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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O JUDICIÁRIO EXISTE Manoel Hygino Quando os políticos e determinadas autoridades debatem e se enfrentam sem chegarem a uma conclusão necessária aos interesses da sociedade, costumam atribuir os maus resultados de seus projetos à Imprensa. Imprensa que existe para publicar informações, obedecida a legislação pertinente e consentânea com os princípios éticos da atividade e do exercício da profissão de jornalista. É, assim. Vê-se que, no entanto, para serem bem sucedidos em propósitos e projetos, pessoas invadem reiteradamente áreas a que não estão habilitadas e nelas passam a atuar, apelando para novas ferramentas de comunicação, como ora acontece, prejudicando abusivamente a verdadeira Imprensa. O que se poderia considerar estratégia marxista de prostituir o vocabulário, de deformar a realidade e mentir, como antes se observava nas ações do MST e na violência black bloc, parece mudar de mãos. E o povo do Brasil, que quer pelo menos tranquilidade para sobreviver e produzir, queda indeciso sobre aprovação a este ou aquele candidato ou autoridade, enquanto os problemas, ora avultados com a crise sanitária de dimensões jamais sofridas, permanecem e ganham vulto. Os fatos do último final de semana se repetiram nas capitais do país, sobretudo na Federal, que sequer pudera comemorar este ano o seu sexagésimo aniversário. Mutatis mutandis, poder-se-ia repetir aqui o que Carlos Alberto Di Franco, doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra e membro do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais, afirmara em 2014: “E nós, jornalistas, corremos o risco de sucumbir a esse gingado e à instrumentalização semântica”. Indivíduos, por motivos sabidos ou ainda não identificados, obstruem as vias públicas em manifestações, formam-se em frente a prédios públicos, atacam indefesos integrantes de equipes de saúde, agridem jornalistas (fatos já de amplo conhecimento), passando-se por “ativistas” e “militantes”. Di Fraco resumiu: “Nosso papel é informar. Nossa missão é rasgar a embalagem e mostrar a realidade”. Todos os deslizes e abusos precisam ser esclarecidos, principalmente se já considerados crimes. E há numerosos que precisam ser investigados e, concluídas as investigações, se houver culpados, levados à barra dos tribunais. Porque o que a Imprensa, os jornalistas em sua predominância pretendem é que se cumpra a Constituição, porque o decrépito direito divino dos reis foi substituído pela soberania popular. Convém ainda lembrar: “O Poder Judiciário, no desempenho da jurisdição, exerce agora uma parcela do poder político, conforme o magistrado francês Antonie Garapon, o controle crescente da Justiça sobre a vida coletiva é um dos maiores fatos políticos contemporâneos”. “A judicialização na vida social no Brasil tomou ritmo assustador. Tornou-se o poder público incapaz de resolver, sem recorrer ao Poder Judiciário, conflitos de múltipla natureza”. Merece, pois, como a Imprensa, ser respeitado, para que se deixe o brasileiro viver em paz.

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