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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Morte sobre rodas Manoel Hygino dos Santos Conterrâneo residente em Londres anotou que, no ano passado, houve 125 assassinatos na capital britânica. Dos casos, somente dois não foram resolvidos pela polícia, o que demonstra a eficiência da autoridade, a despeito da criminosa execução do brasileiro Jean Charles, confundido com um terrorista. Norte-americanos e europeus já vivem estado de pavor por possíveis ataques de grupos ou indivíduos fanáticos procedentes principalmente da Ásia ou norte da África. Marden Carvalho raciocina que, obedecidos os parâmetros da Organização Mundial de Saúde, a nossa cidade Montes Claros, lá no Norte de Minas, deveria encerrar este ano com 37 homicídios. No entanto, já ultrapassou a marca de 53 assassinatos em 2011, um índice indesejável e demonstrador do grau de violência na cidade. Não é fato isolado no mundo, embora não nos console o quadro geral. Para a Organização dos Estados Americanos, o continente americano é a região mais violenta do planeta, com uma pessoa morta a cada quatro minutos. Adam Blackwell, ao apresentar relatório da Secretaria de Segurança Multimensional da OEA, comentou ao falar à imprensa: ´Desde que comecei a falar, aconteceu pelo menos um homicídio doloso e, quando eu acabar, terão ocorrido entre oito e dez´. Blackwell observou que há numerosos fatores que influenciam a situação vivenciada: ´A desigualdade, a pobreza, a educação´, por exemplo. Os números indicam que ´é preciso buscar melhores soluções´. Isto é, voltamos ao que sempre fomos, ultimamente, procurávamos esconder, até irresponsavelmente. Sobram: desigualdade, pobreza. Faltam: segurança, educação e violência. Se minha cidade natal tivesse as dimensões de Londres, com 8 milhões de habitantes, somariam 1.105 pessoas assassinadas só na metade deste 2011, de tantas ebulições vulcânicas, inclusive na América Latina. Sensatamente, o diretor do Denatran, Orlando Moreira, sugere restringir-se a circulação de motocicletas como forma de diminuir o número de acidentes no Brasil. Segundo a OMS, 20% das mortes de trânsito no Brasil atingem condutores ou passageiros de motocicletas. Aliás, não é só isso. Grande parte dos homicídios presentemente é produzido por passageiros ou condutores de motocicletas. Deve existir estatística a respeito. Que se há de fazer? O governo no último ano incentivou exdruxulamente a fabricação e venda de veículos, de duas e quatro rodas. Era preciso fazer de conta que a felicidade e a prosperidade circulavam sobre pneus. Agora, o que fazer? Outro dado: pesquisa da USP revelou que o trânsito aqui é muito mais perigoso do que em países desenvolvidos. Em relação à Suécia o índice de mortes no Brasil por bilhão de quilômetros percorridos é uma dúzia de vezes maior. O indicador considerou o tamanho da frota e da população, mas também a distância média percorrida. O estudo confirma a relação entre desenvolvimento econômico e acidentes nas ruas e rodovias. Quanto maior o PIB per capita, menor o risco de morte no volante.

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