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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A volta da cobra Manoel Hygino : Não causaram pasmo, assustaram ou surpreenderam a postura assumida e os insultos, em vocabulário de cais de porto, utilizados por aqueles que saíram da prisão por decisão do Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira, 7 de novembro. Há gente acostumada ao verbo das ruas, que não mede o poder de ofensa ao adversário; ou pior, aos que formam a plateia, obrigada a ouvir as diatribes por circunstâncias diversas. O Brasil não está melhor ou pior do que antes. As várias tentativas que se fazem em busca do tempo perdido e dos recursos públicos desviados criminosamente demonstram à suficiência que houve algum sucesso, mas o que se conseguiu ainda é apenas um começo. O ex-presidente, libertado após 580 dias, em seu estilo muito pessoal, sem travas na língua, endurece a crítica ao governo empossado há menos de um ano, à Operação Lava-Jato e ataca da Polícia Federal e Ministério Público a membros da magistratura. Entre os adjetivos utilizados para classificar os antagonistas nesta hora tão triste da história nacional está canalha, sinônimo nada menos de vil, baixo, grosseiro, ordinário, próprio de gente reles, desavergonhado. Como substantivo, porção de gente ordinária, sem educação, íntima, plebe, ralé, populaça. É com ponderável parcela desse tipo de gente que temos vivido e a quem damos ou demos a gestão dos mais altos negócios nacionais. Eles próprios o dizem e se acusam. Os que se julgam isentos acham melhor silenciar, para não provocar maior dano diante da consciência popular. Do atual chefe da nação, disse o ex-presidente e ex-presidiário: “Bolsonaro foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”. “Esse país não merece um governo que manda seus filhos contarem mentira todos os dias através de fake news”. “Ele (Bolsonaro) nunca fez um discurso que prestasse, ele só sabia ofender as mulheres, ofender os LGBTs”. Em Brasília, Bolsonaro contesta, com veemência: “Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa. Lula está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas. A grande maioria do povo brasileiro é honesto e trabalhador, não vamos dar espaço e nem contemporizar para um presidiário”. O filho do presidente, Carlos, classificou a soltura de Lula e demais considerados criminosos repetindo o pai para que não dê mais munição ao “canalha que momentaneamente está livre”. O deputado federal, Eduardo Bolsonaro, observou: “Além de Lula, Zé Dirceu e outros quadrilheiros, milhares de criminosos estão soltos no país, fazendo com que você fique à mercê de seus atos malignos”. Em verdade, com a decisão do ministro Tófolli, presidente do Supremo, a “jararaca – a palavra fora utilizada antes pelo próprio Lula – está solta”. E foi a cobra que classificou o juiz que o condenou: “O Moro é mentiroso, o Dallagnol é mentiroso. Eu tomei a decisão de ir lá na Polícia Federal. Eu poderia ter ido para uma embaixada, para outro país. Mas eu fui lá para provar que o juiz Moro não é um juiz, é um canalha”. Não deixou por menos, o ex-ministro também solto, José Dirceu: “Agora a luta não é por Lula livre. Agora, (a luta) é para nós voltarmos, retomarmos o governo do Brasil”.

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