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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: Desde o princípio Manoel Hygino Em 3 de dezembro de 1870, um dia após o aniversário de D. Pedro II, circulou pela primeira vez o jornal “A República”, trazendo um manifesto francamente republicano, como se havia de esperar, sob a direção de Saldanha Marinho. Evidentemente, no Rio de Janeiro, a capital nacional. Os homens do governo viram na folha um elemento perturbador da ordem. De fato, houve reação. Em 27 de fevereiro de 1872, por exemplo, reuniam-se na redação vários republicanos, na rua do Ouvidor, 152, sobrado, quando um grupo de desordeiros e desocupados, postados em atitude hostil, gritava vivas à monarquia, ao Ministério Rio Branco e ao imperador. Uma pedra é atirada contra a vidraça de uma das janelas; em seguida, outra; e, depois, muitas mais. Um indivíduo mais exaltado sobe as grades da janela e passa tinta preta sobre a tabuleta do jornal. A polícia foi chamada, mas quando chegou tudo se consumara. Segundo constou e percorreu a cidade a boca pequena, os bagunceiros eram assalariados da própria polícia e nada sofreram. O caso repercutiu na Câmara dos Deputados e o veemente parlamentar Ferreira Viana afirmou que o assalto tivera permissão das autoridades, tendo a polícia mandado enfeitar a frente do prédio. O jornal durou pouco. Em 28 de fevereiro de 1872 saiu a última edição, mas deixou claro que fora um dos mais árduos adversários do Ministério Rio Branco, principalmente depois do ataque sofrido. Nenhum de seus colaboradores, contudo, foi perseguido. O manifesto do Partido Republicano completa 150 anos, em 3 de dezembro que vem aí. Nele, denunciavam-se a imprevidência, as contradições, os erros e as usurpações governamentais, influindo sobre os negócios externos e internos, criando “uma situação deplorável, em que as inteligências e os caracteres pareciam fatalmente obliterados por um funesto eclipse”. No documento, afirmava-se que “o mecanismo social e político, sem o eixo sobre o qual devia girar, isto é, a vontade do povo, ficou girando em torno de outro eixo, à vontade de um homem”. A crítica permanece válida, porque se o sistema de governo mudou, se os governantes são outros, em outra época, o vício se mantém sólido.

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