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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Esta hora grave Manoel Hygino Embora esteja o Brasil vivendo problemas graves, entre os quais o de subalimentação dos Yanomami, em Roraima, sem contar os que se acumulam em torno ou no meio das grandes cidades, com moradores de rua crescendo numericamente nas capitais, há aqueles que se preocupam com as festividades carnavalescas. Dizem que o brasileiro gosta dessa época do ano, deixando para depois os problemas cotidianos. Há de se perguntar: estômagos vazios, como os dos indígenas, não são sentidos nas demais regiões do País, como as do Sudeste? São Paulo, o estado mais rico, e sua metrópole, a mais populosa, não estão passando por uma grande crise de segurança, exatamente pela evolução indesejada de seus segmentos mais pobres e assumidos no rol da criminalidade? Não se desconhecem os fins de semana de grupos enormes de pessoas de baixo ou baixíssimo nível econômico para os ajuntamentos coletivos na periferia ou em bairros, embalados com música em volumes elevados, muito álcool e drogas de toda espécie e origem. De onde viria o dinheiro? Passou da hora e do instante de se pensar mais seriamente. Milhões estão sem alimentos suficientes, e não só os índios. Milhares e milhares se desencaminharam à criminalidade, sem contar multidões que se desviaram para o consumo de drogas altamente perniciosas, quando não letais. No entanto – fazemos de conta que tudo inexiste, e permanecemos nas vias dos males que dizimaram inúmeras pessoas, famílias inteiras. O problema é gravíssimo e não pode ser simplesmente ignorado. Os economistas, empresários e autoridades sabem que este não é o momento para usufruir (porque não temos o quê). Os planos de desenvolvimento, em particular nos países pobres, estão em xeque. O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas prevê um crescimento de apenas 1,9% neste ano, das mais baixas taxas das últimas décadas. Uma série de acontecimentos assolou a economia mundial em 2022: a pandemia da COVID-19, a guerra na Ucrânia, as crises de energia e de alimentos, aumento da inflação, restrição da dívida, a emergência climática. Será que sequer se lê jornais para saber do mau período em que nos encontramos? Não há medo? O próprio secretário geral da ONU, o português Antônio Guterres, adverte sobretudo às nações em desenvolvimento. Não se pode ficar surdo e cego.

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