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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Investigação sem fim Manoel Hygino Os fatos cotidianos dão o que pensar. Em meados deste mês, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, com apoio de policiais militares, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra a maioria dos vereadores de uma das mais prósperas cidades mineiras. O presidente da Câmara era um dos investigados por suspeita de participação em um esquema que desviava recursos de verba indenizatória a que os vereadores têm direito para custear a atividade parlamentar. Também se investigava a possível ação fraudulenta na contratação de empresa para prestar serviço de vigilância à edilidade. Ora, se o episódio se deu numa cidade das dimensões de Uberlândia, uma das maiores de Minas, com arrecadação expressiva no contexto dos municípios do Estado, imagine-se o que ocorreria com as menores, com reduzido poder de reação da população e de que, geralmente, não partem, por motivos compreensíveis, demandas ao Ministério Público. O problema é que, ao contrário do que imagina o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, não foi a “Lava Jato” que destruiu empresas no país, como a Odebrecht. Em verdade, não são os organismos investigadores que arruínam os que abusam da corrupção nos negócios com a administração pública, porque aqueles já se tinham estigmatizado por origem. Corrupção não é privilégio brasileiro, cabendo-nos estirpá-la de nossos costumes, mesmo admitindo com Cícero que “consuetudo est quasi altera natura”. Não é hora de blasfemar por ações da Lava Jato, operação que ainda não terminou e que, pelo contrário, deveria ser estimulada a permanente atuação para expurgar a corrupção de nosso meio. Ainda esta semana, a força-tarefa do Paraná apontou para um novo rombo. Agora é o caso de pagamento de pelo menos US$ 3.402 milhões em propinas, em contratos celebrados entre a Petrobras e a Maersk para locação de navios. As informações são de que a empresa dinamarquesa foi um – prestem atenção – dos alvos da setuagésima etapa desencadeada pela Lava Jato. Setuagésima, repito. E, como de vezes anteriores, visando apurar casos de organização criminosa e lavagem de dinheiro, vinculadas a fretamento de embarcações. Nada escapou à voracidade dos criminosos durante longo tempo. A operação de agora, como divulgado, é de número setenta e, evidentemente, há muitíssimo mais a investigar. Ninguém tem dúvida a respeito. Inúmeros dilapidadores do dinheiro e dos bens públicos ainda têm de prestar contas de seus atos, a despeito do interesse de muitos maus brasileiros, que prefeririam ver sepultados os projetos e planos da Lava Jato. Terão de esperar. O mexicano Jorge Castañeda, já bem conhecido, critica as esquerdas do continente por crises econômicas, promessas não cumpridas e graves casos de corrupção, achando que quanto ao último item era questão para as elites latino-americanas. Conclui: “Não é verdade. Corrupção é algo tão enraizado no continente que somos todos vulneráveis”.

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