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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Ele Ressuscitou Manoel Hygino Quaresma é o período que se estende da Quarta-feira de Cinzas ao Domingo de Páscoa. São quarenta dias, em que os cristãos cumprem deveres especiais, quando realmente se devotam ao cristianismo e ao catolicismo, no caso do Brasil, que se mantém como maior país do mundo seguindo Roma, sob este aspecto. A Sexta-feira Santa em 2020 será em 10 de abril. Na Quaresma de 2017, registrou-se um fato pouco focalizado pela mídia, aqui e lá fora, o que tem razões e explicações. No tempo vertiginoso que atravessamos, de tantos compromissos e não menos divertimentos, há coisas que se relegam a plano secundário, deixa-se para depois ou simplesmente não despertam interesse. Após nove meses da restauração, foi aberto, então, em Jerusalém, o túmulo de Jesus. A solenidade se deu na quarta-feira, dia 22 de março, na igreja do Santo Sepulcro, local de obrigatória visitação dos cristãos que se deslocam à histórica cidade. A Basílica do Santo Sepulcro se acha no centro do bairro Cristão da Cidade Velha de Jerusalém e é mantida pelos católicos romanos, greco-ortodoxos e armênios. No centro de sua área se encontra a Colina do Gólgota (ou Calvário) e a rotunda, que abriga o Sepulcro. Ali, Jesus foi crucificado, enterrado e ressuscitou. Na 12ª Estação, indica-se o local exato onde estivera a cruz, assim como pontos negros mantendo a posição das cruzes dos dois ladrões.Perto, está a estátua de madeira da Mater Dolorosa, doada pela rainha de Portugal, em 1778, lembrando a aflição de Maria com a morte do filho. Na 13ª Estação, um altar se construiu para apontar exatamente onde Maria recebeu o corpo de Jesus, após a crucificação. Em seguida, o corpo foi colocado sobre a Pedra da Unção e umedecido com mistura de mirra, aloé e óleos aromáticos. Os cristãos convictos sentem justamente esses acontecimentos, principalmente na Semana Santa. Na 14ª Estação, eis a tumba de Jesus, local sagrado do cristianismo, no centro do Santo Sepulcro. A rocha sagrada estava coberta por uma pedra de mármore, desde 1555, e sobre ela vários quadros representam a ressurreição. Documentou-se oficialmente a reabertura em uma cerimônia com a presença de líderes religiosos de diferentes confissões. Naquele ano, o santuário voltara à cor original, porque o monumento estava antes completamente escuro em decorrência da fumaça das velas dos peregrinos, segundo a chefe da equipe de restauração, Antonia Moropoulou. O patriarca greco-ortodoxo, Teophilos III, de Jerusalém, saudou os presentes ao ato, declarando que a restauração e reabertura eram uma doação à humanidade. E, felizmente, tem resistido ao passado sem maior interesse de certas instituições religiosas, e políticas. Para o mundo cristão, tratava-se de acontecimento magno, porque se chegara às paredes originais de calcário da tumba. O homem se aproxima mais de Cristo, mesmo que o corpo de Jesus lá não estivesse, como há séculos. Ressurrexit, non est hic. Ali, no primeiro fim de semana após a morte no Calvário, Maria Madalena e outras mulheres foram visitá-lo, mas a pedra sobre o túmulo, muito grande e pesada, fora revolvida. O túmulo vazio constituiu para os primeiros cristãos um sinal essencial, não desaparecido sequer na metade do século II, quando o imperador Adriano arrasou Jerusalém. Bom para se meditar nesta tumultuada quarentena de 2020. Enfim, o medo não pode predominar no cenário tenebroso de coronavírus.

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