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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Fim de novela? Manoel Hygino O ex-governador e vice-presidente Aureliano Chaves gostava de usar a expressão “tapar o sol com a peneira”. Pois foi exatamente o que aconteceu com o ex-comandante do Exército, general Arruda, com relação à ordem para acabar com os acampamentos em frente a dispositivos militares nas proximidades dos edifícios na Praça dos Três Poderes. O noticiário da agência Metrópole, de Brasília, no dia 22, esclareceu, textualmente: “O general Júlio César de Arruda perdeu o comando do Exército após enfrentar ordens indiretas de Lula. No mais incisivo dos embates, de dedo em riste, impediu a prisão de bolsonaristas extremistas”. Além do mais, seguia prestigiando o coronel Cid, sumamente alinhado com Bolsonaro, como se noticiava. Na noite de 8 de janeiro, com a intervenção federal já decretada, o general não autorizou a entrada da PM-DF na área militar para prender extremistas em frente ao QG. A PM-DF seguia as instruções do interventor Ricardo Cappelli, nomeado pelo novo presidente. Naquela noite, Arruda dirigiu-se para o então comandante da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, e desafiou: “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”. Lula vira como uma afronta a barreira formada por homens do Exército e, sobretudo, o uso de veículos militares blindados para impedir o avanço da PM. Um agravante: antes mesmo desse episódio, o presidente já estava furioso por o Exército não ter impedido a invasão ao Planalto. Ao fim daquele 8 de janeiro, o destino de Arruda já estava selado. Só o que faltava para demiti-lo era encontrar um general estrelado que se mostrasse disposto a enfrentar com rigor as ameaças golpistas. Surgiu o do general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que servira no Haiti e contra gente da favela do Alemão, no Rio. Prestigiado e legalista por origem, foi escolhido. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez o anúncio. Explicou em poucas palavras: “As relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura num nível de confiança e achávamos que precisávamos estancar isso logo de início para superar esse episódio. Queria apresentar o substituto, general Tomás, que a partir de hoje é o novo comandante. Hoje, nós estamos investindo mais uma vez na aproximação das nossas Forças Armadas com o governo do presidente Lula”. Em mais de uma oportunidade, inclusive falando em Buenos Aires, em reunião com o presidente argentino e com outras autoridades e empresários, Lula afirmava que não podia submeter-se a uma situação que não condizia com a maneira de conviver entre o dignitário mais alto e um subordinado, mesmo que do Exército.

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