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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Segurança e futuro Manoel Hyginio Diante dos generosos números recentes da economia e da área de segurança no país, ainda tive minhas dúvidas e sei que não estou sozinho. Imensamente gostaria, de que meus pontos de vista fossem enganosos, porque não me inclino a abonar as ideias de grandes avanços para o Brasil e para o brasileiro, que é, afinal, o que todos desejamos para o futuro. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública nos revelou que tivemos o menor número de homicídios desde 2011. Foram 47.503 registros, correspondentes a 130 mortes por dia. O trecho seguinte da notícia parece pôr em dúvida: o Brasil, contudo, permanece entre os dez países mais violentos do planeta. Em todos os estados, houve redução de homicídios, com exceção do Norte e, das 30 cidades mais violentas no país, 13 estão na Amazônia legal. Entre os motivos, especialistas contam: estabilização de conflitos entre facções criminosas e a implementação de programas estaduais focados nos mais jovens. O número de armas no Brasil cresceu 474% de 2013 para cá. Os pesquisadores não consideraram o armamento como um fator que reduz a criminalidade. Em resumo: mortes violentas caíram 6% no ano passado, segundo o Anuário. Aquilo a que assisto na televisão diariamente parecem que não é computada. Ou os jornais falados, como se dizia antigamente, estão me enganando. Pois, o próprio Anuário divulga que, apesar da melhoria no indicador, o Brasil ainda convive com violência extrema, sendo responsável por um em cada cinco homicídios que ocorrem no mundo (20,4% do total). A maior parte das vítimas dessas mortes violentas e intencionais no país é negra (77,9%), do sexo masculino (91,3%) e jovem entre 12 e 29 anos (50% do total). Para o ministro Guedes, altos impostos fecham indústrias no Brasil, daí a necessidade de privatizar. Mas a privatização requer uma série de medidas preliminares e antecedem à própria proposta preconizada. É necessário prazo, tempo, e a sociedade já está cansada de esperar. Não é subindo para as alegres noitadas de fim de semana na periferia das grandes cidades que o problema será resolvido. Se fosse, tudo já estaria melhor e os brasileiros que meditam em perfeita paz.

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