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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°82408
De: Estado de Minas Data: Domingo 21/5/2017 14:01:21
Cidade: BH

Show dos Paralamas do Sucesso é cancelado em cima da hora e público fica sem explicações
Cancelamento pode ter sido motivado por problemas relacionados ao pagamento do Ecad, mas não há confirmação - Luiz Ribeiro - Um show da banda Paralamas do Sucesso que aconteceria neste sábado à noite, em Montes Claros, no Norte de Minas, foi cancelado pouco mais de duas horas antes do horário previsto, sem prestar esclarecimentos para o público. A assessoria dos organizadores divulgou nota, informando que a apresentação da banda foi suspensa por “fatores externos” e que as pessoas que compraram ingressos terão os valores “devolvidos integralmente em data a ser divulgada posteriormente”. A reportagem do Estado de Minas recebeu a informação de que o cancelamento teria sido motivado por problemas relacionados ao pagamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais (Ecad). Em nota divulgada ainda no sábado à noite, a assessoria dos promotores do show informou apenas que "apesar dos esforços da organização e da banda Paralamas do Sucesso, fatores externos contribuíram para a não realização do evento".A assessoria negou que o cancelamento tenha relação com o pagamento da banda, garantindo que o cachê foi pago.
O show dos Paralamas do Sucesso seria realizado dentro do evento Norte Music Festival, no Parque de Exposições João Alencar Atayde. Os organizadores não informaram quantos ingressos foram vendidos, mas a expectativa era de que cerca de 5 mil pessoas marcassem presença - mesmo público da apresentação do cantor Nando Reis na última sexta.
Os Paralamas do Sucesso chegaram a Montes Claros no sábado à noite e já tinham feito, inclusive a passagem de som, quando houve o cancelamento do espetáculo. Pouco depois do desembarque, os músicos mudaram de hotel. Mais uma vez, a organização do show negou qualquer problema financeiro e disse que a mudança foi feita a pedido dos músicos.
A viagem de volta dos músicos está marcada para o meio-dia deste domingo. A reportagem conversou com um integrante do grupo, mas ele esclareceu que não irá falar nada sobre o cancelamento do show, alegando que qualquer manifestação a respeito do assunto só será feita pela assessoria de imprensa da banda.

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Mensagem N°82407
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 20/5/2017 08:45:29
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

POLÍTICA, DROGAS E A MORTE DE JOÃO WALTER GODOY

* Marcelo Eduardo Freitas

O Brasil passa hoje pela pior crise econômica, política e moral de sua história recente!
Assistimos atônitos a sucessivos escândalos que teimam em não cessar. As instituições de controle, sobretudo a Polícia Federal e o Ministério Público, têm cumprido com louvor a sua missão constitucional.
Os últimos trabalhos bem evidenciam: não há bandeiras na ação dos órgãos de controle! Todos os grandes partidos, sem exceção, foram tocados pela mão punitiva do Estado. Pessoas que antes eram intangíveis, hoje não se vêem mais como outrora.
Pretendia escrever, como se denota, sobre a droga da política partidária, que incontáveis vezes, graças à ação de parcela considerável de seus integrantes, tem feito do Brasil motivo de chacota para todo o planeta. Que o diga a série americana House of Cards, produzida pela plataforma de vídeos On Demand Netflix, que fala sobre corrupção e a luta pelo poder na Casa Branca. Em seu perfil oficial no Twitter se fez constar, em português: “Tá difícil competir”.
Indagada por uma usuária do Twitter se não deveria fazer uma versão de House of Cards passada no Brasil, o perfil afirmou: “Eu até tentaria, mas se eu reunisse 20 roteiristas premiados não conseguiria chegar numa história à essa altura...”. A situação é deprimente, para dizer o mínimo!
Voltando ao tema proposto, observo que é melhor tratar sobre a política de drogas, adotada pelo país, fazendo, por conseqüência, uma singela homenagem ao Professor João Walter Godoy, que nos deixou na última quinta-feira, para habitar na casa do Altíssimo. Deixo, assim, que sobre a droga da política comentem todos os grandes veículos de comunicação do país.
As drogas, em uma linguagem bem simples, são substâncias químicas de origem natural ou sintética que afetam de alguma forma o sistema nervoso do ser humano, podendo causar alterações na mente, no organismo e no comportamento das pessoas. As conseqüências do abuso de drogas, por vezes, são irreversíveis.
De acordo com dados da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana - RITLA, nos últimos quatro anos, 279 mil pessoas foram assassinadas no país. No ano passado, o Brasil teve 170 assassinatos por dia, ostentando, assim, o maior número absoluto de homicídios no mundo!
À guisa de comparação, na Síria, que se encontra em guerra civil declarada, foram vitimadas 256 mil pessoas nos últimos 04 anos. 23 mil a menos que o Brasil!
Obviamente, parcela considerável desses homicídios está diretamente relacionada à disputa por pontos de distribuição de drogas. E é aqui que entra o nosso referencial regional em trabalho voltado à prevenção a este mal e que, bem por isso, merece as nossas justas homenagens, o nosso mais profundo reconhecimento e o irrestrito sentimento de gratidão.
Conheci Doutor João Walter Godoy nos idos de 2004, quando retornei à Montes Claros, vindo do Estado do Tocantins. Montesclarense por adoção e diamantinense de nascimento, Doutor João Walter sempre foi um referencial na luta contra o mal das drogas. Participou de incontáveis eventos, escreveu diversas obras sobre o assunto e lutou até o fim para se manter vivo.
Na última sexta-feira fui ao velório de Doutor João. Sobre o seu corpo se encontrava sua viúva, com um semblante abatido, mas com um olhar sereno. Emocionada, relatou-nos sobre o respeito e admiração que nutria sobre nossa pessoa. Confesso que arrepiei e chorei. Afinal, Doutor João Walter sempre foi um referencial de homem, um exemplo de pai e um incansável lutador. “Lutou até o último instante”, nas palavras de sua senhora.
“Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas, reunir forças na angústia, e ganhar coragem na reflexão. É coisa de pequenas mentes encolher-se, mas aquele cujo coração é firme, e cuja consciência aprova sua conduta, perseguirá seus princípios até à morte”. Era assim o Doutor João Walter!
Que a droga da política partidária consiga reformular a política sobre drogas em nossa nação. Que adolescentes e jovens possam ser preservados da mortandade que graça à luz do dia. Que exemplos como os de Doutor João Walter Godoy se repitam. Que tenhamos mais pessoas para lutar contra esse mal e tantos outros que nos atormentam. Siga em paz Doutor João! As suas obras são eternas!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°82406
De: Mario Lucio Caldeira de Faria Data: Sexta 19/5/2017 11:05:49
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Amanhã, 20 maio, fará setenta anos que aconteceu o eclipse total do sol em Bocaiuva. Naquela ocasião a pequena cidade do Norte de Minas recebeu cientistas do mundo inteiro, principalmente, dos EUA, que vieram em buscas de informações para o desenvolvimento científico. Até hoje aquele eclipse não foi superado por nenhum outro dada a sua grande dimensão. Conta-se que população ficou assustada com o grande acontecimento, pois, viu de um instante para outro o dia virar noite.

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Mensagem N°82405
De: Observador Data: Sexta 19/5/2017 10:21:13
Cidade: Moc/MG

São muitos tremores, mas este é diferente, por ser o mais intenso já registrado em Montes Claros e que completará 5 anos, dentro de 22 minutos.


Mensagem N° 71523

De: Observatório Sismológico - UNB Data: Sáb 19/5/2012 19:50:24
Cidade: Brasília/DF
Informações preliminares:

Data: 19 de maio de 2012 (140);
Hora origem (local): 10:42:26,210;
Epicentro: Montes Claros (MG);
Magnitude: 4,2 mD;
Intensidade: V - forte (Escala Mercalli Modificada).

Observação: moradores da cidade de Montes Claros (MG) relataram que ouviram um estrondo e houve relatos de queda de objetos e danos às construções.

Equipe responsável pelo Boletim Sísmico Brasileiro (SISBRA)

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Mensagem N°82404
De: Manoel Hygino Data: Sexta 19/5/2017 08:26:28
Cidade: BH

Fachin evoca Ibsen

Manoel Hygino

Os acontecimetos mais recentes no âmago do governo brasileiro causaram estupefação a um povo já desencantado com seus dirigentes. Por tanto tempo, estávamos à beira do precipício, mas caímos no vácuo. Nunca, jamais em tempo algum, pensar-se-ia que chegássemos a este ponto.

Aconselha-se meditar olhando em redor. A sugestão resulta da posição do ministro Edson Fachin, após participar de reunião no Supremo Tribunal Federal sobre o “volta ou não volta” de José Dirceu na prisão em Curitiba.

Naquela ocasião, Fachin, relator e voto vencido na matéria, lembrou um escritor que já foi mais conhecido no Brasil: o dramaturgo Henrik Ibsen, cuja peça “Casa de Bonecas” se tornou, tempos atrás, até popular entre nós.

Fachin disse: “Saí daqui, ontem, com vontade de reler o Ibsen, em Um inimigo do povo e A história do doutor Stockmann”. O magistrado parece bom em literatura europeia. Evoque-se o autor norueguês, o tema, o personagem, segundo o resumo de Hélio Gurovitz: “Na peça de 1882, Thomas Stockmann é médico numa aldeia cuja economia impulsiona uma estação balneária. Descobre que as águas são contaminadas pelo esgoto de um curtume e tenta levar a notícia à imprensa, com base num laudo técnico. Seu irmão, prefeito, consegue evitar a publicação e lança um desmentido, para evitar que a cidade fosse prejudicada pela fuga dos turistas.

Stockmann convoca, então, uma reunião para apresentar os fatos, mas é impedido de falar por uma aliança entre o prefeito, jornalistas e representantes dos pequenos empresários. Passa a vituperar contra a “massa amorfa” de cidadãos. “A maioria nunca tem razão! Esta é a maior mentira social que já se disse!”, protesta aos brados.

“Quem constitui a maioria dosa habitantes de um país? Pessoas inteligentes ou imbecis? (...) Os imbecis formam maioria esmagadora. É motivo suficiente para que mandem nos demais”.

A revolta popular é tão grande que Stockmann é declarado “inimigo do povo”. Perde o emprego, sua casa é apedrejada, é despejado, seus filhos são expulsos da aula, sua filha mais velha é também demitida da escola onde lecionava. Nem sair do país consegue, pois o capitão que lhe garantira lugar num navio também é demitido.

Hélio Gurovitz prossegue: Ao longo dos anos, Stockmann se tornou um símbolo. Contra tudo e contra todos, mantém suas convicções na defesa da verdade. É um herói que alerta sozinho para o desastre iminente e, embora certo desde o início, é rejeitado e enxovalhado, como a Cassandra da mitologia grega. Quem será nos dias presentes, o nosso dr. Stockmann?

A Noruega, como o Brasil, é plena de paradoxos geográficos, de contrastes telúricos, de asperezas e de encantos físicos. A alma do povo é bela e forte, mas vulnerável aos mais sabidos, oportunistas e desonestos. Estes devem ser identificados e descartados, e sobretudo no momento das dificuldades mais impressivas e das crises.

Então se permite revelar e debater preconceitos e ideias errôneas e as realidades dramáticas do país, pondo em foco, simultaneamente, os graves problemas da sociedade contemporânea.

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Mensagem N°82403
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 18/5/2017 00:22:08
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Juramento – MG choveu mais cedo que Montes Claros. No momento da cochilada após o almoço (sesta), os juramentenses ficaram de molho.

O rio turvou. A vazão alterou - pouca. Os animais foram para a malhada. E nós, seguimos com o nosso monitoramento. Foi São Pedro e São Pascoal Baylon - porteiro das nuvens, que contrariaram os pessimistas, mais conhecidos como: “abutres da seca”.

As penitências tradicionais foram essenciais; pedras nas cabeças, litros de água, flores e velas, tudo ao pé do cruzeiro da igreja, quem é cristão, sabe do que falo.
O mais importante é economizar a água. Com calma e cautela venceremos este ciclo hidrológico de estiagem perverso. Mas, vai passar!!

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Mensagem N°82402
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Quarta 17/5/2017 17:22:55
Cidade: Brasília  País: Brasil

Chove bastante, neste momento,17,2Oh, sobre o Plano Piloto(Asa Sul) em Brasília=DF

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Mensagem N°82401
De: Defesa Civil Data: Quarta 17/5/2017 15:20:42
Cidade: Montes Claros / MG

(...) está programado para amanhã quinta feira (18/05/17) um desmonte de rocha na mineração de calcário da LafargeHolcim. Tal detonação será realizada na Mina Expansão Boa Vista. Horário programado para a detonação: 16h:20min;

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Mensagem N°82400
De: Eduardo Souto Chaves Data: Quarta 17/5/2017 16:58:06
Cidade: Montes Claros - MG

Montes Claros tem sim, tradição de serestas e serenatas, por isso nesta noite estaremos reunidos para celebrar/festejar o Dia Municipal da Seresta, perpetuando sua magia, eternizando as canções cantadas e cultivando o amor e a harmonia. Com isso, as modinhas, por assim dizer, voltam a fazer parte da vida de todos, e seus poetas e autores são tão devidamente reconhecidos. Neste tempo de tanta efervescência política e social, de tamanho desrespeito às normas de harmonia e de bem-querer, saber que ainda se canta e se exalta o amor e a poesia, nos faz muito bem ao espírito e ao coração. Estaremos juntos sentimentalmente nesta noite em que, em nossa amada Montes Claros, ainda se faz seresta em feitio de paixão. A seresta sempre estará viva nos corações apaixonados. As músicas seresteiras foram feitas para serem cantadas em noites enluaradas, falando de amor ou de tristeza, mostrando a pureza de tempos que, ás vezes não voltam mais. O Encontro de Seresta na Praça será na Praça da Matriz, dia 19 de maio, sexta-feira, às 20h30m com os grupos de seresta Namorados da Lua, Cordas e Vocais, Amo-te Muitoe João Chaves.

