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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Crescer, eis o desafio Manoel Hygino O governo federal lançou, na primeira quinzena de novembro, o programa Previne Brasil, alterando procedimentos de transferência de recursos do Sistema Único de Saúde para os municípios. A iniciativa pretende incluir mais pessoas nos programas de atenção primária, incluindo 50 milhões de brasileiros em diferentes programas do SUS. Em números, a previsão é de que os aportes passem de R$ 18,3 bilhões para mais de R$ 20 bilhões. Serão beneficiados especificamente os casos mais frequentes, inclusive diabetes e hipertensão, através de consultas médicas, exames e vacinação em campanhas. Uma feliz, porque necessária iniciativa da União com referência às UBS. Mas é imprescindível, além de melhor e mais rápido atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, que os passos seguintes – como os exames – sejam facilitados. Há alguns dias, milhares de pessoas entraram em fila à porta do CEM – Centro de Especialidades Médicas da Santa Casa de Belo Horizonte para inscrição a exames pedidos pelas UBS. E se atente: aquela unidade da SCBH atende mais de 55 mil pessoas por mês, procedentes da capital e municípios do interior. É preciso renovar a constatação. A falta de repasses às prefeituras, aliada à defasagem na tabela do SUS, prejudica o atendimento à população em Santas Casas e hospitais beneficentes de todo o país. Algumas ameaçam fechar as portas ou suspender o atendimento. A maioria dos pacientes é servida pelo Sistema, mas as prefeituras alegam que foram afetadas pela crise econômica geral e reivindicam apoio de outras esferas do governo. O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, Edson Rogatti, afirma que parte expressiva dos estabelecimentos paulistas vive dificuldades. Acrescenta que a situação decorre também de problemas resultantes da crise econômica no país, além evidentemente da defasagem na tabela do SUS, sem reajuste há 15 anos, que deixou os hospitais endividados e dificulta o crédito. O médico Renato Tasca, coordenador de sistemas e serviços de saúde da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil, tem opinião formada: “temos um investimento privado muito importante e um gasto público insuficiente. Não chegamos a 4% do PIB, quando internacionalmente o sistema público universal deveria alcançar 6% do PIB. Estamos muito atrás. O subfinanciamento é real, mas a gestão é fundamental”. Para o provedor da Santa Casa de Belo Horizonte, Saulo Levindo Coelho, o SUS é fundamental para a saúde da população. Por sabê-lo, o Hospital Central da instituição, o maior de Minas e um dos maiores do Brasil, se dedica exclusivamente a clientes SUS. Os resultados são altamente benéficos, por ser um programa que vai muito além da atenção médica. A SCMBH é, assim, mais do que mero coadjuvante, pois – partícipe essencial – incluído na lista das cem melhores ONGs do Brasil, destacando-se por sua estrutura administrativa e financeira, elevado nível técnico de serviços, captação de recursos e transparência. Seu projeto é aprimorar sempre, atender mais, não parar nunca.

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