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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Nava diplomado Manoel Hygino Estou escrevendo sobre Pedro Nava, após 13 de maio, que assinalou 40 anos da morte do escritor e médico, no Rio de Janeiro, num banco de rua da Glória, em bairro de mesmo nome. Na Faculdade de Medicina, iniciativa de profissionais interessados numa escola para formação de médicos, a instituição foi inicialmente à Universidade de Minas Gerais, e ela formou Nava numa turma brilhante. Nela, estavam Juscelino, Odilon Berhens, José Maria Figueiró, Pedro Salles, Flávio Marques Lisboa e poucos mais. O grupo, pequeno, dos menores que se formaram no século. E era 1927. Ingressar na faculdade era difícil, os preparatórios eram longos, exigia-se muito dos candidatos. Um deles foi exatamente Pedro da Silva Nava, nascido em Juiz de Fora, em 5 de junho de 1903, um ano após JK. Foi com muito esforço e sacrifício da mãe, pois o pai falecera quando ele era menino. Custou o juiz-forano ingressar na faculdade, sonho pessoal e de toda a família. Gosto de referir-me ao assunto. O plano e vontade geral da família era arrumar um meio de chegar à Santa Casa, único hospital na capital jovenzinha. A faculdade assinara um contrato com a filantrópica para os universitários usarem as instalações da casa de saúde. Juscelino, como Behrens e Pedro Nava, adentrou as enfermarias do estabelecimento. Um projeto realizado, uma glória. Nava muitos anos após, registrou: “Bom dia, Irmã Madalena. Bom dia! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado tão bom Senhor”. Nunca nos momentos de maior êxito de minha vida de médico – conquista de várias chefias de serviços, livre docência, duas cátedras, professorado emérito e honoris causa, três academias, sociedades estrangeiras, presidência da sociedade Continental – nunca na minha vida de médico tive a estasia, o orgulho, uma sensação de plenitude que sentia naquele 1926. Quintanista de Medicina! Interno residente da Santa Casa”. Nava contou o sucesso à mãe doente, acamada. Depois, ela disse: “faço questão de pôr no seu dedo o anel de seu Pai. E ali ela me casou com a profissão e enfiou no anular a aliança cujo aro pertencera ao velho “Doutor Meton, cuja esmeralda fora de meu tio-avô Leonel Jaquaribe e cujos brilhantes seu Pai comprara completando a joia familiar”.

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