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Mensagem N°82399
De: Hermes Data: Quarta 17/5/2017 17:03:00
Cidade: M. Claros

Completando o que disse Hildebrando: o arco iris que pôs fim à chuva da tarde se alastrou. Toda a cidade viu o imenso anel que nascido ao pé da serra de Bocaiúva se alteou muito e foi pousar na região do Carmelo, das santas Irmãs Carmelitas. Deu espetáculo enquanto sol e chuva brincavam com esta novidade que é chuva no mês de maio. Indaguei e fui informado: na região coberta pelo arco íris a chuva alcançou aproximadamente 10 milímetros.

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Mensagem N°82398
De: Hildebrando Data: Quarta 17/5/2017 16:27:07
Cidade: M. Claros

A chuva desta tarde em M. Caros - incomum chuva no mês de maio - veio pela parte sul da cidade, na encosta da serra que chamamos Serra de Bocaiúva. Uma extensa camada de nuvens negras se posicionou ali e, com ventos, entrou na cidade. Faz 10 minutos que chove regularmente e, agora, toda a área urbana alcançada pelas vistas esta debaixo de um manto branco de chuva. Chuva comportada, diga-se. E um arco íris extenso sinaliza o ponto de onde a chuva principiou, ao pé da serra. Como foi dito aqui, ontem, a chuva atípica de maio tem o condão de diminuir o longo período de estiagem que costuma assolar a região de Montes Claros normalmente entre abril e outubro. Consulto a previsão: há 60% de chances de continuar chovendo, ou de chover, até às 18 horas de hoje. Oxalá prossiga a chuva. Veremos, depois, quanto choveu. O resultado, a alegria da chuva, também pode ser consultado nos ninhos em festa. A passarinhada saúda a fonte da vida. Digo, a fonte de toda a vida. Viva nós, ouço gritar nos céus Virgílio.

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Mensagem N°82397
De: Polícia Militar Data: Quarta 17/5/2017 09:53:07
Cidade: M. Claros

A Polícia Militar apreendeu dois adolescentes em conflito com a lei, em data de ontem, 16Mai, por volta das 16h, à av. Dulce Sarmento, no bairro Monte Carmelo, por suspeita de envolvimento em um roubo consumado a transeunte.Segundo relatos da vítima, um homem de 18 anos, foi abordada por 02 infratores, sendo que um deles, simulando estar armado, tentou subtrair seu aparelho de telefone celular. A vítima gritou por socorro e terceiros saíram no encalço dos infratores, que evadiram sentido bairro Esplanada. Um dos indivíduos, identificado com sendo um menor em conflito com a lei de 16 anos, foi alcançado pelos populares, que o derrubaram ao chão, e o agrediram, acionando a Polícia Militar. Questionado, o menor indicou o seu comparsa, um adolescente em conflito com a lei de 17 anos, que foi localizado em casa, no bairro Vila Suíça. No local, foram apreendidas 02 réplicas de arma de fogo, semelhantes à pistola.Os menores em conflito com a lei confirmaram a prática do ato infracional, tendo sido ambos conduzidos à delegacia, junto às réplicas de arma de fogo apreendidas.

***

À Rua Helena de Paula Fraga, no bairro Major Prates, a polícia registrou um roubo à mão armada consumado a transeunte, ocorrido às 13h28 de ontem, 16Mai.Segundo informações prestadas pela vítima, uma mulher de 43 anos, foi abordada por 01 infrator que usava um capacete e conduzia uma motocicleta vermelha, placa HJL-5020. O infrator apontou uma faca em direção à vítima e, sob ameaças, subtraiu desta 01 aparelho de telefone celular, 20 folhas de cheque do banco Itaú e 02 cartões.Foi prestado atendimento à vítima e iniciado o rastreamento que continua na busca pela prisão dos infratores envolvidos neste crime.

***

À av. Cônego Marcos, no bairro Cintra, às 13h32 de ontem, 16Mai, a polícia registrou uma ocorrência de roubo à mão armada consumado a transeunte.Segundo relatos da vítima, uma mulher de 21 anos, foi surpreendida por dois homens numa motocicleta HONDA TITAN, de cor preta sendo que, um deles, de posse de uma arma de fogo, anunciou o roubo e puxou o aparelho de telefone celular da vítima, momento em que esta resistiu em entregar o aparelho, tendo o infrator a jogado no chão e ameaçado efetuar disparos de arma de fogo contra ela.Foi prestado atendimento à vítima e iniciado o rastreamento, que continua, na busca pela prisão dos infratores envolvidos neste crime.

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Mensagem N°82396
De: Manoel Hygino Data: Quarta 17/5/2017 07:35:17
Cidade: Belo Horizonte

Os líderes, segundo Gamaliel

Manoel Hygino

Enquanto acompanhávamos com todo o Brasil as audiências em Curitiba, vinculadas à Lava Jato, mantivemo-nos ligados ao julgamento de Jesus, em Jerusalém, como lembrou a Semana Santa. Assim, lemos a extensa carta do rabino Gamaliel ben Gamaliel a Filo de Alexandria. É um documento valioso, mas pouco conhecido, necessário para se ter uma ideia do clima na Judeia, em torno de 2000 anos atrás.
Gamaliel ben Gamaliel é tido como filho mais novo do rabino Gamaliel, o Antigo ou o Ancião, citado por várias fontes rabínicas. No documento aqui referido, o Gamaliel Júnior abre-se a Filon, ou Filo de Alexandria, filósofo judeu helenista. Sente-se pelas suas palavras a preocupação com o aparecimento de Joshua, isto é, Jesus, em meio àquele território de difícil governo, em que espocavam, aqui e ali, ontem e hoje, disputas de natureza material e religiosa.
Joshua procedia do Norte e, assim, não merecia muita confiança dos habitantes de outras regiões. Embora a crucifixão tivesse transcorrido há alguns anos, Gamaliel temia repercussões entre o povo. Mas admite: “Esse Joshua era, como João, um pregador do reino de Deus que muitos agora desejam. Não ter Joshua ambições políticas pode, porém, ter sido seu erro”.
Continua o raciocínio: Ele tinha discípulos entre os zelotas, que devem ter atribuído segundas intenções ao seu dito “Não vos trago a paz, mas a espada (Mt 10,34)”. Todos iludidos! Joshua aconselhava não resistir ao mal, porém a “dar” a outra face (Mt 5.39). Conselho bem prudente, eu diria. “Há rumores de que um dos seguidores zelotas o traiu perante os romanos, irritado porque Joshua não convocava para um levante popular, sequer a esperança de que sua morte provocasse um”.
Gamaliel lamenta que os romanos não faziam distinção entre movimentos religiosos e políticos, nem sabiam a diferença entre judeus, samaritanos e galileus. De todo modo, “com tantos judeus esperando um ungido, o messias que nos liberte, o atual temor dos romanos, não me parece de todo infundado”. Na crucificação de Joshua, porém, zombaram dele, mas ele contestava para dizer que “o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.21), significava o versículo que diz “a Lei não está no Céu; mas ao nosso alcance para que a coloquemos em prática”.
Gamaliel observa que “um líder martirizado tem vantagens sobre um líder vivo: não se pode matá-lo outra vez. A questão é: pode um líder martirizado continuar a liderar?” A pergunta se me afigura adequada ao agora. Jerusalém virou Curitiba? O texto lembra ainda que, “em nossos dias, a maioria sustenta, com Ezequiel (Ez 18), que ninguém morre pelo pecado de outrem, mas pelos que comete”.
Aqui se pergunta ainda: Por que Pôncio Pilatos entrou no Credo? O personagem não foi querido entre os judeus, como se sabe e, de volta a Roma, morreu envenenado. Gamaliel se confessava feliz por assistir ao fim do potentado romano. “Velhaco assassino não merecia destino melhor que o que ele reservou com tanta presteza para os outros. Pelo que se sabe, apoiou um candidato para apossar-se do Império, mas perdeu”.

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Mensagem N°82395
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Terça 16/5/2017 17:31:53
Cidade: BRASÍLIA/DF

Observo uma grande coincidência: as chuvas que ocorrem em Montes Claros e de uma maneira é simultânea em Brasília/DF. Choveu ontem em Brasília, chuva bastante forte e fora de época. Em Montes Claros chove também. Continuarei observando estas coincidências e comprova-las..

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Mensagem N°82394
De: Marinho Data: Terça 16/5/2017 14:39:00
Cidade: M. Claros

Qua 10/05/17 - 11h - Meteorologia encontra 60mm de chuva a caminho de M. Claros, de segunda a sábado da semana que vem - e até com 90% de chances

Chove agora na região do aeroporto de Montes Claros. Chuva com direito a um solitário trovão. É pouco comum chover em M. Claros no mês de maio. Chuva que, de toda sorte, ajuda a encurtar a seca, uma vez que as próximas águas são normalmente esperadas em outubro. Com sorte, no Dia de São Miguel, a 29 de setembro. Dia em que também comemoramos os dois outros arcanjos - Gabriel e Rafael.

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Mensagem N°82393
De: Gustavo Data: Terça 16/5/2017 11:57:08
Cidade: M. Claros

Pelo segundo dia, vejo em Montes Claros o carro do Google Earth que faz atualização das fotos exibidas mundialmente. Ontem, estava parado na porta de um hotel, no centro de M. Claros. Ainda há pouco vi o carro - coletando imagens - na confluências das ruas Carlos Pereira com Ruy Barbosa (foto que envio). Breve nossas ruas poderão ser visitadas em imagens atualíssimas.
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Mensagem N°82392
De: Nelson Data: Terça 16/5/2017 09:30:05
Cidade: M. Claros

Para meditar, sempre olhando ao redor:

Dia desses, na questão solta ou não solta o ex-ministro Dirceu, o ministro Fachin, relator e voto vencido, citou um personagem supostamente pouco conhecido no Brasil.

Trata-se do norueguês Henrik Ibsen.

Disse o ministro Fachin:

- “Saí daqui ontem com vontade de reler o Ibsen, Um inimigo do povo e a história do doutor Stockmann”.

A narrativa que o ministro quer reler, resumida por Hélio Gurovitz:

"Na peça de 1882, Thomas Stockmann é médico numa aldeia cuja economia era impulsionada por uma estação balneária. Descobre que as águas são contaminadas pelo esgoto de um curtume e tenta levar a notícia à imprensa, com base num laudo técnico. Seu irmão, prefeito, consegue evitar a publicação e lança um desmentido, para evitar que a cidade fosse prejudicada pela fuga dos turistas.

Stockmann convoca então uma reunião para apresentar os fatos, mas é impedido de falar por uma aliança entre o prefeito, jornalistas e representantes dos pequenos empresários. Passa a vituperar contra a “massa amorfa” de cidadãos.

“A maioria nunca tem razão! Esta é a maior mentira social que já se disse!”, diz aos brados.

“Quem constitui a maioria dos habitantes de um país? Pessoas inteligentes ou imbecis? (…) Os imbecis formam maioria esmagadora. É motivo suficiente para que mandem nos demais.”

A revolta popular é tão grande que Stockmann é declarado “inimigo do povo”. Perde o emprego, sua casa é apedrejada, é despejado, seus filhos são expulsos da aula, sua filha mais velha é também demitida da escola onde lecionava. Nem sair do país ele consegue, pois o capitão que lhe garantira lugar num navio também é demitido".

Hélio Gurovitz prossegue:

"Ao longo dos anos, Stockmann se tornou um símbolo. Contra tudo e contra todos, mantém suas convicções na defesa da verdade. É um herói que alerta sozinho para o desastre iminente e, embora certo desde o início, é rejeitado e enxovalhado, como a Cassandra da mitologia grega.

Foi essa imagem que garantiu o sucesso da peça, encenada na França no final do século XIX, onde o capitão Alfred Dreyfus era injustamente acusado de traição. Nos anos 1970, Ibsen inspirou o filme Tubarão, de Steven Spielberg, em que um cientista fracassa ao tentar alertar os turistas de uma praia sobre os riscos de entrar no mar – até que é tarde demais.

Nos dias de hoje, Stockmann é evocado como um representante da ciência, a enfrentar a ignorância de massas arrebanhadas pelas redes sociais ou influenciadas por interesses políticos, econômicos e religiosos, que negam a influência do homem nas mudanças climáticas, a eficácia das vacinas, a evolução darwinista das espécies e outras verdades científicas".

