-los: pelo Amor!”. Em 8 de outubro, correu a cidade a notícia do falecimento de Dom Serafim Fernandes de Araújo, cardeal arcebispo de Belo Horizonte e, sucessor de D. João, continuador de sua obra, autor e responsável por inúmeras outras no campo da assistência à comunidade. Igualmente foi fundamental sua atuação na gestão da Universidade Católica de Minas Gerais, que ganhou novos espaços no ensino universitário Brasil afora, utilizando as novas ferramentas de tecnologia. Incentivador do esporte e das boas causas, durante a exposição de seu corpo na catedral da Boa Viagem, celebraram-se missas ao longo de três dias, quando muitos milhares de pessoas renderam as últimas homenagens ao ilustre dignitário, homem simples do interior mineiro que tanto honrou nossas melhores tradições. (N. da Redação - A mensagem citada pelo escritor Manoel Hygino foi publicada neste montesclaros-com na sexta-feira 4/10/2019, às 17:21:38, e é de autoria do engenheiro Afonso Claudio)

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