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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Despedida do pleito Manoel Hygino Em meio ao imbróglio da campanha política, antecipadamente antecipada por todas as correntes e partidos, pode-se avaliar o teor dos pronunciamentos e entrevistas dos pré-candidatos, ou à presidência da República ou aos demais cargos a serem levados à consideração do eleitorado. Há de se condenar ou de se criticar a manifestação deste ou daquele. Não poderia ser de outro jeito e maneira, principalmente diante da polarização estabelecida. Mas chamou a atenção o cuidado de o ex-governador de São Paulo comunicar à nação que se afastava da disputa à chefia nacional. Não foi veemente, mas firme e claro, ponderado e sincero, ao que se depreende de suas palavras. Declarou Dória: “Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido e da missão bem realizada. Com boa gestão e sem corrupção. Saio com o sentimento de gratidão e a certeza de que tudo o que fiz foi em benefício de um ideal coletivo, em favor dos paulistanos, dos paulistas e dos brasileiros. Saio como entrei na política: repleto de ideais, com a alma cheia de esperança e o coração pulsante, confiante na força do povo brasileiro que têm fé na vida e em Deus”. O orador não conseguiu segurar as lágrimas, o que constituiria uma prova de sincera convicção do que dizia. Houve outras pessoas em derredor que também usaram os lenços para enxugar as íntimas certezas de que havia pureza de sentimento. Eu creio nas expressões que vêm de lá do mais fundo do coração das pessoas. Gostaria que todos se abrissem ao bem e ao bom. Dória falou a verdade? Eis a questão. Lembrei-me das palavras de Joaquim Cabral Neto, membro do Ministério Público de Minas Gerais, que – chegando aos 80 anos – terminou um livro: “No fim do outono da minha vida, não sei até onde irei. Não importa. O passado não me pertence mais, nem o futuro; tenho apenas o presente. Valeu a pena viver procurando ser útil, deixando um exemplo de vida, com a certeza de que a vida continua”.

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