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Mensagem N°82391
De: Manoel Hygino Data: Terça 16/5/2017 06:10:48
Cidade: Belo Horizonte

Os honorários advocatícios

Manoel Hygino

Os recentes acontecimentos no Brasil nos lançam de volta aos anos finais do século XVIII. A comparação dos fatos se torna mais fácil se examinarmos o texto recentemente lançado de “Pela Liberdade ainda que Tardia”, de Agildo Monteiro Cavalcanti, pela Editora Café, de Belém (PA). O subtítulo “O trágico e o humor se unem nas páginas da Inconfidência Mineira”, até certo ponto, confirmado pela leitura.
Agildo propõe, corajosamente, responder alguns quesitos-chaves: “Tiradentes e o poeta Tomás Antônio Gonzaga tiveram advogados? Qual era o nome? Quem pagou os honorários ao causídico que fez a defesa dos conjurados? Qual o valor que o advogado recebeu para fazer a defesa dos conjurados? O que dava para comprar,à época, como os referidos honorários? Quantos padres foram presos e processados? A Inconfidência Mineira aconteceu pelo ouro do Brasil. Em que data o ouro brasileiro, pela primeira vez, foi para Portugal? Qual a participação dos paraenses e dos cariocas na Inconfidência Mineira?”.
O autor acredita que, com essas e outras perguntas e respectivas respostas, o leitor se surpreenderá ao concluir a leitura do livro, com menos de trezentas páginas, editado na Coleção Conhecer, da casa editora mencionada. A publicação é dedicada ao causídico José de Oliveira Fagundes, advogado de Tiradentes e do poeta Gonzaga.
O livro tem prefácio do professor e jurista Zeno Veloso, que ressalta o fato de Agildo chamar de Conjuração Nacional, a Inconfidência, nutrindo-se em fontes reveladoras de que “o movimento revolucionário não ficou limitado às comarcas mineiras”. Para Agildo, “é entendimento lamentável dizer que a Conjuração Nacional é inexpressiva, porque não houve efetiva revolução libertária. Se de um lado não houve derramamento de sangue, primeiro com Tiradentes, enforcado e esquartejado, figuras eminentes foram presas e desterradas de suas bases, enquanto outros morreram dentro do cárcere”.
“O prefaciador ressalta que Joaquim José (que acaba, mais uma vez, de chegar ao cinema) por sua trajetória heróica, honesta, idealista e corajosa”, fez sua figura humana invulgar em toda a dimensão”. Enforcado em 21 de abril de 1792, aos 44 anos de idade, faltavam poucos dias para completar três anos de prisão, sem tomar sol, em ambiente úmido, ignorando se era dia ou noite.
Caberia ainda especular quanto receberão, no século atual, os defensores dos denunciados ou acusados nos processos da ‘Lava Jato’. São profissionais da mais alta expressão no campo jurídico e no fórum.
E os réus de 1792? Tiradentes e demais conjurados poderiam pagar os honorários. Mas seus bens estavam confiscados, e eles tinham perdido ganhos e empregados. Então, a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro assumiu o encargo e contratou Fagundes por 200 mil réis. Bom preço, justo? A vida em Vila Rica era muito cara. Uma galinha que custava 100 réis em São Paulo, chegava a 4 mil na antiga capital de Minas. Com o dinheiro dos honorários, o defensor dos conjurados poderia comprar cinquenta galinhas ou, se carne vermelha, adquiriria apena um boi de corte e metade de um outro.
Advirta-se: a Santa Casa do Rio de Janeiro só pagou o advogado um ano depois do enforcamento de Tiradentes: em 21 de abril de 1793, portanto.

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Mensagem N°82390
De: Manoel Hygino Data: Segunda 15/5/2017 07:50:28
Cidade: Belo Horizonte

Por quem os sinos dobram

Manoel Hygino

A frase se celebrizou e Hemingway a transformou em título para um dos seus mais belos – e densos – romances. “Por quem os sinos dobram”, levado ao cinema com sucesso. Mas, o escritor Emanuel Medeiros Vieira, nascido em Santa Catarina e residente em Salvador, explica: a frase teve berço em versos de John Donne.
Ouvindo sempre “Hallelujah”, de Leonardo Cohen, ele dedica os três versos às crianças da Síria: “nenhum homem é uma ilha isolada(...)/ por isso não perguntes por quem os /sinos dobram: eles dobram por ti”.
A afirmação não se perdeu no tempo, como uma infinidade de outras. Antigório, John Donne nasceu em1572 e faleceu em 1631, séculos decorreram, mas os homens continuam matando homens, não bastam aves e pássaros.
Para o autor catarinense, “é a lógica da guerra, é a essência do poder: é justo matar os inimigos. É injusto matar os nossos. É claro: não há mais tempo pra ingenuidades. A estrutura que domina o mundo é poder, dinheiro, tráfico de armas etc. E com a ascensão de grupos fundamentalistas, da extrema-direita, do terrorismo em todo o mundo, essa perversa lógica mercadológica vai prevalecer”.
Emanuel pergunta e nós fazemos coro: “Como continuar? Apenas palavras. Eu sei somente palavras. Ma é o que me resta”. E elas não são senão o que o dicionário registra. “O velho Shakespeare, que faleceu há quatrocentos anos e quase mais um, reclamava da sua desimportância no meio de uma sociedade que quer apenas e quase sempre o poder: palavras, palavras, palavras, repetia Hamlet”.
No raciocínio de Medeiros Viana, a barbárie e a crueldade extrema, que são o uso de armas químicas, não são fatos novos na história do mundo. Eu sei, é a institucionalização da barbárie.
Sem concordar inteiramente com o escritor, que julga “a ONU um fantoche dos interesses imperialistas – de que lado for”, inclino-me à evidência: a organização não consegue vencer a crueldade que existe. Esta parece intrínseca ao homem, que não aprendeu a sentir os males horríveis que dissemina em torno de si e para sempre.
É profundamente triste tecer estas considerações em maio, mês das noivas, do Dia das Mães, das celebrações cristãs nas igrejas e capelinhas do interior brasileiro, em que as meninas, vestidas de belos trajes brancos, cantam à Virgem que gerou Jesus.
Enquanto acontecem aqui cerimônias tão simples e belas, o mundo se engalfinha em graves embates que deixam milhões de mortos, estigmatizados, órfãos, deserdados, multidões que buscavam salvar-se em outros pedaços do planeta, perdendo a vida nas fronteiras oceânicas, ou cercadas de arame farpado ou muros.
Não se permite que o homem procure o caminho do bem-viver, da felicidade. As nações que detêm poder não medem a sua própria indiferença em causas de males irremediáveis. Os americanos foram perversos em muitas partes do mundo, inclusive com uso do napalm no Vietnã para destruir aldeias, eliminado civis inocentes, embora outros povos o fizeram antes e ainda fazem.
Repito Emanuel: “Por quem os sinos dobram?” Dobram pelos refugiados – que a extrema-direita mundial coloca como o primeiro inimigo. Só falta os fascistas proclamarem: “mate os seus vizinhos”.
Por quem os sinos dobram? Dobram por todas as crianças do mundo, abandonadas, órfãs, perdidas nos oceanos, ignoradas pelo mundo. Dobram pelos humanistas “o uso de armas químicas é proibido pela
Convenção de Genebra desde 1925. Mas qual nação liga para dar convenções?”.

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Mensagem N°82389
De: Alberto Sena Data: Domingo 14/5/2017 09:54:07
Cidade: Grão Mogol

Carta para minha mãe Elvira

Alberto Sena

Mãe. Oh, mãe, a sua partida faz 32 anos. Foi no dia dedicado às Mães. Sei muito bem mãe, ninguém vai embora antes da hora. Mas choro. Choro, não de dor, mas de emoção porque, afinal, tenho coração sensível, e por mais incrível possa parecer, não lamento a sua partida, tenho siso, herança sua. O Brasil e o mundo como estão, em turbulência, a senhora teria dificuldades para aceitá-los, aos 105 anos de idade, se conosco ainda estivesse. Sei, a senhora está bem. E isto é o mais importante. Seria uma demonstração de egoísmo de minha parte querer a sua presença física se eu posso rever, de olhos fechados, e o coração aos borbotões, as lembranças boas dos nossos tempos vividos. Prefiro me realimentar de recordações. Elementar seria não praticar os seus ensinamentos e os exemplos de mulher vibrante, firme, enérgica, de coração transbordante de alegria. Neste momento terno, eterno, me recordo, com emoção, de quando, junto ao fogão a lenha, enquanto fazia o almoço, eu ainda criança ouvia, para o meu encanto, o seu canto: “Índia teus cabelos nos ombros caídos/ Negros como a noite que não tem luar/ Teus lábios de rosa para mim sorrindo/ E a doce meiguice deste teu olhar/... Não se sinta incomodada comigo. Com nenhum dos irmãos. Aqui, neste plano de vida, estamos bem – todos os seus filhos vivos. Cada um com as suas particularidades, como bem a senhora sabe, melhor do que eu. Como se diz por aqui, “mãe é mãe”. Conhece as dificuldades e as alegrias só de olhar o semblante de cada um dos filhos e filhas. No meu caso particular, oh mãe, mantenho íntegro o espírito de criança, e é este mesmo espírito de criança que neste momento dança entre as nossas lembranças. Agradeço a Deus por ter nascido filho seu. E agradeço-lhe por ser a minha mãe querida. Peço-lhe licença, neste momento sublime, o coração transbordando em lágrimas, para terminar esta carta cantando para a senhora a composição de José Marcelo de Andrade, que tanto lhe agradava, eternizada pela cantora lírica Maria Lúcia Godoy: “Elvira escuta os meus gemidos/ Que aos teus ouvidos irão chegar/...”

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Mensagem N°82388
De: Milton Data: Sábado 13/5/2017 12:40:18
Cidade: M. Claros

No capítulo da poluição sonora em M. Claros, o aviãozinho branco vai escrevendo sua participação já há mais de um mês, molestando a todos, mas sem ser molestado. Agora mesmo, ele se exibe no céu azul de maio. A novidade é que baixou de altura. Antes, o som era razoavelmente abafado pelo ruído do avião e pela altura do vôo. Agora, propaganda e barulho do motor estão mais intensos. Sofrem também os animais, que correm espavoridos da zoeira, sem saber de onde mesmo ela vem.. E a qualidade de vida de todos desce mais um degrau.

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Mensagem N°82387
De: Tiago Viana Data: Sexta 12/5/2017 15:24:25
Cidade: Montes Claros / MG

Este novo (e irritante) procedimento de propaganda por meio de avião a plainar com alto som pelo centro de Montes Claros viola o dever de silêncio que vigora na região hospitalar. Cadê as autoridades?

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Mensagem N°82386
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 13/5/2017 08:32:10
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

As dores que devemos sentir

* Marcelo Eduardo Freitas

Dia desses, deparei-me com meu filho no interior do seu quarto, chorando aquilo que seria a sua primeira decepção amorosa. A mãe, toda preocupada, instava a todo momento: “Vai lá e conversa com ele”. Mãe, quando vê filho ameaçado, vira “bicho”. Contudo, ainda que sentida, a recusa se fez necessária. Afinal, há dores que devemos realmente sentir para melhor compreender cada passo a ser dado na história da vida. Era preciso, assim, que meu filho chorasse!

O polêmico filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmava que “a todos com quem realmente me importo, desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, o profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados”. Não sem razão, ele acreditava que o sofrimento e a dor são absolutamente normais. O homem para conquistar o que almeja, destarte, deve passar pela luta e pelo padecimento. O fracasso e a angústia são importantes para a obtenção da felicidade e do sucesso.

Caro leitor, quem nunca se deparou com situações sofridas? Quem nunca sentiu a dor da perda? Quem nunca sofreu com um amor partido? Quem não derramou lágrimas no mar da vida? Quem não passou por dissabores? Quem nunca perdeu um emprego? Quem não conhece alguém com um casamento que mal começou e já terminou? Uma amizade que acabou com traição? Tudo vai deixando sinais, marcas profundas, cicatrizes no coração. Contudo, é preciso reconhecer: sempre há tempo para aprendermos!

Algumas dores, assim, são necessárias para nosso engrandecimento. Certas coisas acontecem com um porquê. Você sofre hoje e amanhã é feliz. A vida, amigo, segue tal qual o mar, com dias de tempestade e dias de bonança. Dias ruins nos ensinam que os dias bons merecem ser comemorados. Precisamos, desta maneira, trabalhar as dores da alma, para que sirvam somente como aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos. É preciso, por conseguinte, reaprendermos que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos, não importam os erros.

Elie Wiesel, escritor judeu, sobrevivente dos campos de concentração nazistas, que recebeu o Nobel da Paz de 1986, foi condenado a padecer no mundo tenebroso que o nacionalismo alemão criou. Sua angústia foi extremamente profunda. Reza a lenda que Wiesel só aceitou publicar a sua autobiografia depois de permanecer mais de dez anos em silêncio: “Ele não queria que o rancor contaminasse sua versão sobre o holocausto”!

No livro Night - “Noite” -, publicado em 1955, Wiesel relata, não sem dor, sobre as agruras do campo de concentração, sem, no entanto, esconder a sua crise de fé. A execução de dois adultos e uma criança, numa tarde sombria de imolação, o machucaram profundamente. No momento mais dramático e dolorido do livro, Wiesel descreve a história de três judeus que foram amarrados em pé, em cima de cadeiras. Os três pescoços, colocados no mesmo momento dentro das cordas da forca. Em relato agoniante, Wiesel continua:

“Vida longa à liberdade, gritaram os dois adultos.

A criança continuou silenciosa.

Onde está Deus? Onde está ele, alguém perguntou atrás de mim.

Ao sinal do chefe do campo, as três cadeiras tombaram.

Total silêncio atravessou o campo. Sobre o horizonte, o sol se punha.

Então o desfile começou. Os dois adultos não estavam mais vivos. Suas línguas inchadas penduradas, tingidas de azul. Mas a terceira corda continuava se movendo; sendo tão leve, a criança continuava viva…

Por mais meia hora ele continuou lá, lutando entre a vida e a morte, morrendo em lenta agonia sob nossos olhos. E nós tivemos que olhá-lo de cheio em sua face.

Ele ainda estava vivo quando passei em frente dele. Sua língua continuava vermelha, seus olhos ainda não estavam vidrados.

Atrás de mim, escutei o mesmo homem perguntando:

Onde está Deus agora? Onde está Ele?

Aqui está Ele! Ele está pendurado aqui na forca…

Naquela noite a sopa tinha gosto de cadáveres”.

