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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Como fica o Brasil Manoel Hygino Evidentemente, todas as pessoas querem ouvir ou ler boas notícias. Na metade deste mês, por exemplo, divulgou-se que a agência de classificação de risco Fitch, uma das mais conceituadas do planeta, elevou a nota do Brasil na economia, passando a perspectiva de negativa para estável. Danado de bom, disseram os mineiros, entre os quais me incluo. A Fitch informou que a decisão “reflete a evolução melhor do que a esperada das finanças públicas em meio aos sucessivos choques dos últimos anos, desde que atribuímos a perspectiva negativa em maio de 2020”. Isso porque, após o gasto recorde do governo em 2020, as contas públicas melhoraram em 2021 e 2022. para pagar os juros da dívida pública) desde 2013, nos critérios do Banco Central. No ano passado, o setor público consolidado (União, estados, municípios e estatais) obteve superávit primário de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB). A Fitch também projeta queda no endividamento do governo em 2022. Segundo a agência, a relação entre a Dívida Bruta do Governo Geral e o PIB deverá encerrar o ano em 78,8%, depois de ficar em 80,3% no ano passado e atingir o nível recorde de 88,6% em 2020 por causa dos gastos com a pandemia de Covid-19. Depois, o porém: a própria agência recomenda a aprovação de reformas estruturais na economia. Aí surgem as dificuldades, porque entra a participação do Congresso e, no Legislativo, as propostas são muitas e as discussões são minuciosas e lentas. E os números e fatos de julho apontam problemas, como também se observa pelos registros de outras agências, inclusive as nossas cá do Brasil. Por exemplo: O endividamento e a inadimplência das famílias brasileiras bateram recorde em julho, e são os maiores desde o início da pesquisa, em 2010; 78% das famílias brasileiras estão endividadas; 29% estão com contas atrasadas; famílias com renda acima de dez salários mínimos e as que recebem abaixo viram as dívidas aumentarem no mês passado; o setor de cartões de crédito cresceu 37% no segundo trimestre desde ano, com R$ 834,3 bilhões em transações no período. No primeiro semestre, o crescimento foi de 36,5%. Passar o cartão é fácil, difícil é pagar a fatura. Apesar da evolução recente, a Fitch destacou que a melhora nas contas públicas ocorreu no curto prazo. Para o processo ser sustentável, a agência recomenda a aprovação de reformas estruturais na economia brasileira.

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