A compreensão científica não é necessária para afirmar a existência de Deus e onde Ele habita. Se posso intuir, creio que Ele ergueu seu tabernáculo perto do oprimido, nunca com o opressor. Deus acolhe o proscrito, jamais o poderoso. É amigo do injustiçado, não do injusto. Deus estava com o menino enforcado, não com o nazista que o matava. Sempre que a minha sopa tem gosto de cadáveres, a sopa de Deus também tem. Que possamos encontrar na dor motivos para aprender e crescer! O mandamento mais simples que cada pessoa pode cumprir é agradecer! Sejamos gratos, ainda que as dores, por um instante, pareçam intransponíveis!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°82385
De: Alberto Sena Data: Sábado 13/5/2017 08:19:11
Cidade: Grão Mogol

Nicomedes, craque dos pés à cabeça

Alberto Sena

Que Nicomedes de Almeida Teixeira me desculpe, mas só há pouco tempo soube, além de zagueiro do Ateneu, meu clube do coração – Cassimiro de Abreu e Ipê – ele se tornara professor de Literatura Portuguesa e Francesa. E, por via de consequência, tornou-se escritor poeta, tendo escrevinhado o livro de crônicas e poemas intitulado “Sentimentos Paradoxais”, que, com muito gosto, acabei de ler. É que saí de Montes Claros faz tempo. Embora tenha retornado várias vezes, mais para “buscar fogo”, como se diz, sem querer perdi contatos no decorrer de mais de 40 anos. E, de certo modo, perdi também a relação com os acontecimentos do dia a dia da nossa terra montesclarina.
Depois de ler o livro pude concluir, ele não só sabia usar os pés com maestria como também a cabeça. Afinal, a fase de jogador de futebol é efêmera, muito mais do que a própria vida. Ao contrário de vários craques, que após pendurarem as chuteiras ficaram a ver navios, sem saber fazer outra coisa para sobreviver, Nicomedes praticou a sua melhor defesa ao marcar o gol de cabeça mergulhado no magistério para lecionar línguas Portuguesa, Francesa e Literatura.
O livro dele é marcante. Por demais interessante, entremeado de experiências como professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Enquanto lia as crônicas e os poemas, imaginava, se aluno dele fosse, a essa altura estaria lhe cantando loas pelos exemplos de vida inseridos nas linhas e nas entrelinhas de suas crônicas e poemas publicados no Jornal de Notícias, de Montes Claros. Modesto, ele, segundo consta do prefácio escrito pelo jornalista Jorge Silveira, “Sentimentos Paradoxais” seria filho único e isso me fez lembrar o dizer do escritor mexicano, Juan Rulfo, autor de “Pedro Páramo e o Planalto em Chamas”, clássico latino-americano.
Rulfo respondeu ao lhe perguntarem, 30 anos depois de escrever o seu único livro, por que não fez outros: “Não quero cansar as máquinas impressoras”, disse. Quero acreditar não ser de fato essa a pretensão de Nicomedes. Ele tem tudo para brindar os leitores com outros livros. Tanto de crônicas e poemas como romance. Afinal de contas, há uma Helena ao lado dele. Ela, que também é Maria, a exemplo da mãe de Jesus poderá inspirá-lo a transformar a experiência dele não em vinho, mas em literatura, de modo a embriagá-lo de entusiasmo para continuar o que começou bem.
As crônicas dele são eivadas de humor e este é um dos ingredientes primordiais para quem gosta de ler. Afinal, do contrário bastam às durezas da vida a nós impostas não por designo divino, mas pelos homens travestidos de políticos a envergonharem a Nação, em todas as esferas de governos, do federal passando pelos estaduais aos municipais.
“Sentimentos Paradoxais”, em verdade, é um livro que denuncia toda a sensibilidade do autor. Ele soube destrinchar, com leveza e amor, expressões e idéias de autores renomados, como Vinicius de Morais, só para citar um.
O livro é dividido em crônicas e poemas. Com sua verve poética, Nicó, como é chamado na intimidade, por intermédio da sua Helena, quatro filhas e a neta Luísa enaltece as mulheres, como fazia Vinicius, autor do clássico da Música Popular Brasileira (MPB), “Garota de Ipanema” e tantas outras músicas-poemas de repercussão internacional.
Em resumo, o livro dele é um exemplo de publicação bem humorada. Serve de lume para gregos e troianos nortearem a caminhada por esse planeta maravilhoso, que uma meia dúzia de energúmenos insiste em torná-lo obscuro como se o inferno fosse aqui. Ele foi mestre com a bola nos pés e também com a cabeça, enquanto perdurou sua passagem pelo magistério. Por isso posso felicitar os estudantes que puderam beber das águas de Nicó.

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Mensagem N°82384
De: Manoel Hygino Data: Sábado 13/5/2017 07:47:20
Cidade: Montes Claros

Logo, em nível internacional

Manoel Hygino

Estamos no fundo do poço, se é que alguém mediu sua profundidade? Eis a questão. Quem toma conhecimento dos fatos divulgados pelos meios de comunicação se assusta – não mais se surpreende – com o que aconteceu nos tempos mais recentes de nossa pobre/rica República. Ninguém, em sã consciência, admitiria que chegássemos ao ponto da vulnerabilidade que atingimos, acompanhados com preocupação pelas nações de todo o mundo, com as quais convivemos.
O que perdemos em credibilidade é inimaginável, embora haja muito a percorrer nesta quase incrível descida pelo plano inclinado em que nos achamos. Não se permitirá mais ignorar que se trata de fatos reais, não de um pesadelo em inquietante noite. A partir de agora serão investigadas as denúncias já formalizadas judicialmente, ou que venham a sê-lo, sendo imprescindível que elas se façam de maneira clara e lúcida, com espírito público e patriotismo.
Não se trata apenas do que aconteceu em âmbito estritamente interno, se é que, no conserto das nações globalizadas, há algo que foge à atenção do mundo civilizado. Dentro em pouco, e já há prenúncios, as manchetes alcançarão o âmago dos noticiários internacionais, de maneira crua e cristalina.
Estamos ingressando rapidamente no rol dos acontecimentos em escala extra-nacional. Lembro que houve numerosas negociações, como não poderia deixar de ser, com outros países, ainda não de inteiro conhecimento do cidadão. Há dúvidas e inquirições. Em Angola, por exemplo, o presidente José Eduardo dos Santos, é acusado de banditismo, com ajuda de grandes empresas, inclusive a brasileira Odebrecht. O chefe do Executivo do país africano, há 37 anos no poder, é criticado reiteradamente. Ponderável parcela das obras de infraestrutura ali executadas ou em execução poderá ser investigada.
Angola é apenas um no extenso rol das nações que exigem apuração de negociações, executadas por Luanda com apoio de Brasília.
Um blog angolano, um dos principais críticos às práticas políticas do presidente daquele país, considera que devem ser investigadas nossas construtoras. Rafael Marques, fundador do blog, é peremptório: “O Brasil sempre foi visto entre nós como um poder legitimador da corrupção em Angola, isto é, do regime totalitário de José Eduardo dos Santos”.
Disse mais: “O comportamento da diplomacia brasileira sempre foi o mesmo nos diferentes governos no Brasil, da ditadura até agora. Houve certamente um crescimento das linhas de crédito desde o governo Lula, mas foi o período de maior crescimento econômico no Brasil e do aumento da riqueza em Angola por causa do petróleo”.
A ONG se achou no dever de justificar-se: “Temos que criar uma relação melhor, que não seja monopólio da Odebrecht e de um poder ditatorial. Há muito que o Brasil pode contribuir com Angola e vice-versa. Esses laços devem ser reforçados com benefícios mútuos, deixando de ser apenas uma relação de saque dos recursos angolanos por parte das empresas brasileiras que servem apenas para legitimar os crimes de um governo autoritário”.

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Mensagem N°82383
De: Polícia Militar Data: Sexta 12/5/2017 16:39:58
Cidade: M. Claros

A Polícia Militar prendeu, à 01h07 de hoje, 12Mai, dois homens por suspeita de envolvimento em um roubo consumado de motocicleta ocorrido à av. Principal, no bairro Raul José Pereira. Na madrugada de hoje, 12Mai, compareceu à sede de uma Companhia de Polícia Militar a vítima, uma mulher de 22 anos, relatando que transitava pelo referido endereço, com uma amiga em sua garupa, em uma motocicleta HONDA Bros, de cor vermelha, quando foi abordada por 02 infratores que estavam em uma motocicleta HONDA FAN, de cor preta, exigindo que ela parasse e descesse do seu veículo. Assim que a vítima parou, o garupa agiu com violência, a puxou pelos cabelos e a derrubou ao chão, levando a motocicleta, enquanto o piloto dava cobertura. A vítima conseguiu gravar a placa da moto do infrator. De posse das informações, iniciou-se o rastreamento tendo os militares logrado êxito na localização de (...), de 27 anos e (...)., de 19 anos em uma residência à av. Coronel Luiz Maia, no bairro Cintra. No local foram encontradas a motocicleta utilizada no crime, a motocicleta roubada da vítima, bem como os documentos e pertences pessoais dela subtraídos. Diante dos fatos, os infratores foram presos e encaminhados à delegacia, junto aos veículos e demais materiais recuperados.

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Mensagem N°82382
De: Hoje em Dia Data: Sexta 12/5/2017 09:35:10
Cidade: Belo Horizonte

Em plena revolução... a de 1930

Manoel Hygino

O volume descreve a luta entre os soldados do antigo 12 RI, Décimo Segundo Regimento de Infantaria do Exército, em 1930. Resume e detalha episódios que marcaram outubro daquele ano, em Belo Horizonte. “A Odisséia do 12º Regimento” é um relato que deve ser lido até porque há fatos ainda hoje – decorridos mais de oitenta anos – não suficientemente esclarecidos. Em termos de tempo, ainda estamos bem perto dos acontecimentos que marcaram mais de uma geração.
O texto central foi redigido pelo capitão Josué Justiniano Freire, que viveu a tragédia dos componentes do Regimento, desde 3 de outubro, quando eclodiu a revolução. A edição, que tenho em mão, se deve a João de Souza Armani, idealizador da Associação dos Reservistas do Brasil, AREB, e seu presidente desde 2000.
A entidade participa anualmente dos desfiles do Dia da Independência e se incumbiu de programar a tiragem ora comentada, inclusive à guisa de homenagem ao capitão Justiniano, oficial presente no quartel durante o cerco que lhe moveu a Força Pública do Estado.
Com adendos, o livro focaliza um momento difícil para o país, concluindo com a deposição do presidente Washington Luís e com a ascensão de Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul, à chefia dos destinos nacionais.
Eis uma época de efervescência que culminou na eclosão do movimento revolucionário. Era a Aliança Liberal contra o estabelecido e a contestada eleição de Júlio Prestes à sucessão. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, que indicara seu presidente, João Pessoa, à vice-presidência da República, opuseram-se ao resultado das urnas. O centro mais acirrado da reação armada foi Belo Horizonte. Os detalhes são descritos em pormenores neste livro, que pode ganhar mais dimensões, à medida que novas informações forem colhidas.
No que está até aqui, há a descrição minuciosa do que se apurou, a prisão de oficiais que se encontravam em suas casas em 3 de outubro, seus nomes, onde residiam, como foram detidos e para onde e como foram transportados, inclusive o comandante do Regimento, Cel. Joaquim José de Andrade.
Também se conhecerá a importância fundamental de Cristiano Machado, secretário do Interior de Minas e coordenador das operações. Identificam-se oficiais do Regimento, e o sacrifício do tenente Rui, na defesa do quartel, transformado em alvo principal da Força Pública. O tenente empresta, hoje, seu nome à rua Brito Melo, nas proximidades do centro dos acontecimentos.
Para vencer a resistência do Regimento, chega-se a cortar a energia elétrica e a envenenar a água com creolina. O mau cheiro emanado do quartel pela decomposição dos corpos dos animais mortos nos ataques da Força Pública, principalmente cavalos, chegava longe.
A população próxima sentia tudo e temia as rajadas de tiros que faziam a cidade tremer. Em hora grave, entre os oficiais que morreram, o major Bragança, cujo mistério de execução jamais foi desvendado e divulgado. De todo modo, o volume merece ser lido.

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Mensagem N°82381
De: Manoel Hygino Data: Quinta 11/5/2017 18:41:38
Cidade: BH

Uma tragédia centenária

Manoel Hygino

Na sessão da última quinta-feira de abril da Academia Mineira de Letras, o secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo, de privilegiada e invejável memória, comentou comigo aproximar-se o centenário da morte da família real russa. Pouco, aliás, se tem ouvido sobre a própria Revolução de 1917, mas falta menos de um ano para o fim dos Românov. Transportada através do imenso país até os Urais, ela se instalou na cidade de Ekatarinburgo, na casa Ipatiev, de dois andares, confortável e ampla.

A revolução durou de 1917 a 1920, encerrando a monarquia absoluta de Nicolau II e deixando 6 milhões de mortos, vítimas de massacres, fome e epidemia. Entre as vítimas, aliás, a própria família real – o soberano, a czarina Alexandra e os cinco filhos (quatro mulheres e o caçula, herdeiro do trono), assassinados na madrugada de 17 de julho de 1918, após confinados 78 dias.

Robert K. Massie, que estudou a fundo o tema, descreve os derradeiros momentos: “era meia-noite quando Yakov Yurovsky, líder dos executores, subiu as escadas para acordar a família. Justificou a invasão, afirmando que era preciso remover todos para o porão, por causa do risco de serem atingidos por tiros disparados da rua. Em 40 minutos, Nicolau, 50 anos; Alexandra, 46; o filho Alex, 13 e as filhas – Olga, 22; Tatiana, 21; Marie, 19; e Anastasia, 17; arrumaram-se. Aléxis, que era hemofílico, estava debilitado e precisou ser carregado pelo pai. Um médico, amigo do czar, que estava retido na casa, e mais dois empregados, também foram obrigados a acompanhá-los”.

O grupo desce ao porão. O líder determina que todos fiquem lado a lado para uma foto. Com isso, provaria em Moscou que os reféns não tinham fugido. Em vez de um fotógrafo, onze homens armados entram no local. Faz-se a sentença de morte e o pelotão começa a atirar.

Depois do fuzilamento, só fumaça, o cheiro de pólvora e um rio de sangue. Um pequeno gemido e um movimento. O rapazola, herdeiro do trono, ainda nos braços do pai, moveu fracamente a mão para segurar-lhe o casaco. Um dos atiradores deu um pontapé na cabeça de czarevevith. Yurovsky avança e dispara dois tiros no ouvido do menino. Anastasia,que apenas desmaiara, recupera a consciência e grita. Todo o grupo se volta para ela com baionetas e coronhas de espingardas. Estava terminado.

Nicolau levara um tiro de revólver na cabeça e morrera instantaneamente. Alexandra só teve tempo de erguer a mão e benzer-se. O médico Botkin cai, morto. A criada Demidova resistiu à primeira descarga, mas foi trespassada por baionetas. O corpo de Trupp, empregado da família, estava também lá. Não havia dó ou piedade. O cãozinho Jimmy, um spaniel levou uma coronhada, que lhe esmigalhou o crânio.

Os corpos foram embrulhados em lençóis e colocados num caminhão. Antes da madrugada, o veículo chegou ao local previamente escolhido, o bosque “Quatro Irmãos”. Começa o desmembramento dos corpos. O que restava era dissolvido em ácido sulfúrico, alguns ossos queimados.

O Inquérito Judiciário sobre o assassinato foi realizado por Nicolas Sokoloff, juiz de Instrução do Tribunal de Omsk, publicado em Paris, em 1924 documento sobre a tragédia de Ekaterinburgo, com plantas e 83 fotografias inéditas. Tenho um exemplar da época. Em menos de um ano, será o primeiro centenário da tragédia.

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Mensagem N°82380
De: Observador Data: Quinta 11/5/2017 17:15:11
Cidade: Moc/MG

Para não nos esquecermos dos tremores, informo que em 04/5/2017 houve mais um em Moc, sobre o qual nada se disse, embora de baixa intensidade, conforme dados abaixo, extraidos do site do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília:

Localidade
Montes Claros, MG
Data (UTC)
04/05/2017 às 20:06:48
Latitude (°)
-16.72
Longitude (°)
-43.84
Profundidade (Km)
0
Magnitude
2 mR

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Mensagem N°82379
De: Polícia Militar Data: Quinta 11/5/2017 09:48:10
Cidade: Montes Claros

(...) A Polícia Militar ontem, 10, por volta das 23h11min, compareceu na rua Oito, bairro Barcelona Park, nesta cidade, em atendimento a ocorrência de perturbação de sossego; no local o indivíduo (...), foi abordado, advertido e orientado, vindo este a baixar o volume do som; por volta das 23h40min, a PM foi novamente acionada a comparecer no local, onde, segundo a solicitante, uma mulher de 41 anos, alegando que o barulho do som teria aumentado, solicitando o registro do boletim de ocorrência e providências. Diante dos fatos, foi acionada a patrulha do Meio Ambiente que compareceu ao local e, a partir da casa da solicitante, aferiu as medições da pressão sonora, constatando níveis de som, conforme laudo de aferição, acima do permitido. Realizado novo contato na residência de (...), local onde ocorria uma festa de aniversário, observaram o veículo Fiat Pálio, cor prata, (...), com a tampa do porta-malas levantado, com o som ligado em alto volume. No momento da abordagem, ainda no portão da residência, o indivíduo se exaltou quando foi informado da prática do crime de poluição sonora e as providências que seriam adotadas, não permitindo a entrada na residência, alegando que não aceitaria apreender o veículo. Neste momento, os frequentadores do evento passaram a hostilizar a ação policial, obstruindo a prisão do autor e apreensão do veículo, tentando fechar o portão; ao ser efetuada a sua prisão, vários frequentadores do evento, com visíveis sintomas de embriagues, partiu em direção aos policiais na tentativa de obstruir a prisão, momento em que o indivíduo, identificado como (...) golpeou 01 (um) dos policiais, integrante da patrulha ambiental, com 01 (uma) garrafa de cerveja, de 300 ml, na cabeça, ocasionando-lhe 01 (uma) lesão, tendo o autor tentado evadir, adentrando ao imóvel, sendo perseguido e, apesar da hostilidade dos frequentadores, na tentativa de arrebatá-lo. Preso. No local foi preso ainda o indivíduo (...), por tentar, a todo momento, obstruir a prisão dos autores. O PM agredido foi conduzido ao HPS onde foi atendido, medicado e liberado. Os autores foram conduzidos a DP. Montes Claros/MG, 11 de maio de 2017. Assessoria de Comunicação Organizacional da 11ª RPM.

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Mensagem N°82378
De: Alves Data: Quarta 10/5/2017 17:55:23
Cidade: M. Claros

Já há cerca de 20 minutos irrompeu a Lua Cheia nos céus de Montes Claros. Trouxe consigo um dos poemas mais famosos de Minas:

SERENATA

Augusto de Lima (1859/1934)

Plenilúnio de maio em montanhas de Minas!
canta, ao longe, uma flauta e o violoncelo chora.
Perfuma-se o luar nas flores das campinas.
sutiliza-se o aroma em languidez sonora.

Ao doce encantamento azul das cavatinas,
nessas noites de luz mais belas do que a aurora,
as errantes visões das almas peregrinas
vão voando a cantar pela amplidão afora...

E chora o violoncelo e a flauta, ao longe, canta.
Das montanhas, cantando, a névoa se levanta,
banhada de luar, de sonhos, de harmonia.

Com profano rumor, porém, desponta o dia,
e na última porção de névoa transparente
a flauta e o violoncelo expiram lentamente.

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Mensagem N°82377
De: Alberto Sena Data: Quarta 10/5/2017 08:20:20
Cidade: Grão Mogol

Agostinho, era este o nome dele

Alberto Sena

O nome dele era Agostinho. Digo “era” porque não acredito estar ele ainda vivo a essa altura da caminhada da Humanidade. Tinha os pés dobrados para dentro. Mantinha-se em pé sobre os tornozelos. Os pés pequenos tinham a sola franzida e os dedos embolados, deformados. Além disso, Agostinho era mudo, comunicava-se por sinais. Apesar de tudo, ele conseguia manter ares de quem tinha alegria de viver. Ria muito. Tinha riso para todo tipo de gente.
Agostinho morava no Asilo São Vicente de Paulo, na Rua General Carneiro, esquina de Rua Doutor Veloso, em Montes Claros. A época era início da década de 60. Éramos todos adolescentes. Posso citar, aqui, nomes de amigos com os quais convivi na época. Todos irão se lembrar do indigitado: os irmãos Felipe, João Carlos e Ricardo Gabrich; e os irmãos Roberto e Ronaldo Lima, Roxxim.
O cenário era o campo de futebol da equipe do União. A entrada do campo pela Rua Corrêa Machado e os fundos davam para os fundos do Asilo São Vicente de Paulo. Para Agostinho bastava saltar o muro do asilo e estava dentro do campo. Nessa época, o campo já passava por processo de desativação e nós nos arvorávamos donos do pedaço. Passávamos o dia inteiro nele. Jogávamos futebol e tampa de “cera Parquetina”.
Nas primeiras vezes, Agostinho chegava ressabiado e ficava nos espiando disputar partidas de duplas. Quem ganhasse disputava com outra dupla, e assim por diante. Pedras facilmente encontradas e colocadas quatro passadas distante uma da outra demarcavam os gols. A dupla adversária ficava uns 20 metros distantes. A brincadeira era chutar para o gol adversário e se houvesse rebate, saía-se para os dribles e o chute final. Era muito divertida a brincadeira.
De tanto Agostinho ficar “urubuservando” nossas disputas, nós o chamamos a participar e ele logo demonstrou aptidão para goleiro. Mesmo tendo os pés para dentro e pisando sobre o que seriam os tornozelos, ele tinha impulsão e nenhum receio de saltar para defender as bolas. Fazia cada ponte! Não demorou e a toda mão ele era escolhido para jogar. Criou-se, então, entre nós e Agostinho um lastro de amizade. E como dentro do asilo havia pomar, sempre ele estava trazendo alguma fruta para nós, certamente para demonstrar gratidão.
Foi bom mesmo o tempo vivido ali no campo. Mas a partir de quando foi loteado e urbanizado, tudo mudou. Não sei o fim tomado por Agostinho. Um dos amigos citados talvez saiba o que lhe aconteceu. Éramos adolescentes na época e as responsabilidades surgiram. A corrida era outra na tarefa de ocupar delas. Ficaram as lembranças. Neste instante, ao fazer os registros, revejo o semblante de Agostinho e ouço as risadas dele, banguela. Ele e nós éramos felizes e sabíamos.
O tempo voou. Muita coisa mudou. Nem podia ser diferente. Fui para Beagá, em 1972, e só voltei ao asilo, em 1985, quando minha mãe, Elvira, faleceu. O velório dela foi próximo ao altar da igreja do asilo. O bispo Dom Geraldo celebrou a missa de corpo presente. Em vida, ela frequentou incontáveis vezes a igreja do asilo. Mãe era fervorosa. Várias vezes, eu menino testemunhei a relação dela com Deus. Fazia orações, e o pedido dela era atendido.
No ano passado, por mera curiosidade, fui rever o lugar onde morávamos, na Rua Corrêa Machado, 238. A casa antiga não existia mais. Quem não tivesse a informação nunca saberia ter sido ali um campo de futebol, de onde saíram craques como Marcelino (Atlético), Moe de Ferro, Jomar (Atlético), João Batista, Bonga, Bispo, que, inclusive, atuaram em times profissionais.
Iniciando a adolescência, 1960, foi quando a família se mudou da Rua São Francisco para a Rua Corrêa Machado. Naquela época, o campo ainda era utilizado. Foi logo em seguida iniciado o processo de desativação. Era uma boa diversão assistir aos treinos e aos jogos das arquibancadas de madeira.
De vez em quando acontecia de a “bola de capota” cair lá em casa. Pai ainda era vivo e ficava buzina de raiva. Ameaçava não entregar a bola, mas ao final e ao cabo acabava entregando. Mas deixava claro, “da próxima vez...”
Nada tenho contra incursionar ao passado a fim de comparar como está o lugar atualmente. Mas, as transformações por que passaram aquela área onde vivi com intensidade acionaram a tecla da saudade. Tratei de sair de lá o mais rápido possível, espantado com a quantidade de cercas concertinas por todos os lados.

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Mensagem N°82376
De: Dourados News Data: Terça 9/5/2017 12:58:02
Cidade: Mato Grosso do Sul

Mineira que receberia R$ 3.500 para levar maconha até Campo Grande é presa - Dourados News - 09/05/2017 - 09h54 - Uma jovem de 20 anos foi presa com 29 quilos de maconha em um ônibus que fazia a linha Ponta Porã – Dourados, na madrugada desta terça-feira (9).(...), moradora de Montes Claros (MG), foi abordada por policiais militares que pararam o veículo na rua Onofre de Matos com a rua Hayel Bon Faker. A droga estava distribuída em 26 tabletes dentro de duas mochilas, segundo informações dos policiais. Ela afirmou ter pego a droga em Ponta Porã e que levaria até Campo Grande, em troca do pagamento de R$ 3.500. (...) foi autuada em flagrante e presa por tráfico de drogas.

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Mensagem N°82375
De: Manoel Hygino Data: Terça 9/5/2017 07:34:19
Cidade: Belo Horizonte

Esta semana de maio

Manoel Hygino

A semana é uma das mais delicadas deste ano. Transcorrido um quadrimestre, somente sinais muito tênues de recuperação econômica tingem os horizontes. Verdadeiramente, o Brasil terá de enfrentar dias ainda dificultosos para sair da tremenda enrascada em se meteu e que, para dela sair, terá de submeter o cidadão a grande sacrifício.
No decorrer destes textos se pensou que o autor fosse um pessimista, incrédulo talvez por motivos pessoais, após o período de singulares bondades concedidas pelo poder público. Lembro que já o velho Ruy escrevera sobre o tema, referindo-se ao desenvolvimento do bem, pois funesto é o otimismo com as suas miragens falaciosas.
Ainda não foi aberto e examinado todo o espólio recebido pela atual geração de brasileiros, que transmitirá pesados encargos às próximas. Não se trata, como se pensaria, simplesmente dos escândalos envolvendo a maior empresa do país. O caso Petrobrás foi apenas um espectro na série de imensuráveis desvios que pareciam conduzir à perda da própria democracia tão duramente reconquistada.
De escândalo em escândalo, atingimos esta hora dramática. O caos se aproximou em passos rápidos, de que o povo se foi conscientizando, à medida que os fatos eram, como têm sido, divulgados em nível amplo.
O descrédito chegou ao ápice. Os bandidos comuns, os que fazem de sua atividade meio de enriquecimento ilícito, até violento, desafiam os agentes da lei, ganharam foros para expandir ordens de dentro dos presídios, mesmo mediante ações em nível internacional.
Os antigos donos da terra, os índios, se insurgem contra o Estado (e razões devem ter). Os que não possuem habitação, sequer de um quinhão de terra para ali erguê-la, incentivados por grupos e pessoas identificáveis, põem-se em campo contra a população, ordeira e trabalhadora, impedindo- a de locomover-se nas ruas e outras vias de trânsito. Por trás, a má fé, a desonestidade, às vezes a insensatez.
Esta semana de maio é extremamente delicada. Forças políticas – e não políticas – antagônicas terão talvez oportunidade de assistir a um espetáculo raro na história dos povos. Ao cidadão caberá conhecer novos fatos e a versão de pessoas investigadas. Deve-se admitir que há interesses subalternos e antipatrióticos para mobilização dos incautos e ingênuos contra medidas legais imprescindíveis e não adiáveis. Mas, não é um julgamento.
Por mais que se queira esquecer, não se ignorará a lição de Ruy, mais uma vez: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
O jurista, que a Bahia legou ao Brasil, advertiu ademais: “As catástrofes mais atrozes, mais sinistras, mais desesperadas são as que entorpecem o caráter das nações e, depois de afundi-las no coma da indiferença, as sepultam no sono do aniquilamento”.
Não é o caso. A sociedade brasileira, a nação, está atenta, e usa do direito dos indivíduos que a formam, para vê-la extirpada dos deslizes e crimes que a aviltam e a comprometem em nível internacional. Se a hora é grave, cabe enfrentá-la conscientemente.

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Mensagem N°82374
De: O Tempo Data: Terça 9/5/2017 07:08:08
Cidade: Belo Horizonte

Polícia investiga se ossada encontrada no interior de Minas é de Emily - 08/05/17 - 18h57 - Fernanda Viegas/Ailton do Vale - A Polícia Civil investiga se uma ossada encontrada no dia 27 de abril, em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado, é da menina Emily, desaparecida na cidade desde o dia 4 de maio de 2013. Na última terça-feira (2), em Montes Claros, a corporação coletou o material genético de Tatiany Ferrari, mãe da garotinha, para averiguar se o esqueleto é mesmo da criança. O delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, responsável pelo caso, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que em até 30 dias deve sair o resultado da perícia. Segundo ele, a ossada foi encontrada por um maquinista que trabalhava na manutenção de uma estrada na zona rual de Rio Pardo de Minas. A corporação não forneceu mais detalhes sobre o caso para não atrapalhar a investigação. A notícia sobre a possível ossada de Emily abalou a família que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, ainda alimentava esperanças de encontrá-la viva. “Essa informação não confortou a família, trouxe tristeza. Ela e a avó materna da criança estão muito mal, foram surpreendidas”, contou o advogado de Tatiany, Diogo Emanuel Domingos. “O quarto de Emily está arrumado até hoje”, completou. A garota desapareceu enquanto brincava na porta da casa da mãe, na avenida Padre Horácio Giraldi. Ela usava um vestido preto e segurava uma boneca negra – chamada por Emily de Pretinha. O sumiço de Emily já foi investigado como sequestro, cárcere privado, tráfico internacional de pessoas, mas nunca se chegou até ela ou ao suposto criminoso. No primeiro ano, pistas levaram a polícia a procurar pela menina em Montes Claros, na região metropolitana de Belo Horizonte e na própria capital. Cogitou-se que ela poderia ter sido raptada por ciganos, levada para outro Estado e até para fora do Brasil, mas nenhuma das indicações se confirmaram. A mobilização em torno do caso foi tão grande que um empresário do Norte de Minas chegou a oferecer R$ 50 mil a quem desse uma pista concreta sobre o paradeiro da menina. As investigações começaram na delegacia local e foram transferidas para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte. Manifestações e buscas paralelas foram realizadas pela família e amigos de Emily, que teve foto mostrada até no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. As investigações prosseguem sob a responsabilidade do delegado regional de Montes Claros.

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Mensagem N°82373
De: Manoel Hygino Data: Segunda 8/5/2017 07:21:43
Cidade: Belo Horizonte

Desfile ameaçador na Coreia

Manoel Hygino

Diz a lenda que a atual península coreana foi dividida em três reinos no século anterior à Era Cristã. Vê-se que se teria de ocupar muito espaço para chegar a nosso tempo. O território, nos séculos seguintes, foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. Em 1910, o Japão anexou a região e tentou eliminar a língua e cultura coreanas. Durante a II Grande Guerra, milhares de cidadãos foram obrigados a trabalhos forçados.
A partir da rendição japonesa, após a explosão das bombas atômicas de Tio Sam, a península coreana foi dividida em duas zonas: a de ocupação norte-americana e a soviética. Criaram-se a Coreia do Sul e a do Norte, ambas reivindicando direito sobre todo o território. Oficializa-se o comunismo na Coreia do Norte, sob Kim II-Sung.
Em 1950, norte-americanos invadem o lado não comunista. A ONU envia tropas, com predominância de contingentes dos EUA e ocupa a Coreia do Norte. A China adere à luta e conquista Seul, capital sul-coreana. Tio Sam enfrenta a situação e expulsa os chineses, de volta ao Paralelo 38, que separa as Coreias. Mais de 5 milhões de pessoas morrem em três anos de conflito, dos quais 2 milhões de civis. Em 1953, há uma trégua com definição de uma zona desmilitarizada entre os litigantes.
Paz? Muito longe. A Coreia do Norte é reerguida com apoio da União Soviética e da China, caracterizando-se o regime pelo culto ao ditador Kim-II-Sung. Em 1990, a Agência Internacional de Energia Atômica vigia a situação: os norte-coreanos estariam desenvolvendo um programa nuclear militar.
Assim tem sido, desde então. E já somam quase 30 anos de beligerância entre as Coreias e de intranquilidade para o mundo, que não deseja mais um país no ameaçador clube nuclear. Com a permanente demonstração de forças em Pyongyang, capital do país do Norte, o atual líder, Kim Jong-Un, neto do fundador da dinastia, o mencionado Kim-II-Sung, deu uma altíssima demonstração de poder militar, neste abril, em resposta ao presidente Trump.
Quem vê as fotos e as reportagens televisivas, em que aparece II- Sung, desconfia de sua saúde mental. Não parece um cidadão em pleno uso de suas faculdades. Assim apareceu nos desfiles pelas ruas de Pyongyang, no Dia do Sol, o de nascimento do criador da dinastia.
Após salva de tiros de 21 canhões, dezenas de milhares de soldados de Infantaria, Marinha e Aviação, desfilaram com o passo de ganso, virando a cabeça na direção do balcão onde o líder se achava, em terno preto. Destacamentos carregavam rifles ou lança-granadas, alguns com óculos de visão noturna e rosto pintado. Em seguida, vieram tanques e armas muito especiais: 56 mísseis de 10 tipos distintos, transportados por reboques e caminhões. Para o ditador e seu regime, um dia de festas. Para o resto do mundo, de preocupação.
O país asiático já realizou cinco testes nucelares recentemente e pretende desenvolver um míssil internacional, capaz de atingir e destruir os Estados Unidos. O presidente dos EUA, Donald Trump, pela primeira vez, manifesta sua disposição de conversar com o líder norte-vietnamita, num encontro inédito. A iniciativa se resume a palavras – e não mais que palavras.

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Mensagem N°82372
De: César Data: Domingo 7/5/2017 19:23:02
Cidade: M. Claros

A bela modelo montes-clarense Bárbara Fialho acaba de se apresentar no Faustão, agora como cantora. Ótima exibição. Ao final, Faustão a lançou como "futura prefeita de Montes Claros". Pela música que interpretou, pelo seu desempenho, o cenário político de M. Claros nas próximas eleições ganhou um componente novo e surpreendente, lançado em rede nacional da TV Globo.

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Mensagem N°82371
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 7/5/2017 14:42:40
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

FATOS QUE TODOS DEVEM SABER.
Permitam-me fazer algumas considerações com relação às mensagens 82365 e 82369.

Montes Claros é uma cidade privilegiada com relação às futuras fontes de produção de água bruta. Temos como as opções no momento: a Primeira o Rio Pacui (poço verde); segunda Rio Jequitai e a terceira Rio São Francisco.

Você deve está perguntando. – Por que não fez esta tal captação antes? – Porque deixaram para agora? Pois bem! - Vamos de pouco a pouco. Primeiro vamos fugir de Montes Claros, e ir a “adutora do algodão” na Bahia e a concepção de Espinosa. Em 2009 para 2010 fui convidado para ajudar (opinar) alguns técnicos do Ministério de Minas e Energia a traçar o caminhamento de uma adutora do Rio São Francisco (05 quilômetros abaixo da cidade de Matias Cardoso) até Espinosa; cidade que agonizava - até hoje - com a falta d’água devido o baixo nível da Barragem do Estreito; a adutora passaria pelas comunidades de Estrela; Sossego; Rio Verde de minas e Itamirim e outras pequenas.

Concomitantemente, outra equipe saiu do Rio São Francisco próximo a Malhada –BA seguindo pela BR 030 – até Guanambi-BA com o mesmo objetivo de Espinosa.
Na ocasião TODOS os Deputados e Senadores do Estado da Bahia – independente dos partidos – apoiaram e lutaram para que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento - EMBASA, através da Codevasf iniciasse as obras o mais rápido possível. A obra iniciou-se em Abril de 2011 e foi concluída e inaugurada pela então presidente Dilma Rousseff em Novembro de 2012. Foi à UNIÃO dos políticos baianos que fez a força. - Já a Adutora de Espinosa até hoje não saiu das intenções e nem no papel está. – pergunto: Agora está respondido por que ainda não saiu à nova captação de Montes Claros?

A nova captação mais viável no momento é a do Rio Pacuí – mais barata, o projeto é fácil e tem boas condições para atender Montes Claros por vários anos; depois, com a conclusão da Barragem do Rio Jequitaí, quem sabe, uma nova adutora para atender montes Claros além da nossa geração.

Vocês devem estão estranhando porque não citei a concepção da barragem Rio Congonhas em Itacambira-MG , obra intencionada há mais de 27 anos.
Dificilmente fico 01 mês sem ir até aquela comunidade; atravesso a calha do rio constantemente. Posso afirmar que, face da minha experiência na área de recursos hídricos (experiência contraída no campo e nos monitoramentos), que o modelo hidrológico da bacia do Rio Congonhas não é a mesma.
A bacia fisiográfica do Rio Congonhas - nos anos idos – a maioria dos seus afluentes nunca secavam, hoje, a realidade é outra; em 2015, 2016 vários secaram, inclusive a calha e, 2017 não será diferente, irão secar.

A bacia demanda uma nova avaliação. A influência do desmatamento; barragens nas veredas; talhões da floresta de eucaliptos a menos de 30 metros das nascentes; evapotranspiração da região homogênea aumentou; vários poços profundos na área de recarga; diferentes usos do solo e a produção de erosões. Tudo isso, demanda uma nova avaliação visando calibrar modelos de previsão hidrológica, levando em consideração os efeitos das mudanças naturais, que são evidentes.
Para terem uma idéia. No dia 23/04 choveu noite toda na região da comunidade de congonhas/ Itacambira; no dia 25/04 avaliei a vazão do rio Q= 1200 L/s - no dia 01/05 Q=433 L/s e, no dia 05/05 Q= 373 L/s. - A vazão cai vertiginosamente numa bacia que estava prevista uma barragem para transpor 2.000 litros por segundo para Juramento e 4.000 Litros/seg. para Irapé.
Ninguém é contra a Barragem de Congonhas. Apenas sabemos que no momento demanda mais avaliações; se não vamos ter uma barragem que nunca vai encher.
Eu acredito que daqui uns oito anos após novos estudos e se vier a confirmar a viabilidade, a barragem pode sair do papel para beneficiar a Sul Americana de Metais SAM para aduzir o mineroduto captando a água na barragem de Irapé.

O que não pode, é fazer movimentos contra as principais alternativas de abastecimento e sair dizendo asneiras, sem nunca ter trabalhado na área de recursos hídricos

Reclamam que o nordeste está tirando as indústrias do norte de minas, mas, na hora de apoiar uma nova captação de água para garantir o desenvolvimento, alguns partem para o conflito de interesse em detrimento da melhor opção do momento.

Se EU tivesse trabalhado somente na área de manutenção de redes de água e esgoto, jamais ousaria dar palpite na área técnica que trabalha nas concepções das captações.

Podem fazer política, mas, deixem a parte técnica para quem sabe.

O momento é de resolver e aperfeiçoar o abastecimento de Montes Claros.


(*) José Ponciano Neto – Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

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Mensagem N°82370
De: Eduardo Almeida Reis Data: Domingo 7/5/2017 14:22:10
Cidade: Juiz de Fora

AMIGOS

– Fenômeno internético, maior rede social do planeta, o Facebook alterou, ampliou, subverteu os significados clássicos, dicionarizados, da palavra amigo, que nos chegou do latim amicus,i.
São tantos os significados clássicos de amigo, que fica difícil de explicar, mas o sentido da palavra no Face é diferente de todos eles, a começar pelas informações: Fulano quer ser seu amigo ou Beltrano tem (com você) um amigo comum.
O assunto vem à balha, sempre melhor do que vir à baila, quando vejo a atual composição do Supremo Tribunal Federal. Dos 11 ministros, só quatro teriam a honra vantajosa de figurar numa lista de amigos meus. Dos outros quero distância e não entendo como foram parar na suprema corte de Justiça de um país que tem hino, bandeira e constituição.
Tive dois amigos incomuns durante anos. Gostaram do meu jeito de ser, da minha conversa, do jovem que fumava charutos. E me procuravam em circunstâncias curiosas para bater papo ou para saber das novidades. Refiro-me a um mineiro e um paranaense citados entre os maiores matadores do Brasil.
Houve tempo em que um jornal mineiro noticiava minhas viagens a Montes Claros, onde tive muitos leitores. Nessas visitas, muitas vezes fui procurado pelo cidadão norte-mineiro acusado de mais de 40 mortes por questões de terras. Conheci-o numa caçada de onças que fiz por lá com amigos sul-mineiros. Desde então, sempre que me sabia em Montes Claros, o amigo aparecia para bater papo. Escondido da polícia, que o procurava no estado inteiro. O Google, que sabe tudo, não tem uma palavra sobre o meu amigo nem sobre a região norte-mineira que fazia parte do seu codinome na polícia.
O paranaense foi-me apresentado por dois brasileiros famosos, um deles ainda vivo e leitor deste belo blogue. Deve ter fuzilado mais que o dobro do norte-mineiro e tinha fotos coloridas dos presuntos boiando nos lagos da região. Dono de fazenda grande, cada noite dormia num dos quartos para evitar visitantes indesejados. Mostrando os álbuns de fotos à mãe de minhas filhas, explicou: “Tinha uns que morriam de morte morrida, outros que a gente matava”. Está no Google. Plantando cabelos regularmente, vinha a Juiz de Fora para me visitar e plantar mais uns tufos na Clínica Mansur, do excelente Dr. Joãozinho. Nessas visitas trazia a companheira da temporada, variando sempre como homem valente e de tino. Morreu de morte morrida há cerca de 25 anos.

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Mensagem N°82369
De: Júnior Costa Data: Sábado 6/5/2017 22:16:57
Cidade: Montes Claros

quanto a mensagem 82365, já existe algo similar no estado da Bahia, implantado em parceria entre a Codevasf e a Embasa conhecida como "autora do algodão" que em sua primeira fase abastecia os municípios de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte Alto e Guanambi;além das comunidades de Mutãs (Distrito de Guanambi) e a comunidade de Pajeú do Vento ( Distrito de Caetité), assim como outras comunidades rurais nas proximidades ao longo da adutora. nao me recordo a extensão da mesma, mas ela inclusive ja teria sido ampliado ate a cidade de caetité. sendo que do ponto de captação ate a cidade de Guanambi (trecho inaugurado em 2012) fica em aproximadamente 90KM.

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Mensagem N°82368
De: Renato Alencar / Diretor Jurídico Sociedade Rural Data: Sábado 6/5/2017 19:14:47
Cidade: Montes Claros

Em virtude do aumento considerável de furtos e roubos ocorridos nas propriedades rurais do Norte de Minas, nesta segunda feira, 08/05/17, à partir das 08:00 horas, no auditório Osmani Barbosa, Parque de Exposição João Alencar Athayde, a Sociedade Rural e Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, promoverão o evento denominado "Segurança no Campo". Aberto a todos produtores rurais, indepedentemente, de inscrição, contaremos com a presença do comando da Polícia Militar, Civil e Federal, representante do Ministério Público, gerência regional do IMA e Secretária da Agricultura de Montes Claros. Medidas serão estabelecidas visando inibir ação dos delinqüentes na zona rural.

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Mensagem N°82367
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 6/5/2017 14:36:23
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A OPACIDADE DO DIREITO E AS DECISÕES DO STF

* Marcelo Eduardo Freitas

A distância que separa o Direito e o homem comum sempre foi muito grande. Este afastamento é percebido em ambos os momentos identificáveis no fenômeno jurídico: tanto naquele em que a norma jurídica funciona, ainda, como simples condutor para a adoção de uma determinada ação (antes que qualquer conflito se instale, e para que ele não se instale), quanto naquele outro em que, já identificado o conflito, erguido o obstáculo que, de alguma forma, atravanca o convívio entre homens, o Direito funciona como mecanismo destinado a solucioná-lo, através do Poder Judiciário.

Diz-se “opaco” aquilo que “não deixa atravessar a luz; que não é transparente; que é toldado, turvo”. A opacidade do Direito, defendida com brilhantismo pelo jurista argentino Carlos María Cárcova, destina-se a demonstrar que entre o Direito e o seu destinatário interpõe-se uma barreira “opaca” que os afasta, tornando o cidadão incapaz de absorver do Ordenamento Jurídico os seus conteúdos e sentidos, entender os seus processos e instrumentos e, por isso, incapaz de dele se beneficiar como seria almejado.

Assim, a Opacidade do Direito está diretamente relacionada com a interpretação dada à linguagem jurídica e com o acesso, uso e significado da justiça por parte dos cidadãos, na medida em que reflete a grande distância existente entre o Direito e a sua compreensão e utilização pelo homem comum. Em outras palavras: a norma jurídica, no seu papel de ordenadora, de redutora da complexidade do conviver humano é opaca. Na maioria das vezes imperceptível, mantendo-se lá distante, apenas acessível (e não em sua totalidade!) aos sentidos daqueles que lhe têm o Direito como objeto de trabalho.

A “violência do poder” inerente às relações entre dominados e dominadores, requer formas de sublimação O poder, para se perpetuar e se fazer acreditar, carece de uma roupagem mais amena, exteriorizando-se através de justificativas ideológicas que o tornam suportável: a crença em uma fundamentação mística, divina ou racional ou, como no cenário que se desfigura hoje sob os nossos olhos, na fatalidade da existência de um Estado de Direito, burocraticamente construído e subsumido a normas jurídicas hierarquicamente escalonadas, cuja incidência nos fatos de nossas vidas deve ser (e somente pode ser) verificada por um grupo de pessoas tecnicamente preparadas para este fim, assim como para o de aplicar as sanções respectivas ao descumprimento destas normas, resolvendo os conflitos que obstaculizam o conviver social.

Uma das formas de exercício deste poder, portanto, é a própria certeza de que só os “iniciados”, um grupo especialmente preparado, e por isso diferenciado da maioria restante, é capaz de retirar da norma jurídica as respostas que se fazem necessárias, permanecendo o Direito necessariamente “opaco” para todo o resto.

A digressão acima é uma crítica contundente, ante as últimas decisões emanadas de nossa Suprema Corte. Serve apenas para que possamos maximizar nossos mais profundos sentimentos de indignação. É óbvio que a nossa Corte Constitucional, equivocadamente, ainda imagina que a sociedade não está vendo o que está se passando nas fronteiras jurídicas de nossa nação. “Será que os doutos Ministros do STF avaliam o mal que têm causado ao país? Ou o Olimpo em que vivem os afasta totalmente da consciência nacional? Façam uma pesquisa para avaliar o que a população honesta pensa, hoje, da instituição em que militam”.

Michel Foucault afirmava que “o poder só é tolerável com a condição de disfarçar uma parte importante de si mesmo”, que “seu êxito está na proporção direta de como conseguir esconder parte de seus mecanismos”, porque “para o poder o oculto não pertence à ordem do abuso; é indispensável para seu funcionamento. Segue daí que a opacidade do Direito, sua falta de transparência, a circunstância de não ser cabalmente compreendido, pelo menos no contexto das formações sociais contemporâneas, longe de ser um acidente ou acaso, um problema instrumental suscetível de solução com reformas oportunas, alinha-se como uma demanda objetiva de funcionamento do sistema. Como um requisito que tende a escamotear o sentido das relações estruturais estabelecidas entre os sujeitos, com a finalidade de legitimar/reproduzir as dadas formas da dominação social.

A “opacidade” é uma das formas de manter esse mecanismo em funcionamento: o Direito permanece como algo “oculto”, até mesmo “enigmático”, mistério que só pode ser desvendado por alguns e que, por essa mesma razão, produz decisões dotadas de grande impositividade, já que incólumes a maiores questionamentos. Que o digam os casos Dirceu, Bumlai e Genu - todos, amigos do poder. Pensemos nisso! Voltemos a nossa atenção para nosso Supremo Tribunal Federal. Todos aqueles que lá se encontram são servidores públicos. Empregados do povo brasileiro. Prestadores de serviços (e não de favores) à nação. Direito “translúcido”? Compreensível por todos? Não parece realmente possível. Mas, sem dúvidas, alguma luz pode e deve ultrapassar o Direito, diminuindo a perplexidade e temor com que os olhos do homem comum o veem. Só não se sabe como e quando. A imprensa livre e as mídias sociais são essenciais para diminuir distâncias! Não existem intocáveis em nossa república!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°82366
De: Manoel Hygino Data: Sábado 6/5/2017 09:19:34
Cidade: Belo Horizonte

O espectro bolivariano

Manoel Hygino

Há sempre renovado esforço de determinadas pessoas e grupos para piorar a situação do Brasil e dos brasileiros, embora o propósito se mantenha difícil, dado o quadro em que já nos encontramos. A despeito disso, dos protestos dos que querem a baderna por todos os meios, os heróis dessa empreitada antipatriótica insistem. Foi o que se viu, no último dia 28, quando se quis paralisar o que funciona.
Suponho, todavia, que não conseguiam fazer com que atinjamos o caos a que chegou a Venezuela, de onde procedem diariamente dramáticas notícias (não evidentemente comparáveis as do Oriente Médio, como as da terrível tragédia síria).
Há anos, a Venezuela vive à beira da ruptura institucional. Assumiu o novo nome de República Bolivariana da Venezuela e mexeu com as instituições do Estado, após aprovação da nova Constituição, promulgada em dezembro de 1999. Eliminou-se o Senado Nacional e se instituiu o Parlamento unicameral, ampliaram-se os poderes do presidente, admitiu-se a reeleição, consagrou-se o monopólio do petróleo e reduziu-se a jornada de trabalho. Nada melhorou. Antes pelo contrário.
Ao invés de beneficiar o povo, apertou-se o cerco e o cinto. Com a venda externa de petróleo, montou-se um arsenal de guerra contra o inimigo do Norte, os Estados Unidos, seu maior consumidor. De 2005 a 2010, adquiriram-se da Rússia 4 bilhões de dólares em armamento, enquanto se dava ênfase ao envio do seu principal produto para a China.
Paulatinamente, o perfil de Chávez se foi deteriorando, aproximando de outros caudilhos venezuelanos. A situação econômica se agravava, silenciava a imprensa, crescia a inflação, diminuía a popularidade, começava a faltar tudo: medicamentos, alimentos, produtos de necessidade, até papel higiênico. Os protestos nas ruas foram, e são, combatidos pela força (29 pessoas já morreram), com os militares protegidos por altos salários e cargos.
A morte de Chávez, vítima de câncer que não quis ter sido tratado no Brasil, correspondeu à ascensão de Nicolás Maduro, sem competência para dirigir o país.
No ano passado, a Semana Santa foi considerada feriado, a fim de se economizar água e energia elétrica. A população foi “chamada” a seguir o amável convite. Ao sexo feminino, sugeriu-se redução no uso de secador de cabelo ou sua utilização apenas em casos especiais. O racionamento elétrico em hotéis e shoppings subiu para nove horas diárias.
Na semana passada, Maduro anunciou aumento de 60% no salário mínimo do trabalhador, que também recebe um bônus de alimentação. O salário se elevou a 65.021 bolívares, o adicional a 135 mil bolívares, não influindo nas férias ou gratificação natalina.
Observe-se: é o terceiro aumento salarial em 2017, este último no Dia do Trabalho ou do Trabalhador. O que parece bondade não o é tanto, se se considerar a inflação prevista de 720%, a mais alta do mundo.
Não adianta reajuste, pois não existem produtos básicos. Maduro assegura: “Vamos ganhar esta guerra contra a oligarquia”. E milhares de hermanos escapam à fome e ao desemprego pela fronteira em Roraima.

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Mensagem N°82365
De: Estado de Minas Data: Sábado 6/5/2017 09:22:50
Cidade: Belo Horizonte

Captação de água no Rio São Francisco pode ser saída para seca em Montes Claros – Luiz Ribeiro - 06/05/2017 – 08h32 - A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, estuda captar água no Rio São Francisco para amenizar os efeitos da seca. Em meio a um racionamento, adotado por causa do baixo volume do Rio Juramento (33%), a administração municipal propôs ontem construção de adutora para buscar água a 100 quilômetros do município. Se o projeto for efetivado, a cidade, de 398 mil habitantes, será a primeira de grande porte no estado a captar diretamente do Velho Chico – a adutora seria uma das maiores do país. A medida precisa de autorização da Agência Nacional das Águas (Ana). A proposta de captação no Rio São Francisco foi apresentada pelo prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, durante encontro sobre perspectivas de desenvolvimento do Norte de Minas. A região enfrenta o quarto ano seguido de seca, com registro de falta d água em vários municípios. Souto lembrou que uma alternativa de abastecimento, a construção da Barragem de Congonhas (no rio de mesmo nome) nunca saiu do papel, em parte pela dificuldade de licenciamento ambiental. Embora a Copasa esteja executando obra de captação de água no Rio Pacuí, em Coração de Jesus, o prefeito disse considerar a proposta do Velho Chico “a melhor solução”.

A gerente do distrito regional da Copasa em Montes Claros, Mônica Ladeia, informou ontem que, como medida emergencial, para evitar o colapso no abastecimento, está perfurando 30 poços tubulares, que também serão aproveitados para garantir o fornecimento de água para a população de Montes Claros. Segundo ela, além da adutora no Rio Pacuí, a empresa realiza estudos sobre “outras alternativas para a captação de água”. O Rio São Francisco está entre as possibilidades. Obra Mônica Ladeia informou que já iniciou os serviços para a captação de água no Rio Pacuí, orçada em R$ 140 milhões. Serão construídos 48 quilômetros de adutora e duas elevatórias. Mas, mesmo sendo feita de forma emergencial, a obra não vai garantir o socorro aos moradores da cidade na atual seca – o período critico da estiagem vai de maio a outubro. Os serviços serão concluídos dentro de um ano. Neste caso, a empresa vai recorrer aos 30 poços que estão sendo perfurados. A previsão é que a água retirada dos poços chegue às torneiras em junho. A coordenadora do Alto São Francisco do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Silvia Freedman, disse que o manancial tem volume suficiente para fornecer água para uma grande cidade como Montes Claros. Lembrou que qualquer decisão a respeito dependerá da concessão da Ana, sendo que o processo de outorga é mais rápido quando a finalidade é o abastecimento humano. Ela lembrou, porém, que a distância de 100 quilômetros é um desafio para captação de água no Velho Chico. “É muito longa”, disse.

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Mensagem N°82364
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Quinta 4/5/2017 17:59:47
Cidade: Brasília  País: Brasil

Mês de maio. estou aqui em Brasília/DF e de repente me deu uma saudade danada de Montes Claros. Saudade das rezas na Matriz e onde as meninas, vestidas de anjo, coroavam Nossa Senhora.Era bem disputada a participação na reza da Matriz.Começava pelas sete horas da noite.Muitas famílias desejavam a mesma coisa e confesso que o padre Dudu tinha que ser bem político para atender a todas e não me recordo de famílias contrariadas. As meninas usavam vestidos de seda na cor azul ou cor de rosa, tudo muito clarinho. Dava gosto ver o orgulho das mães ou mesmo a família reunida para ver a filha lá em cima do altar coroando Nossa Senhora. Para os familiares, sem exceção, a menina era o destaque no altar e para nós que assistíamos a tudo, não víamos diferença alguma, pois para nós, eram todas iguais. Hoje em dia, com a tecnologia, seria um festival de "flashes" fotográficos, filmadores. Essas parafernálias modernas para gravar o presente para o futuro. Quanta coisa bonita não foi gravada. Uma pena não termos as gravações daqueles momentos que ficaram gravados, mas nas nossas memórias e nos deixaram muitas saudades. Mês de maio, mês de Maria.

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Mensagem N°82363
De: Manoel Hygino Data: Quarta 3/5/2017 08:31:41
Cidade: Belo Horizonte

As causas da rebelião

Manoel Hygino

Período de descanso para inúmeros. Assim foi o feriadão da Inconfidência Mineira, que assinalou mais um ano da execução de Tiradentes em 1792, no Rio de Janeiro. Pareceu-me que, em data tão solene para as gerações deste princípio de século XXI, os brasileiros não perceberam exatamente quem foi Joaquim José, nem o que há de grandioso e simbólico no movimento de que participou.
Bem verdade que, este ano, foi lançado o filme “Joaquim” para contar a história do herói que a República consagrou e que a monarquia portuguesa, por motivos óbvios, execrou. De todo modo, ele nutria ideais e enxergou na colônia, cujas terras foram descobertas por Cabral, uma grande e pujante nação.
“Joaquim”, o filme que comentarei oportunamente, espelha uma época e o domínio português. Manoel e Joaquim são denominações típicas em um povo que, percebendo as reduzidas dimensões de seu território, decidiu ampliá-lo. Venceu os mistérios de mares nunca antes navegados e chegou à África, à Índia e vizinhança e, finalmente, à terra de Santa Cruz.
Minas Gerais, longe da península ibérica e da Coroa portuguesa, sabia que algo acontecia. Um velho conselheiro régio, Antônio Rodrigues da Costa, lembrado pelo historiador Jaime Cortezão, advertia, em 1732, sobre o perigo que representava o Brasil para os desígnios do rei e sugeria medidas mais humanas, capazes de diminuir as tensões entre a nação dominadora e o país dominado.
Exatamente sessenta anos antes do sacrifício de Joaquim José numa praça carioca, o sábio conselheiro alertava que o enriquecimento produzido pelo ouro conduziria inevitavelmente à rebelião. Defendia mudança de postura do colonizador, um governo justo e ponderado. Advertia de modo enfático: “riquezas extraordinárias e excessivas fazem muito duvidosa e arriscada a conservação daquele Estado”, isto é, do Brasil.
Rodrigues da Costa tinha razões de sobra e não era um indivíduo qualquer. Tratava-se, como lembra João Camillo, de homem culto, viajado, conhecedor da história e das cortes europeias, antigo aluno do celebrado Colégio Santo Antão, bom latinista, possivelmente adepto da teoria jesuítica do consensus. Rodrigues da Costa não expunha um pensamento relativo apenas ao Brasil. Partia do princípio de que maus governos levam seus súditos à rebelião. No caso específico de Minas Gerais, sua enorme produção de riquezas fazia crescer a vexação.
O ilustre português é peremptório: “o perigo interno, que tem os Estados e nasce dos mesmos vassalos, consiste na desafeição e ódio que concebem contra os dominantes, o qual ordinariamente procede das injúrias e violências com que são tratados pelos governadores, da iniquidade com que são julgadas as suas causas pelos ministros da Justiça e da dificuldade de trabalho, despesa e demora de que necessitam recorrer à corte...”.
E, ainda, “também nasce muito principalmente do encargo dos tributos quando sentem que são exorbitantes e se lhes fazem intoleráveis”.

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Mensagem N°82362
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Terça 2/5/2017 15:04:43
Cidade: Brasília  País: Brasil

CORREÇÃO - Gostaria de fazer uma correção de erro feio que cometi na minha última participação neste MURAL:confundi alhos e bugalhos e disse que Montes Claros e Brasília/DF, encontravam-se no mesmo meridiano. Nada disso, queria dizer que estão praticamente na mesma linha de trópicos(Câncer ao norte e Capricórnio ao sul). A linha do trópico de Capricórnio passa sobre a capital São Paulo. D.Bosco teve o sonho e predisse que no paralelo 15°, nasceria uma cidade, etc, etc. que é Brasília/DF. Linhas paralelas ao Equador e na horizontal, enquanto os meridianos são também linhas imaginárias que estão na vertical.
A referência base é o meridiano de Greenwich-meridiano de origem. Espero que tenha me corrigido e me feito ser entendido.

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Mensagem N°82361
De: Paulo Narciso Data: Terça 2/5/2017 09:37:18
Cidade: M. Claros

"Seg 01/05/17 - 8h18 - Montes Claros perde Lígia Chaves, exímia letrista e intérprete. Filha do poeta e seresteiro João Chaves. Autora de Senhora de Guadalupe, primorosa canção de fé"


Com a partida da segunda das quatro filhas do poeta insuperável de M. Claros, João Chaves, (a primeira foi Chavinha, ainda criança, em Bocaiúva), algumas reflexões se tornam mais vivas:

1 - Nenhuma família exerceu tanta influência intelectual sobre a civilização estabelecida nos Montes Claros como a família Chaves. E também influência na vida administrativa, ainda no Império. Com efeito, o Cônego Chaves, patriarca da família, logo depois de chegar de Minas Novas, atuou politicamente e foi administrador da cidade, por décadas. Aqui, ninguém exerceu o poder tão demoradamente como ele.

2 - Era comum que padres tivessem famílias e muitas famílias de M. Claros tem aí a sua origem fecunda. O cônego Chaves teve filhos e o clã se mostrou enormemente influente nas letras, na política e na administração pública, embora isto tenha ficado razoavelmente encoberto em função de uma modéstia exemplar que se vai fixando no tempo.

3 - O historiador Hermes de Paula nunca vacilou ao responder a pergunta - quem é o maior de todos os montes-clarenses? Devolvia, no rastro: Antônio Gonçalves Chaves. O mesmo Dr. Chaves da hoje aviltada Praça da Matriz. Foi governador de Santa Catarina, governador de Minas Gerais, juiz, promotor, e Ruy Barbosa o chamava de ""meu mestre". Foi responsável pelo Direito de Família no Código Civil de Clóvis Bevilacqua, de 1917. Sua descendência é ilustre também no Rio Grande do Sul que orbitou os dias de Júlio de Castilho.

4 - Sobrinhos de Antônio Gonçalves Chaves, os irmãos João Chaves e Hermenegildo Chaves levaram o nome de M. Claros às alturas, nimbados sempre de uma modéstia que comove. João, como jurista sem jamais ter frequentado faculdade, dos mais brilhantes, altíssimo, além de poeta e compositor de algumas das modinhas mais bonitas do Brasil. Suas músicas são cantadas há quase um século, por toda parte. Entre elas, Amo-te Muito, O Bardo e Eterna Lembrança. Hermenegildo, mais novo, é mestre entre os mestres do jornalismo brasileiro e um dos nomes da cumeeira mais alta do humanismo mineiro, embora também só tivesse o ensino primário, eternamente chamado pelo nome resumido de Monzeca - e nada mais.

5 - Ontem, na despedida da filha de João Chaves, na lousa simples que abriga as relíquias do poeta, da sua exemplar mulher Mercês, dos filhos Chavinha, Henrique e Sidney Chaves, uma vez mais o cemitério de M. Claros ouviu, ao anoitecer, as belas modinhas Amo-te Muito e Tão Longe, de Mim Distante, esta de Bittencourt Sampaio.

6 - Fechando a Cerimônia do Adeus, uma voz, acima de todas, ergueu-se na quase noite. A voz de Lígia Chaves, cantando numa gravação Senhora de Guadalupe, melodia dela, letra dela, e afinação dos anjos. Inútil pensar que pessoas assim morrem. Apenas a forma se desfez, e nada mais - ensina, repete, convence e arrasta a tradição de fé mais fecunda da história, há milhares de anos. Há festa no Céu.

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Mensagem N°82360
De: Manoel Hygino Data: Terça 2/5/2017 08:18:44
Cidade: Belo Horizonte

Além da esfera financeira

Manoel Hygino / 02/05/2017 - 06h00

Incontestavelmente, nosso país atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história. Os responsáveis pelos destinos nacionais, pela condução do barco no mar encapelado, não encontram os imprescindíveis meios para levá-lo ao bom porto. A situação econômica não é grave, porque já se fez gravíssima, e Meireles faz propostas, defendidas pelo presidente, para amenizar a situação.
Encontra, porém, uma oposição severa. O brasileiro não gosta de aperturas, não é capaz de suportar a adversidade, como a enfrentam povos de outras nações. Continua vendo só bondade na afirmação de Pero Vaz de Caminha, de que aqui, em se plantando, tudo se dará. Mas não apreciamos muito o difícil plantar para colher frutos lá à frente. Talvez influência do clima, que convida à preguiça.
A ninguém escapa a dura hora que vivemos, em que faltam alimentos à mesa e remédios nos hospitais públicos. Reclama-se, procura-se culpados e protesta-se contra os altos níveis dos impostos, só pagos porque são impostos. Não se abre mão das coisas que nos deleitam, ignorando-se que o consumido no prazer nos faltará em casa.
O mundo inteirinho conhece nossas deficiências e enormes dificuldades, embora a colheita de grãos atenue drama em nossa balança comercial e responde a Saint-Hilaire, ao afirmar que ou o Brasil acabava com a saúva, poderosa, ou a saúva com o Brasil. A nossa agricultura demonstra pujança, a despeito da inclemência do tempo e da penosa empreitada em que se transformou o transporte de safras por estradas horríveis. Aliás, a televisão tem mostrado a odisseia das carretas e caminhões para levar a bela produção aos portos, mesmo ao consumidor interno.
Não escapa ao escriba a notícia, requentada, da manifestação de Francisco, o pontífice romano, sobre o convite que lhe foi feito pelo presidente Michel Temer para voltar ao país para conhecer de perto a situação da população carente. A correspondência respondia à mensagem que lhe enviaria para as celebrações aqui dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, neste 2017.
Argentino, torcedor do San Lorenzo, o papa, como de costume, não enrolou, nem tergiversou. Foi logo avisando:
“Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”.
Tem plena razão o sucessor de Pedro. Nós é que temos de dar solução aos nossos problemas, em sua maioria criados ou praticados por nossos administradores nestes oito milhões e 500 mil quilômetros quadrados de território.
Não significa dizer que o papa ignorou ou vai ignorar o nosso grande desafio, justamente ele que tanto se preocupa com a situação que se atravessa. Mas, não se vê em condições de propor caminhos:
“Não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis, as superficiais, para uma crise que vai muito além da esfera meramente financeira”.
Da Praça de São Pedro, Francisco define: “crise que vai muito além da esfera meramente financeira”.

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Mensagem N°82359
De: Hoje em Dia Data: Terça 2/5/2017 08:14:09
Cidade: Belo Horizonte

Presidente da Câmara de Várzea da Palma é esfaqueado por ex-funcionário em lanchonete - 01/05/2017 - 11h25 - O presidente da Câmara Municipal de Várzea da Palma, cidade do Norte do estado, foi esfaqueado por um ex-motorista do parlamento em uma lanchonete. O crime ocorreu por volta das 22 horas do último domingo (30) e o vereador Thales Emílio Modesto (PSC), de 36 anos, está internado em condições estáveis. Conforme a Polícia Militar, o suspeito, de 27 anos, trabalhava na Câmara como motorista e havia sido demitido recentemente. Thales estava lanchando em um trailer na rua Guaranis, no bairro Progresso, quando o ex-funcionário chegou ao local o xingando. O vereador, que estava sentado de frente para o balcão se levantou e o motorista foi ao banheiro. Ao voltar, sacou uma faca e feriu o parlamentar com cinco golpes no braço e no abdomen. O suspeito fugiu logo em seguida e ainda não foi localizado, segundo a PM. Thales foi socorrido e levado ao hospital de Várzea da Palma. Em seguida, foi transferido para o centro de saúde de Pirapora, cidade na região. O vereador é formado em Direito e está no segundo mandato na Câmara Municipal. Em 2016, Thales foi reeleito com 766 votos.

***

O Tempo - Presidente da Câmara de Várzea da Palma é esfaqueado em lanchonete - 01/05/17 - 10h21 - Rafaela Mansur - O presidente da Câmara Municipal de Várzea da Palma, no Norte de Minas, foi esfaqueado dentro de uma lanchonete, na noite desse domingo (30). O suspeito do crime é um ex-funcionário da Casa, que não teria aceitado a demissão. O vereador está internado em um hospital da região. De acordo com o boletim de ocorrência, o parlamentar Thales Emílio Pimenta Modesto (PSC), de 36 anos, estava em um trailer na rua Guaranis, no bairro Progresso, por volta das 22h, quando um homem chegou, sentou à mesa em que ele estava e começou a xingá-lo. O vereador, então, se levantou e foi para perto do balcão da lanchonete. Já o homem disse que iria ao banheiro, retornou com uma faca e desferiu vários golpes na vítima, que foi atingida no abdômen, no braço e nas costas. O autor, então, fugiu do local. O parlamentar foi socorrido e levado para um hospital da cidade e, depois, transferido para uma unidade de Pirapora, também no Norte de Minas. O estado de saúde dele é estável. A suspeita, de acordo com a Polícia Militar, é que o autor do crime era motorista da Câmara e não aceitou ser demitido. A corporação realizou buscas na região, mas, até o momento, ele não foi localizado. Thales Emílio Pimenta Modesto está em seu segundo mandato como vereador de Várzea da Palma. Em 2016, ele foi reeleito com 766 votos.

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